"Me perdoe, Chay, por te avisar em cima da hora. Mas, ao anoitecer, teremos uma festa!
Te vejo lá.
-V.C"
— Quem ele pensa que é 'pra me chamar de Chay? E como ele organizou uma festa sem me consultar? -Sua voz saiu indignada, jogando a carta no chão. Olhou para cima, respirando fundo e coçando os olhos, logo voltou seu olhar para a carta.- O que é isso?
"Eu sou o dono do prédio."
Havia um post-it azul colado atrás da carta, que até então ela não havia visto. Seus olhos se arregalaram. Apenas seu pai, Hong Yu-Chan, sabia quem era o dono. Certo, talvez eles se conheceram assim.
Mais uma vez, suspirou frustada.
Então ouviu o som de uma música animada, que logo reconheceu ser como estrangeira, e se levantou em um pulo. Correu para o corredor e olhou janela à baixo.
Uma grande festa estava acontecendo em frente ao Geumga Plaza.
Havia balões, serpentina, palhaços, pessoas dançando e o que mais chamou a atenção da mulher foi a mistura das bandeiras coreana e italiana.
"Te vejo lá".
Ele estaria na festa então?!
Sentiu sua garganta secar, voltou correndo para o escritório - que estava vazio, afinal era domingo. Só estava lá pois necessitava revisar algumas coisas - e se olhou no espelho. Usava um terno azul escuro, junto de saltos bege e uma camisa social interna preta. Seu cabelo estava solto, deixando-a com um rosto harmonizado. Sorriu para seu reflexo e, após pegar seu aparelho celular, desceu.
Encontrou todos os inquilinos e até mesmo o Sr. Nam, que disse não notar ninguém de estranho no lugar. A mulher deu uma grande volta pelo perímetro, analisando a face de todos.
Ela sequer percebeu o homem de terno preto a olhando por cima da passarela.
Seus olhos castanhos estavam curiosos, a grande faixa escrito "FESTA DAS NAÇÕES ENTRE ITÁLIA E CORÉIA DO SUL" com as cores das bandeiras desses respectivos países chamavam sua atenção. Novamente, a Itália estava sendo envolvida em algo. Seja no homem misterioso ou no seu advogado júnior.
Então, seu olhar parou em um dos caminhos que levam para a parte de trás do prédio. Observou um homem, de preto, usava máscara e boné e - pelo o que ela conseguiu enxergar - segurava uma carta. Uma carta como as que ela recebia.
V.C? É ele?
Rapidamente, apertou o passo até chegar perto do homem que, assim que a viu, correu. Não sabia aonde estava indo, afinal ele só fora mandando colocar a carta na advocacia Jipuragi e fugir de Hong Cha-Young.
Ele estava muito na frente, além de ter uma certa vantagem visto que ela estava de salto. Mas então, se viu sem saída. O caminho havia acabado.
Mesmo estando longe, ela pode observar algo: Não era o mesmo homem das gravações ou do cemitério. Aquelas costas... Não eram as que estavam em sua frente, à poucos metros.
— Srta. Hong? -Uma voz fê-la virar, parando de correr atrás do homem misterioso.-
— Sr. Park! -Correu até o homem, parando em sua frente e encarando-o.- Ele... Ele é mandante do V.C! Eu tenho certeza! -Estava completamente agitada.-
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Mᴇssᴀɢɢɪ - short-fic.
FanfictionOnde, após a morte de seu pai, Cha-Young começa a receber cartas anônimas. Ou; Onde Vincenzo prometeu ao seu parceiro que cuidaria de sua filha.