Capítulo 2

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Alberto ON

Estava na minha sala resolvendo algumas coisas até que o RH me ligou informando que encontraram uma secretaria nova para meu amigo, e que só não o informaram pois não estão conseguindo se comunicar com Zayan, então desligo o telefone e saio da minha sala, então aviso Pietra minha secretaria que já irei embora, também a dispenso por hoje e vou até a sala do meu amigo ver o que está acontecendo. Assim que entro no local vejo Lui sentado no cantinho ao lado do sofá encolhido e abraçando seus joelhos como se queisese se proteger de alguma coisa, então rapidamente vou até ele.

Alberto: o que aconteceu Lui - falo me ajoelhado em sua frente

Lui: bligalam cumigo beito - fala fazendo biquinho e deixando lágrimas caírem

Alberto: não fique assim bebê, depois eu terei uma conversa séria com eles tá bom - falo acariciando seus cabelos

Lui: tá boum, quelo ir embola - fala manhoso

Alberto: tudo bem, vamos para casa - falo me levantando - vem LuI

Lui: naum quelo coio - fala me dando os bracinhos

Alberto: tudo bem vem seu bebezão - falo o pegando no colo e o mesmo da um risadinha

Caminho com dificuldade até o elevador e agradeço mentalmente por ter um dentro da sala do meu amigo, afinal o que as pessoas iriam pensar em meu ver carregando um homem de quase um metro e noventa...tudo bem que agora nesse exato momento é Lui que está no meu colo e ele tem no máximos três anos e meio, mais as pessoas não sabem disso.

Da última vez que Lui assumiu o controle no mês passado, eu tive que sair andando pela empresa de mãos dadas com ele pois estávamos na sala de reuniões, e você já podem imaginar o que aconteceu né. No dia seguinte tinha vários boatos que estávamos namorando e que descidimos nos assumir gay...não tenho preconceito de jeito nenhum, mais meu negócio é mulher, amo uma buc...vocês entenderam né.

Lui: naum quelo - choraminga assim que tento colocá-lo no carro

Alberto: Lui você precisa entrar para irmos para casa - falo tentando novamente e ele parece grudar mais em mim

Lui: naum...nuam...naum - fala birrento

Alberto: por favor Lui, vamos logo antes que alguém nos veja - falo perdendo a parceria

Lui: vuxe tem veigonha do Lui, naum gota de eu? - pergunta com os olhos cheios de lágrimas

Alberto: não é isso Lui, você é o meu irmãozinho e te amo muito mais agora temos que ir para casa, prometo que se você se comportar te dou sorvete mais tarde - falo e ele da um pequeno sorriso

Lui: de sotolate? - pergunta com os olhos brilhando

Alberto: sim, te dou um pote bem grande de sorvete de chocolate - falo e ele sorri

Lui: plomete? - pergunta ficando sério e tentando fazer cara de mal

Alberto: prometo irmãozinho - falo tentando não rir - agora vamos pra casa - falo e ele concorda me deixando finalmente colocá-lo no carro

Começo a dirigir e durante o caminho Lui foi cantando as músicas do mundo bita, e sinceramente já escutei tanto essas canções que já peguei raiva até de quem criou essa droga, mais é melhor isso do que meu irmãozinho chorando. Considero Zayan e suas personalidades como meus irmãos, nos conhecemos quando que eu tinha nove anos e desde então cuido deles, minha mãe morreu durante meu parto e meu pai entrou em depressão, aí quando eu tinha nove anos ele se matou e fui morar no abrigo onde conheci meu melhor amigo.

Nunca ninguém cuidou de mim e acho que foi isso que me fez comecar minha amizade com Zayan, ele era uma criança tão sofrida, carente de amor e como eu também nunca tive isso resolvi ser para ele o que eu queria que meu pai fosse para mim, então passei a cuidar dele e surpreendentemente ele fez o mesmo comigo, nos tornamos irmãos e inseparáveis. Como eu sou um ano mais velho sai primeiro do abrigo e foi um ano difícil longe do meu irmão, mais no dia do seu aniversário de dezoito anos fui buscá-lo e tive uma grande surpresa quando ele recebeu sua herança.

Meu amigo pagou meus estudos e sou muito grato a ele por isso, hoje sou um dos melhores advogados do país e o ajudo com sua empresa, foço de tudo para que meus irmãos sejam felizes e que se aceitem como são, Zayan e suas personalidades são minha única família e eu os amos do jeitinho que são.

Alberto: chegamos - falo estacionando o carro

Lui: soivete - diz animado

Alberto: nada disso mocinho, primeiro vamos tomar um banho e jantar - falo e ele faz biquinho

Lui: naum quelo banho e naum qual papa, Lui quê soivete - fala emburrado

Alberto: primeiro vamos fazer o que eu disse, e você disse que iria se comporta para ganhar o sorvete - falo ele faz biquinho novamente - vem vamos subir

Saio do carro e vamos até o elevado do prédio com ele caminhando emburrado na minha frente, minutos depois estávamos na cobertura, anulação levei Lui para o quarto dele e lhe dei banho, o vesti, penteei seus cabelos, em seguida o deixei na sala brincando e vendo desenhos na televisão. Enquanto isso fui até a cozinha preparar o jantar, cerca de quarenta minutos depois tudo estava pronto então jantamos enquanto meu irmão ficava fazendo graça com a comida, mais no final acabou comendo tudo e lhe dei seu tão sonhado sorvete de chocolate.

O que não foi uma boa ideia pois ele se sujou todo, então tive que lhe da outro banho e dessa vez ele chorou dizendo que não queria. Quando termino de vestir o pijama nele, vejo que já está tarde então o coloco em sua cama e leio um livro infantil para que ele durma, e quando vejo que Lui está dormindo profundamente vou até meu quarto.

E não, eu nao moro com ele mais tenho um quarto aqui para quando acontece de Lui aparecer, eu tenho meu próprio apartamento que fica no andar de baixo, não moramos juntos pois gosto de fazer festas, de trazer pessoas (no caso mulher) em casa e meu amigo não gosta nada disso, então moramos em apartamentos saparados. Quando entro no meu quarto tomo um banho, faço minhas higienes, em seguida me deito na cama e não demora muito para que eu pegue no sono rapidamente pois cuidar de um crianças gigante é cansativo.

Meu primeiro amorOnde histórias criam vida. Descubra agora