Anos atrás...
— Enfim, casados... - Murmurou o homem, agarrando o corpo de sua esposa em um abraço. — Querida, você aprecia o tradicionalismo? - Indagou fitando o rosto da mulher com paixão.
— Por que? - Questionou com tom brincalhão. — Você vai adentrar nossa casa carregando-me em seus braços? - Eles gargalharam juntos.
— Caso seja de sua vontade... - Ele selou seus lábios. — Não vou negar seus desejos, minha esposa... - Ela abraçou a nuca dele.
— É mesmo? - Ele balançou a cabeça positivamente. — Quer saber o que mais almejo agora? - Ele sorriu para ela, assentindo de forma leve. — Ficar com você. - Eles se observaram em silêncio por alguns segundos. — Para sempre, quero que você me ame eternamente para que eu permita a reciprocidade de meus sentimentos. - Ele acariciou o rosto dela.
— Seu desejo é uma ordem, minha rainha. - Ele a agarrou para outro beijo, pressionando o corpo dela contra o seu.
Atualmente
— Isso é um pouco irritante, você não acha? - Indaga Bianca, com um semblante esquisito.
— Não faço ideia. - Resmungou com tédio, brincando com suas canetas coloridas.
De forma repentina, sua professora se voltou para elas com um semblante irritado. Era como se ela estivesse prestes a explodir.
Ambas as melhores amigas observaram os passos apressados da senhora Ween em sua direção.
— Meninas... - Ela ajeitou seu óculos. — Estão discutindo sobre a aula? - Questiona com tom irônico.
— Sra. Ween, eu estava explicando a Bianca como a senhora chegou a aquela conclusão. - Anastácia disse de forma rápida, trazendo a atenção da sala para si.
— Mesmo? - A mulher observava as duas com seu semblante odioso. — As duas para a sala do diretor, agora. - Ordenou apontando para a porta.
Sra. Ween sabia quando falavam a verdade, o que consequentemente fazia com que ela também soubesse quando estavam mentindo, e embora todos os alunos saibam disso, alguns ainda tentam desviar deste " sexto sentido " .
Anastácia se colocou de pé, então agarrou o casaco da amiga, que se negou a ficar de pé, pronta para refutar argumentos da professora. Elas se observaram em silêncio, afinal aquela poderia ser a quarta suspensão das duas em cerca de duas semanas.
Bianca estava pronta para contestar qualquer coisa que saísse da boca da professora, mas ela também sabia que poderia levar Anastácia com ela até a " rua da suspensão".
— Bem... Ele não pode nos suspender por simplesmente tentarmos entender a matéria, não é? - Sua pergunta soou engraçada.
— Isso vai depender do quanto o diretor vai acreditar em " nossa versão ". Afinal, eu estava apenas ajudando você com aquele exercício. Também diga a ele que não há como entender o que a Sra. Ween fala. - Ambas sorriram uma para a outra.
— Desculpe... - Abraçou-a. — Não fiz de propósito, e sei que seus pais não vão gostar muito disso, mas o melhor que posso fazer é processar a escola por não nos permitir socializar. - Anastácia sorriu, deitando sua cabeça sobre o ombro de Bianca.
Último ano da escola, uma fase rebelde, quando já se foi alcançada a maior idade. Era comum entre elas, principalmente por culpa de Bianca e sua rebeldia " ultrapassada " .
— Tom, senti falta de minha casa. - Murmurou Abraxas Malfoy, abraçando o ombro do amigo. — Mesmo assim, ainda não acredito nessa bobeira. Em qual livro você leu que alguém que você ama pode retornar a vida? - Ele questionou com um semblante brincalhão.
— Acho que a mãe natureza não compartilhou muito bem essa... Mágica com você, afinal, aonde estão todos que ama? - Eles se fitaram em silêncio enquanto caminhavam pelas ruas Londrinas.
Uma rotina entre eles. Todos os anos, desde a morte de Janne, o lorde retornava à cidade aonde viveram durante a vida da mulher.
Ele jamais a superou. Tentou amar outra vez, mas percebeu que Janne ainda ocupava seu coração por inteiro. Não havia mais espaço para um outro alguém.
