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Tem seis ou cinco meses que Rony me mandou uma carta, era raro que ele ficasse tanto tempo sem responder.

Desde que pude visitar o Reino Unido e o vi pela primeira vez meu mundo se coloriu, é claro que eu ainda teria que voltar para o Brasil mas foi um verão intenso para ambos.

Hoje o dia estava exatamente igual aos outros, com o detalhe que eu estava absurdamente mais cansada, e para ser sincera não pensava mais tanto nele. Me acostumei a sentir falta e logo a não sentir nada, foi mais fácil de superar com essa distância infinda.

Eu só sentia dor e estava me arrastando pelos corredores devolta para o dormitório mesmo não entendendo como não dormi lá.

-Claire estamos terminando as fantasias para o bloquinho, quer descer com a gente? -Meu colega, Pedro convidou.

-Valeu, estou bem em ficar no dormitório.

-Não mas tipo, vamos lá, pra vocês ver e tal...

-Pascal eu realmente não estou no clima.

Ele continuou insistindo, estava estranho hoje, ta me estressando, mas por falta de opções melhores resolvi descer.

Arrumei o pijama e desci para o enorme salão onde iniciariam as festividades.

Era lindo cheio de cores de brilhos de lantejoulas e todos alegres brilhantes e ja iniciando as playlists organizadas.

Eu olhei ao redor para encontrar Pedro novamente e meu olho cruzou com um brilho acobreado, avermelhado... Lindo, lindo, lindo, radiante em todos aspectos e imediatamente desviei o olhar.

Meu coração fisgou, me senti uma tola porque estava crianda cenários fazendo na cabeça o que queria que fosse verdade.

-Surpresa!

Fiquei quieta.

-Claire? Esperava por um abraço.

E a voz, mais grossa que no verão euroupeu, mais ofegante no calor atual e eu não resisti em voltar meu olhar, os olhos brilhantes, quase pude ver lágrimas por eles, mas talvez isso fosse mais meu.

-Ronald Weasley?

-Claire...

Talvez ele não tenha aguentado mais , porque veio e me agarrou, me tirou do chão, me girou no ar, agarrou, em todas as partes, apertou a carne da minha cintura e cheirou meu pesçou.

Eu estive imóvel até que não mais estava, agarrei de volta, toquei os músculos, os obros, as costas, e estava a pouco de arrancar a roupa dele ali porque AI MEU DEUS como está maior.

Olhei-o nos olhos, me afastei, ele olhou nos meus, sorriu, eu tentei sorrir menos do que o queixo caído me permitia.

-Por que não me respondeu? Por que não disse que vinha, eu queria você, por que não estava aqui?

Ele riu, RIU, e que risada, que risada...

-Sabe como é difícil mandar cartas de outro país, então dei um jeito de vir passar o carnaval com você. Algo como intercâmbio, não sei.

Bati no braço dele.

-Nunca.Mais.Faça.Isso.

Ele me agarrou, olhou mais alguns instantes e tocou os lábios nos meus,

eu

su pe rei.

Era o que eu oensava mas não, não podia superar, não tinha como, ele se aprofundou, senti a língua dele na minha e então, Pedro.

-Por favor, parem, meus olhos queimam.

-Claire, vai pular carnaval de pijama?

-Eu não vou pular carnaval.

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⏰ Última atualização: Feb 20, 2023 ⏰

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