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AQUELE DIA ESTAVA se tornando um dos dias mais especiais que Madeleine já teve, tudo graças a Rafe Cameron. Ela conseguiu abafar um pouco os pensamentos infelizes que a rodeava diariamente, era como se Rafe tivesse um poder de tirar tudo de ruim e apenas colocar os melhores pensamentos, ah, e também os pensamentos mais perversos... Rafe tem esse poder por qualquer menina e até mesmo Madeleine não consegue fugir dos pensamentos indecentes com ele.
Madeleine tinha certeza que nenhuma vez em sua vida havia sentido tanto formigamento no meio de sua perna como aconteceu nesse pequeno período de tempo que estavam nessa cachoeira magnífica. Era um clima completamente sexual, sua cabeça não parava de imaginar os lábios dele, as mãos pesadas, seu corpo e sua respiração. Ela já estava começando a ficar doida, tentando engolir e fazer esses pensamentos desaparecerem de uma vez por todas, porque sabia que iria chegar um momento que ia ceder aquela vontade, e sem dúvidas isso estava no final de seus planos. A Routledge teria que se saciar mesmo com seus dedos quando a calada da noite chegar, só assim para engolir a vontade que está de ter o corpo de Rafe Cameron dentro de si.
O casal ainda se encontravam na bela cachoeira que Madeleine descobriu a pouco tempo que pertencia aos Cameron. Só de pensar que isso tudo pertence à família dos Cameron sua cabeça explode, é muita coisa para uma família só. Ela sempre soube que eles possuíam muitos bens e muitos terrenos, mas imaginar que uma cachoeira inteira pertencia a sua família, era algo difícil de acreditar. A situação financeira dos dois era totalmente diferente, enquanto Madeleine lutava para ter comida em sua mesa, Rafe é dono de vários lugares lindos e luxuosos, tendo a única preocupação de que lugar ir.
Bem longe, estava Rafe Cameron mergulhando um pouco mais afastado, enquanto Madeleine se segurava na escada que tinha de encontro ao tablado, admirando o loiro à sua frente, que fazia umas palhaçadas de jogar a água para ir de encontro a ela.
— Vem até aqui, Maddy. — pede ele, abrindo os braços para afirmar que a ajudaria. — Vamos até a queda d'água. Quando a água cai em nosso corpo é o melhor analgésico que existe.
— Não, eu estou bem. Obrigada. — responde ela, sorrindo sem graça, não gostando da ideia de se enfiarem na cachoeira.
Rafe balança a cabeça e nem força tentar chama-la novamente, o que se foi estranho já que é da característica dele sempre obter o que está querendo.
Maddy observa o loiro nadar para mais fundo, porém, quando ele foi mergulhar a garota entrou em alerta já que estava demorando para o mesmo voltar à superfície. Trinta, quarenta, cinquenta quase um minuto e nada de Rafe voltar. Madeleine começa a gritar o nome dele, e como de esperado, nenhum sinal de vida foi ouvido. É ali que a garota se joga na água sem pensar duas vezes antes de cometer tal ato.