— Estamos aqui desde que a " Danni's coffee " abriu, e antes disso, agora analise a idade da Sra. Danni, exato, estivemos em pelo menos vinte festas de oitenta aniversários da mesma senhora. Por que ela estaria necessariamente em Londres? - Indagou segurando sua xícara de café.
— Faça mais uma pergunta e voltará para casa feito pó. - Murmurou observando a paisagem.
Atualmente não haviam tantas mulheres que se parecessem com Janne, o que deveria ser bom, até porque seria mais fácil de encontrá-la.
Tom analisava a rua em silêncio. Ele fitava cada ser que passasse por eles, em especial, mulheres louras.
Haviam estudantes, mulheres trabalhadoras, que voltavam de seus lugares de trabalho. Senhoras de idade, senhores, homens, moradores de rua a pedir esmola, carros, muitos automóveis de locomoção.
Mas onde estaria sua Janne?
— O que faremos agora? - Questionou Anastácia, com um semblante meio sério. — Meus pais com certeza vão adorar me encontrar em casa a esta hora do dia. - Reclamou com tom irônico.
— Vamos passear. - Sorriu a amiga. — Veja pelo lado bom, shopping, ou Danni's coffee? - Indagou com um sorriso irônico. — Veja o relógio, esta na hora do almoço... - Apontou para o mesmo em seu pulso.
Embora Bianca arrastasse sua melhor amiga para o castigo com ela, Anastácia ainda a amava como uma irmã. Elas brincavam que eram almas gêmeas, que jamais amariam alguém como se amam.
Elas caminharam de mãos dadas até o café. Por sua vez, conversaram sobre algumas fofocas. Era sempre assim, pelo menos uma vez por semana as duas caminhavam em direção a Danni's e fofocavam enquanto bebiam uma xícara de chá ou café, com um pedaço de torta.
— Mentira... - Murmurou Bianca, chocada. — Mas é só a saia... - Sussurrou enquanto fitava Danw, esperando pelo resto da história.
— A saia esta muito mais curta do que antes, sem contar a maquiagem e o jeito que eles ficam se encarando. - Gargalhou levemente. — Você nunca a viu morder a caneta? - Soltou um sorriso sincero.
Elas atravessaram a rua de braços dados, com cuidado. Comentaram sobre a movimentação anormal do dia.
— Senhoritas... - Anunciou-se o garçom. — Já sabem o que vão querer? - Indagou observando-as analisar o cardápio.
— Que tal um milkshake para comemorar nossa suspensão? - Gargalhou Bianca. — São dois milkshake de chocolate e dois hambúrgueres. - Sorriu agradecida para ele.
— Eu gosto do fato da nossa saúde ainda estar intacta. - Resmungou Danw , gargalhando com a amiga.
Tom ainda permanecia ali, implorando para que sua Janne atravesse a rua e possa ser avistada por ele.
Sua obsessão por ela ainda se mantinha grande, o que preocupa alguns de seus " secretários " .
— Espere um segundo. - Malfoy chamou a atenção do lorde. — Tom, veja... - Ambos voltaram seus olhos para a mesa de duas mulheres com milkshakes e hambúrgueres.
O lorde imediatamente se colocou de pé, seu rosto empalideceu, sua Janne estava ali, ele não podia acreditar em seus olhos.
Por mais que você deseje algo, não quer dizer que você realmente acredita que se realizará.
— Meu lorde... - Colocou sua mão sobre o ombro do homem. — Não faça algo de que possa se arrepender daqui a alguns minutos. - Eles se fitaram em silêncio, então Tom se sentou.
Era como se apaixonar outra vez. Como conhecer Janne pela segunda vez. Uma cópia fiel, desde as unhas do pé até o milésimo fio de cabelo.
Ele queria abraçá-la. Seu ser por inteiro almejava aquela mulher. Durante muito tempo, seu desejo fora encontrá-la, mas agora, ele subiu de nível, quer dizer que evoluiu, por sua vez, Tom a quer para si.
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As cicatrizes do amor - Lellaconts
FanficO objetivo de Lorde Voldemort sempre foi alcançar a imortalidade. Antes que ele a tivesse, o destino sorriu para ele, trazendo Janne Martinelli a sua vida. Contudo, o tempo não era gentil com eles, e a medida que Janne envelhecia, negando usufruir d...