Capítulo 27

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POV: Derek

  Assim que Megan saiu, confesso, fiquei muito nervoso. Sei que devo confiar na minha parceira e o faço, porém, sua mãe, minha digníssima sogra é o motivo da minha preocupação, apesar de aparentar estar tocada com nossa conversa e disposta a conversar não me sinto seguro em relação a isso; principalmente, quando noto a quantidade de tempo que ela achou que tratar sua filha daquele modo fosse completamente ''normal''.  Por isso, ainda estou em dúvida e se tem algo que não permito de forma alguma é o desrespeito a minha parceira, ela pode fazer o que quiser comigo, mas, não com a Megan;  como já tomei banho, me arrumei, comi e descansei, fico na sala contando as horas pelo relógio e andando de um lado para o outro sem conseguir permanecer quieto, a ansiedade está percorrendo todo meu corpo e levando-me a loucura, pela Lua, não vou aguentar muito tempo sem saber o que está acontecendo. Quando dá exatos quarenta e cinco minutos que ela foi conversar com sua mãe, me dirijo até a porta e vou caminhando para sua casa, como a porta já está aberta apenas entro e inspeciono o primeiro andar que está vazio, concentro minha atenção e utilizando os dons de shifter noto que elas estão no andar de cima, conversando no quarto de hóspedes que minha sogra está ficando; sei que é errado, mas, fico escuto sobre o que estão falando e sorrio quando Dona Andreia diz que notou o amor que sinto por Megan, bom, pelo menos nisso essa megera, digo minha querida sogra acertou. Sem querer, esbarro no balcão fazendo barulho e percebo que com isso elas descobriram que estou aqui, assim, ficam quietas e começam a descer as escadas e eu sento no sofá com a expressão neutra, fingindo não saber de nada; quando meus olhos encontram com a de minha parceira sorrio imensamente e penso em como sou tão sortudo, pela Lua! 



POV: Megan

  Estou leve, pela primeira vez em muito tempo, sinto como se tudo estivesse mais do que bem. Afinal, tenho um parceiro incrível, um emprego, estou me aceitando e conhecendo cada diz mais, além é claro, selei a paz com minha mãe; isso tudo está muito bem, bem demais. Acompanho Dona Andreia e chegamos ao andar de baixo, meus olhos encontram o de Derek e retribuo seu sorriso, já na sala, cada um se acomodou em um sofá e eu, bom, sentei junto ao meu parceiro que rapidamente me abraçou, aconchegando-me em seu peito. O silêncio é quebrado por minha mãe que começa:

 — Eu preciso expressar minha felicidade em saber que minha filha está com você Derek, desejo do fundo do meu coração apenas coisas boas e saibam que tem minha benção.  — estou com os olhos arregalados, já meu parceiro apenas concorda e responde:

 — Fico contente com isso, saiba que vou cuidar dela. 

— Eu sei. Bom! Agora preciso retornar, Megan sabe como seu pai é e ele não consegue ficar muito tempo sozinho.  — aceno e rio ao recordar de meu pai, realmente, ele não sobrevive sem ela; com isso, me levanto e falo:

— Alegra-me muito saber disso mãe, saiba que é bem-vinda aqui. Quando irá?  

— Amanhã . Já arrumei minhas coisas e saio cedinho.  — Derek fica de pé e diz:

 — Posso te levar se quiser.  — minha mão bate as mãos e responde:

 — Irei adorar!  —  penso um pouco e acho que devo acompanhá-la por isso digo:

— Eu posso ir com a senhora.  — percebo Derek arregalar os olhos e rapidamente completo  — Até o aeroporto e depois volto com meu parceiro.  — ouço seu suspirar aliviado e ela se levanta de supetão exclamando:

— Maravilhoso!!! Agora, se me derem licença vou descansar um pouco e sugiro que façam o mesmo, afinal, não posso me atrasar amanhã.

 — Pode deixar.  — respondo, ela nos encara, sorri e depois começa a subir as escadas, quando já está no final, grita:

 — Aproveitem e saibam que eu quero se vovó.  — fico em choque com a boca aberta, enquanto Derek está morrendo de rir, depois só escuto o barulho da porta do quarto fechando e ela se vai. Caramba! Encaro meu parceiro que só sabe gargalhar e falo:

 — Já acabou Derek?  — ele ignora e continua com sua crise de risos. Decidida a provocá-lo, subo rápido, pego a sacola que coloquei em meu quarto, desço e percebo que o mesmo já está mais calmo e me analisando, seus olhos escurecem ao ver o que seguro, contudo, finjo inocência e continuo  — Acho que vou para nossa casa testar alguns desses brinquedos, já que meu parceiro está ocupado demais rindo.  — escuto seu rosnado e sei que o descontrolei, como sou abusada e gosto de zombar do perigo, inicio minha caminhada em direção a porta, ouvindo seus passos atrás de mim e vou até nossa casa; assim que chego na sala, paro e olho para meu parceiro que veio me seguindo, o encarando, digo:

 — Quero que conte até cem e depois venha atrás de mim, vou arrumar estes brinquedos no quarto e iremos nos divertir, afinal, temos que planejar esses netos.  — Derek acena e rosna alto. Com a contagem começando, corro e vou até o quarto. Pela Lua! Eu não tenho juízo nenhum, contudo, irá dar tudo certo, penso ao fechar a porta e começar os preparativos.



 

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