CAPITULO 48

1.3K 96 41
                                    

MARÍLIA POV:

Eu me segurava em maiara e ela só chorava enquanto meu mundo se partia.

-Mai... Mai me fala logo ... fala que ela tá bem... fala por favor.- eu me ajoelhei abraçando as pernas da maiara e eu chorava já sabendo do pior.

-Lila... suas filhas.... -Mai começou a falar e se ajoelhou me abraçando.

-Não Mai... não... não fala por favor eu não vou suportar maiara... -Eu chorava já com toda a minha alma e só se ouvia choros de toda a recepção.

-Maraisa perdeu os bebês- ela disse e só então eu fui quebrada.

Choravamos intensamente, eu não largava maiara por nada.

-É tudo culpa minha... -Eu falava.

-Meu amor não é culpa sua... -Ela sussurrou .

-Cadê minha mulher? Eu... eu quero ela. -eu disse.

-Estamos aguardando o médico voltar com mais informações, aí vamos vê-la mais ela ainda está desacordada.

-Eu quero ela... -Eu me levantei e segui até os corredores mais logo fui barrada por um doutor.

-Senhora? Oi... calma... posso ajudar?

-Eu preciso ver minha esposa... ela... -Tentei falar e ele me pediu calma.

-Senhora, calma, é Marília né? Estávamos no aguardo. -Ele disse e me puxou pra andar pelos corredores.

-Eu só quero a maraisa, só quero as minhas filhas. Eu que sou a culpada disso, foi eu que provoquei o estresse dela -Eu dizia chorando enquanto caminhava.

-Sua esposa já tinha um problema delicado na gestação e não foi cuidado. O descolamento da placenta já era avançado, nem se vcs tivessem feito o repouso absoluto elas não teriam chances de sobreviver, além do que a placenta se colou no útero e isso é uma coisa extremamente rara de acontecer.

Paramos em frente a uma porta e eu não conseguia controlar meu choro.

-Escute Marília, quando sua esposa chegou aqui, já havia perdido muito sangue e o batimento estava fraco pois ficou muito tempo no hotel até alguém da fé -Ele disse e eu prestava atenção- Quando ela chegou, fizemos os exames e comprovamos oque já sabia, as bebês não tinham mais batimentos cardíacos. -Ele disse e eu soluçava.

-Quero a minha mulher... por favor doutor. -Eu implorei.

-continuando, quando ela chegou, induzimos um parto a pedido dela, foi parto normal por ser fetos pequenos ainda ela não teve dor. -Ele disse e eu me encostei na parede chorando mais ainda. -Ela também não quis ver as filhas, então já levamos daqui. Ela perdeu muito sangue e estava inconsciente mais agora acordou e eu te peço que seja a força dela agora. -Ele disse enquanto eu chorava.

-força? É isso mesmo? Eu não tenho força nem pra mim mesma. Eu só quero sumir.

-Vc quer, mais não vai, vc vai ficar ao lado dela e dar todo o apoio que ela precisa. -Ele disse e eu Suspirei. -Vou te dar 20 minutos aqui na frente desse quarto, cê vai chorar tudo que tem pra chorar e quando der o tempo vc vai entrar naquele quarto e vai ajudar a sua mulher a se reerguer entendeu?

Suspirei e concordei e logo o doutor se foi me deixando sozinha. Eu me sentei no chão com as mãos na cabeça, porque senhor? Porque todo tipo de desgraça tá acontecendo comigo? Que Deus tu és?  Porque matou as minhas filhas? Um ser tão inocente? Vc não é um Deus bom, você só trás tragédia.

Em meus questionamentos, não sei quanto tempo se passou ali no chão mais eu me levantei. Sequei minhas lágrimas e respirei fundo. Eu não tinha forças, mais o pouco que sobrou da Marília eu vou entregar a ela.

POR TRÁS DO PALCO - Segunda TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora