𝗦𝗶𝗻𝗲𝘀𝘁𝗲𝘀𝗶𝗮. - A arte de amar.

O convite e os bilhetes.

Para todos aqueles que são estudantes, sejam os de escolas, faculdades ou qualquer coisa que envolva a sua dedicação para os estudos, os feriados são simplesmente divinos. E sendo o mais sincero que poderia chegar com palavras, Christopher não sabia nem para qual agradecer. Mas estava eternamente grato àquele que escutou suas orações.

Afinal, santo era aquele que criou dias específicos para o descanso merecido de quem estuda. Pois sejamos sinceros, é um inferno viver nesta rotina cansativa. Felizmente, podia contar com seus amigos para uma distração maior.

Estava satisfeito carregando sacolas cheias de comida que sua mãe havia alegremente feito. Comidas caseiras sempre seriam o ponto fraco de Christopher. Caminhava em direção ao ponto de referência que pelo grupo de mensagens Seoyeon e Wonho haviam combinado de se encontrar.

Os três se conheciam há um tempinho, no início da faculdade. Acabou que no meio do caminho Seoyeon abandonou o curso e Wonho mudou de ideia, começando a cursar medicina. Eram inseparáveis mesmo com tais circunstâncias.

Não fariam nada demais, só simplesmente combinaram de planejar um encontro, pois fazia um ridículo tempo que não davam as caras os três juntos. Sempre um estava ocupado demais para poder marcar algo com os dois que tinham um tempo extra na agenda.

Sorriu quando observou os dois bobões darem acenos para ele, apressando o passo e indo cada vez mais perto dos amigos. Logo mais estava rindo e gargalhando alto, não aguentava passar cinco minutos do lado de seus melhores amigos que se sentia na liberdade de deixar escapar esse seu lado.

[...]

— Caras, a mãe e o pai vão fazer uma festa para comemorar o aniversário de casamento deles. Disseram que eu posso convidar vocês, então é só aparecer lá no sábado, beleza?

Murmurou Seoyeon, antes de dar uma pequena mordida em seu sanduíche natural. Sorrindo um pouco, subitamente Christopher sabia o porquê. Ignorava o fato de que Seoyeon e Wonho sempre estiveram em uma bolha entre os dois, e silenciosamente fazia comentários mentais sobre como os dois podem ser fofos, juntos.

— De boa, irmão. Só vou precisar de uma carona, você sabe. — Até que Christopher parou para refletir. — Não tem problema nenhum de levar minha mãe e as meninas, não é?

Seoyeon olhou para Wonho, que começou a rir levemente.

— Sua mãe, tudo bem, Hyubin estará lá. Agora as meninas... Não sei, tenho quase certeza que vai ter algum primo pequeno meu por lá para fazer companhia. — Disse Seoyeon, soltando risadinhas e começando a avermelhar suas bochechas, olhando rapidamente para Wonho mas voltando sua atenção para Christopher.

— O que Hyubin tem haver com isso? — Indagou o Bang.

— Nada… Só que o Yeon e eu achamos que o Hyubin e sua mãe tem uma ótima química. — Respondeu Wonho, sabendo que isso provavelmente faria com que Christopher quase começasse a fazer uma apresentação de PowerPoint listando os motivos para eles não citarem mais o fato que sua mãe era perfeita.

[...]

Mesmo em um feriado, Christopher simplesmente não poderia abandonar o fato de ter que treinar e se capacitar para uma futura competição. E tentava ao máximo se dedicar para uma vitória. Principalmente quando chegava a época das competições, os treinadores juntavam as pessoas que iriam competir pela academia para treinar ainda mais no "corpo-a-corpo".

E estava sendo uma missão em tanto.

Imagens do irmão de Seoyeon passavam pela sua cabeça. Era desesperador, os pensamentos fluíam numa velocidade anormal e quando via então, já estava flutuando no céu pensando e revivendo seu sonho.