O acordo

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Eu e o senhor Laurent nos sentamos em uma das mesas do bar.

Ele me olha estranho, como se já me visse em algum lugar.

— Eu queria pedir desculpas, pelo meu filho, recentemente ele tem sido desordeiro, sabe?

Balanço a cabeça.

— Eu entendo. — digo.

— Pois bem…— começa o senhor Laurent 

— Megan — relembro ele

— Ah é mesmo. — ele ri — Pois bem Megan, você me parece tão, mas tão familiar. Qual seu sobrenome?

— Eu tenho dois, Sant da minha família adotiva, e Collins, dos meus pais biológicos. — disse. O homem fica perplexo, como se não acreditasse no que eu acabei de dizer.

— Collins? Você é a filha de Kate e Thomas Collins? — ele disse ficando de boca aberta.

— Sou. — respondo.

— Meu Deus, eu…eu era amigo dos seus pais. Eu lembro de você nascendo, lembro de você bebezinha, eu não acredito. As pessoas dizem que…

— Que eu não sobrevivi? — completo

— Sim. 

— Você e meus pais…a quanto tempo conhecia eles? - perguntei curiosa.

— Desde a época da faculdade, fomos parceiros de negócios, eu e seu pai éramos praticamente irmãos. Eu sinto tanta falta dele. Ele era meu melhor amigo.

Fico calada raciocinando.

— Megan, como você cresceu, como foi esse tempo todo pra você?

— Difícil — respondo. — Fui adotada por uma mulher que trabalha na nossa casa no tempo, eu cresci feliz apesar de tudo, mas ainda sim foi e é difícil. É uma luta diária, uma tristeza e um sentimento de luto que não vai embora. 

— Eu sinto muito jovem. Se eu soubesse que você estava por aí, eu faria de tudo pra ser próximo de você, era o que seus pais iriam querer.

Desvio o meu olhar triste e encontro com o de minha irmã do outro lado do bar. Ela está nos observando preocupada.

— Megan — diz o homem.

— Sim — volto minha atenção a ele.

— Você está trabalhando aqui? — ele pergunta.

— Bom, às vezes eu ajudo minha irmã aqui, ganho uma pequena quantia por isso, mas eu trabalho numa padaria aqui perto e eu também dou aulas de reforço. Mas nenhum desses trabalhos era o que eu queria pra mim. — digo chateada

— Entendo, e com o que você gostaria de trabalhar? 

— Algo relacionado a finanças, economia, administração, qualquer coisa relacionada ao meu diploma. — ri tentando descontrair.

— Certo, e se eu te fizesse uma proposta, um acordo? — ele diz interessado.

— Ok… qual? — pergunto esperando uma proposta de emprego em uma das empresas dele 

— Sabe, você é uma garota esforçada, decidida, cuidadosa e muito forte, é exatamente o que precisamos agora.

Me animo. 

— Ok…? 

— Estou tentando limpar a imagem do meu filho, logo ele vai comandar metade dos meus negócios. Preciso que as pessoas vejam que ele não é um vagabundo qualquer, preciso de uma boa ou influência para ele. — ele fala e eu estranho.

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