Anseio.

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Os campos de tulipas rosas e brancas estavam mais lindos do que um filme de romance jamais poderia capturar, em imagens. Era tão lindo que em segundos, somente por admirar a paisagem Christopher perdeu o fôlego. Até que conseguiu se assustar, pois por instantes ficou tão concentrado em olhar ao seu redor que simplesmente não se recordou de observar onde estava.

Rapidamente fez com que seu cérebro analisasse onde estava, estava em uma espécie de lago totalmente cor-de-rosa sentado em um pequeno barco de madeira clara, que pelo incrível que pareça era muito confortável.

O barco flutuava sob a água com uma facilidade absurda, sendo mais rápido do que geralmente os barquinhos neste estilo seriam. Parecia tudo tão perfeito que Christopher associou ser totalmente irreal.

Perdido em seus pensamentos, Bang nem ao menos se deu conta que finalmente o barco que o levava parou de flutuar, praticamente estacionando perto do início de um pedaço de terra.

Era tudo tão lindo que nem ao menos fazia sentido. Tão irreal, mas ao mesmo tempo Christopher podia sentir a terra onde tocava, as flores que se atreveu a cheirar e sentia o ar entrando e saindo de seus pulmões.

O Bang andou seguindo o caminho que seu coração mandava, subitamente sabendo que seria o correto. Não deixando, é claro, de observar completamente todo o local, algo que seu espírito de sobrevivência o obrigava a fazer. Ele definitivamente não se sentia ameaçado pelo o que via, na realidade estaria muito satisfeito se passasse toda a sua vida ali.

Caminhando rumo ao nada, encontrou uma fonte lindíssima que também jorrava água em tons rosados. E passou a observá-la também. Passou um tempo somente admirando tudo o que estava ao seu redor, aproveitando que de longe conseguia escutar uma melodia bela. Não ligava se seria a genuína canção de pássaros ou algo que tocasse naquele estilo, somente passou a aproveitar.

Quando ficou completamente relaxado, desfrutando da brisa deliciosa que estava recebendo, notou mais alguma coisinha... Tinha mais alguém consigo. Sem pensar muito, logo começou a examinar suas feições, que não muito diferente das suas, estavam exalando calmaria e beleza.

Passaram-se longos minutos, que pareciam horas, naquela brincadeira silenciosa. Se aproximaram inconscientemente enquanto faziam o contato visual, que por mais longo que fosse, não chegava a ser desconfortável.

De repente, Christopher já não vivia mais aquela cena com seus próprios olhos, agora ele era o espectador de uma cena digna de clichês. Christopher que ele observava aproximou-se lentamente daquele que conseguia reconhecer muito bem.

Para Bang, ele poderia ter diversos nomes, mas seria ainda mais reconhecido como: O bailarino fantasma.

Sentiu um ar frio bater em seu estômago quando viu a sua própria imagem beijar o dançarino. Não demorou para que sentisse um formigamento em suas mãos, pois elas realmente ansiavam tocar as curvas e a pele branquinha que parecia muito macia.

Questionou-se sobre em qual momento ele e o gêmeo de seu amigo teriam entrado em uma relação claramente tão íntima assim, mas logo também começou a se perguntar se ele próprio estava corando.

O beijo tinha toque. Eram caridosos e eles aparentemente sabiam exatamente onde tocar. O bailarino tocava sutilmente sua nuca, acariciando seus fios ou então descia sua mão para seu peitoral em um intuito completamente genuíno de afagar a área. Por sua vez, Christopher simplesmente o tocava pela cintura não poupando esforços de fazer carinhos pelo local, com a outra mão fazia um cafuné no Kim, delicadamente o tocando, como se ele fosse a pessoa mais preciosa existente. Como se pudesse voar e se perder de Christopher caso ele não o segurasse bem.

𝗦𝗶𝗻𝗲𝘀𝘁𝗲𝘀𝗶𝗮. - A arte de amar.Onde histórias criam vida. Descubra agora