Introdução

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O suor escorria pela pele alva e avermelhada da nobre senhora, seus cabelos desgrenhados, cabelos grudados em suas têmporas devido ao suor que se encontrava presente em cada poro e parte de sua delicada pele. Mais um grito doloroso e agonizante saiu por garganta fora, finalmente o silêncio pairou pelo cômodo úmido e pequeno, um silêncio na qual fora quebrado por dois bebês
Desesperada e arrependida de um caso de uma única noite, veio uma gravidez indesejada que pairava as paredes rijas e úmidas do castelo que ficava ao norte de Arton, como um segredo, aquela gravidez jamais existiu aos olhos da realeza, crianças impuras eram desprezíveis para a linhagem nobre, com um decreto sigiloso o rei deu ordens que após o nascimento daquelas indesejáveis criaturas, ambos deveriam ser mortos, apesar de ser um ato totalmente cruel e desumano aos olhar público pouco importava elfos desprezavam e odiavam outras raças que não fosse puramente élfica, ninguém além do rei e da rainha sabiam daquelas criaturas, exceto por duas criadas na qual sob ameaça de morte, guardaram esse segredo real no fundo de seus âmagos.

Sem nem sequer ver o rosto dos possíveis herdeiros, a princesa ordenou que sumissem com as crianças, apesar de rejeitá-la a princesa jamais apoiaria a morte de um inocente, por mais indesejado que fosse e ali teve em seu amargo coração a empatia e talvez um amor de mãe desobedeceu a ordem de seu pai e atual rei. Sem nenhuma alternativa, a mesma ordenou para que a parteira sumisse com as crianças e declarasse os recém-nascidos como natimortos, e os levassem para o mais longe possível.
Com o coração em mãos, a pobre parteira sentiu o seu coração doer ao ver as pequenas crianças um menino e uma menina de um tom de pele negra,cabelos platinados e orelhinhas pontudas a olhar da forma mais pura e inocente que jamais vira em sua vida.

A floresta que cercava o reino, era majestosa, principalmente em seu ápice, quando a lua ficava acima das árvores, a luz da lua adentrava floresta alimentando a magia do reino vasto e ávido de traição que fora sucumbido pela vingança e sede de justiça e uma linhagem real, sem quaisquer alternativa de fuga, a parteira usou seu avental como trouxinha para aconchegar as crianças apesar da noite quente e suave de verão, os pobrezinhos acabará de nascer. E ali foram deixados, em cima de um tronco partido ao meio, com apenas um avental cobrindo seus corpinhos pequenos e rechonchudos com sangue seco ainda em volta de sua pele.
Não muito longe daquele tronco um homem voltava de uma viagem em busca de mais iguarias para sua singela taverna. O sujeito caminhava tranquilo, aquela pequena trilha era totalmente pacífica e em algumas horas chegaria em sua taverna de estrada, mas um som o fez sair de seus pensamentos, o som de choro, mais especificamente de um bebê. Preocupado e aflito, o robusto taverneiro tirou de seu bolso um pequeno canivete, e seguiu o som até encontrar as crianças chorando, provavelmente por fome, o que fez o homem abaixar sua guarda e ir de encontro aos dois pequenos seres que ao ver o robusto homem se calaram de imediato,o casal de recém-nascido o encarou, um olhar puro e inocente que amoleceria qualquer coração até do mais corrompido.

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⏰ Última atualização: Apr 24, 2023 ⏰

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