capítulo III

0 0 0
                                    

Já se passava das 22:00 e várias pessoas formavam um fila enorme e como era meu primeiro dia estava com um pouco de dificuldade, até que de repente chegou um cara moreno alto e se pôs ao meu lado, sem dizer nada começou a me ajudar a receber as entradas da boate, deduzi que ele seria Louis o gerente dali. Quando a fila terminou ele se virou para mim deu um sozinho e disse "de nada, vc deve ser a funcionária nova, seja bem vinda" não sei por qual motivo minha voz sumiu e por mais que eu quisesse não consegui dizer nada.
Após isso eu não vi mais o meu chefe, porque era assim que eu o considerava já que ele era o gerente dali, deu o horário de ir para casa e assim eu fiz.
No domingo acordei e a primeira coisa que lembrei foi do sorriso de Louis, eu desviei meus pensamentos e coloquei uma música qualquer para ouvir, não devo pensar nele, apesar que ele tem um voz rouca que eu adoraria escutar ao penso ouvido, e um corpo que eu amaria ter em cima de mim, e depois por baixo, "aí meu Deus" gritei comigo mesma, devo ter batido a cabeça, só pode.
Parei o dia em casa só sai novamente para trabalhar, hj pelo que Amanda me disse não seria tão movimentado como ontem, os dias que davam aquele Mobi todo era quinta,sexta e sábado os outros dias era bem mais devagar o movimento já que tô a maioria trabalhava no dia seguinte, e as segundas não abria, era nossa folga.
Senti um cheiro forte amadeirado e quando virei era Louis, como podia em apenas um dia eu já conhecer o cheiro desse homem? Ele me deu boa noite e saiu rumo a boate, e assim a noite foi seguindo, perto da meia noite eu estava super apertada e pedi para Amanda ficar no caixa para eu poder usar o banheiro, ela me deu uma chave que era a do banheiro das funcionárias já que o do público não devia estar tão limpo, me explicou onde era e segui, precisava adentrar a boate.
Para chegar no banheiro tinha que entrar numa sala reservada, acredito que ali era o escritório e havia dois banheiros um do lado do outro, feminino e masculino, destranquei a porta e entrei, quando me sentei no sanitário ouvi passos do lado de fora e sussurros, devia ser algum funcionário, se fosse mulher teria que esperar já que eu estava ocupando o feminino, de repente ouvi algo se quebrando e a voz de Louis emitindo um "porra" eu paralisei como assim, o que ele estava fazendo aqui, aí me deu conta que ali era o banheiro dos funcionários e tinha o masculino e feminino então claro que ele podia usar já que era o gerente. Mas tinha outra pessoa com ele uma voz feminina, e ouvi a porta do banheiro ao lado ser fechada e como eu estava ao lado dava para ouvir tudo, eles estavam transando, a mulher gemia alto, pedia para ele socar mais forte e não parar, e eu me permiti ouvir tudo do começo ao fim, quando ouvi que o barulho daquele dois animais no cio havia acabado eu me dei conta que havia demorado muito e deveria voltar o quebro antes, e com isso dei descarga no sanitário abri a porta e sai correndo.
Cheguei no caixa Amanda perguntou se eu estava bem, porque havia demorado e eu estava bem vermelha, eu inventei uma desculpa qualquer a agradeci por ela ter ficado ali para mim, e ela "não tem de que, se precisar e só chamar" e foi saindo, mas voltou e disse "Clara onde está a chave do banheiro??" E eu puta merda " esqueci na porta, eu vou buscar" e ela "não precisa, eu vou" e com isso saiu. Eu não parei de imaginar o restante da noite quem era a mulher que estava com Louis, em pleno horário de trabalho ele se dando ao desfrute, na verdade eu estava com inveja dela, quem quer que ela fosse.

A Ferida Que Você DeixouOnde histórias criam vida. Descubra agora