E as entrelinhas?

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FORA DOS LIVROS E DE VOLTA
AOS AMORES


(Não revisado)


Dia de sol. Estava quente e chutando, estava a cerca de quarenta graus celsius naquele momento. Felix sentia seu corpo derreter, mesmo que estivesse à beira da piscina curtindo o verão e com um óculos escuro — que não estava adiantando de nada — sentia sua pele quente por conta dos raios solares que batiam na mesma. Reclamou alto e deixou sua latinha de cerveja na beira da piscina.

Era sábado, e Lee Minho, seu melhor amigo e gêmeo de sobrenome, decidiu que seria uma boa ideia fazer um churrasco, o que deixou o ambiente ainda mais quente. Lá estava reunido apenas alguns amigos de faculdade de Felix, e entre eles o namorado de Minho, Bang Chan — ou Christopher para os mais chegados.
Os dois haviam se tornado histórias que o Lee mais novo contava em seus livros mais românticos. Não que publicasse sobre os amigos, mas gostava da relação e usava isso como base.

Bom, Felix havia completado vinte e cinco anos e havia terminado letras e logo não tardou em iniciar biblioteconomia. Por mais que gostasse da sua pequena "fama", assim diga-se de passagem, de escritor nato, preferia mais a arte que era os livros.

Ah sim... os livros. Felix era um amante de romance, já que, por inconveniência do destino, todos os seus relacionamentos davam errado. Não entendia muito bem como podia ter MUITO, de uma ênfase no muito, azar para o amor. Amar realmente era tão complicado assim? Era uma questão constante que rondava sua cabeça.

Seu último relacionamento não foi um dos melhores e estava longe de ser. Mas não se importava mais com aquilo já que faziam dois anos que havia terminado e parado de buscar amor onde não havia.
Voltando para o presente, Felix era alguém que ansiava muito pelo futuro e também que não tardava a tomar atitudes sobre o seu desenvolvimento acadêmico e sua vida toda.

Te garanto que ele traçou a vida toda como mapa múndi.

Esse anseio era um problema para Felix, pois se não saia como planejado, ele sentia que tudo daria errado e que teria que fazer um novo traço, mapeando cada rota. E para Minho, aquilo era uma tremenda burrice.

Seu melhor amigo estava ali tanto para ajudar quanto para criticar e dar pitaco em sua vida e escolhas. Não que o mais novo ligasse, achava até engraçado e às vezes levava a fala do Lee mais velho a sério, mas era uma situação complicada a respeito disso.
Falar sobre amores falidos e que não tem mais graça era algo que tudo bem, os dois brincavam e Felix levava como ensinamentos, mas mudar o Lee para que diminuísse com tamanha ansiedade era coisa apenas para profissionais. E não gostava daquele assunto.

— Não vai vir comer não? Loira de farmácia! - Falou o amigo chamando a atenção do loiro de cabelos compridos. Se virou e viu Minho cortando a carne e rapidamente se levantou. — Te chamei três vezes, você ao menos escutou?

— Não, desculpa. Tava pensando de mais, pode falar de novo? — Sorriu e tomou o último gole da sua cerveja.

— Falei que eu e o Chan estávamos pensando em tentar se casar no cartório. — Minho falou.

O impacto daquela frase causou tanto confusão como surpresa no Lee mais novo. Vejamos, Chan e Minho estavam juntos há — no mínimo — doze anos. Tinham um relacionamento bom, por quê não avançar mais um passo? Mas, casar significa dividir bens, é uma responsabilidade a mais e pior! Vinha a questão de aumentar a família, significa adotar crianças.

Nas entrelinhas do amor! [JILIX]Onde histórias criam vida. Descubra agora