Idéia 2: Orion's Party

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↻シ🧁 ── QUEM deu a idéia para essa história foi: yOKICASSO. Suas palavras escolhidas foram: bolhas, bobo e formigueiro. <3

Será que hoje era um bom dia para se ter uma festa de aniversário?

Orion se sente bobo por se perguntar essas coisas deprimentes. Sua vó teve mais uma daqueles seus ataques cardíacos e seus primos jogaram todos os seus cartões de convite pela janela da van. Sua mãe ainda nem falou com ele, nem um "Bom dia" ou "Feliz aniversário, filho". E ele não pode ficar bravo com ela; principalmente tendo que lidar com nove crianças enfiadas numa van em movimento.

Ele está aceitando todos esses fatos como um rapazinho crescido. Ele não quer, ele quer chorar pelos cartões que ficou a noite toda fazendo e pedir tempo para apenas ele e sua mãe. Cacete, só um bolo de chocolate e velas, com um filme medíocre pra assistir estava de bom tamanho. Porém sua família é um máximo. Adoram festas! Amam forçar essa interação humana com a porra da criança introvertida.

De qualquer forma, Orion está aproveitando essa brisa de vento com reflexões, deixando as flutuar pra longe e só sobrar espaço para um cérebro vazio, se enchendo de paisagens verdes enquanto afina os olhos pelas rajadas que está recebendo nos seus cabelos, rosto e pescoço.

A viagem até o campo é sempre algo que o restaura. Mesmo que ele esteja com o barulho atrás das orelhas, por um momento ele se diverte com o abafamento do lado de fora causa no de dentro. Numa brincadeira de tira e coloca.

Sua prima, Fanny, está sentada do seu lado e não faz questão de se importar com sua diversão. Estando praticamente envolvida em todo aquela parafernália; com risadas altas e conversinhas bobas. Orion-Superior-A-Todas-Elas, se acha o mais velho, o quê se comporta e fica quieto com a cabeça pra fora da van. Porém ele ainda é a criança mais triste.

Sua paz é roubada por uma cutucada na perna.

─ Ei, Orion.

─ Hm? ─ Ele sempre é meio poucas palavras sonolento.

─ Do que você acha que vai ser o bolo?

─ Chocolate? ─ Aponta como se fosse óbvio.

─ Ah. Verdade. Eu esqueço que só tem esse sabor no mundo. ─ Orion já está abrindo a boca para dizer claro, que não? ─ Digo, no seu mundo. Você realmente não pode escolher outro sabor dessa vez?

─ Acho que não dá tempo agora...

─ Hm. Isso realmente é triste... ─ Fanny lamenta, puxando um dos fiapos da poltrona onde está. ─ Tente limão da próxima, pode ser?

─ Hm. ─ Esse é um som de vou pensar.

Ela ri e o abraça. ─ Obrigado, Orion! Você é incrível, sabia? Eu vejo você.

─ Você não pode repetir isso toda hora, Fanny. Isso não vai a transformar num avatar-

─ Shh! A Mãe pode ouvir! Eu estou orando a ela, eu até acho que vi um pouquinho de azul no braço ontem...

E ela se perde em ficar passando a mão pelo braço, procurando manchas azuis? Tudo que Orion consegue ver é a cor natural da sua pele. Preta com pelinhos dourados que ela adora puxar quando está nervosa.

Tirando seu foco dela, ele está reparando todo o caos que está os consumindo. Freud e Mango, estão jogando jogos de tiro que soa por toda a van; enquanto está um fofocaria sem fim das K.K.K ─ sigla para Karla, Karol e Karine. Elas sabem tudo que rola, desde as fofocas das crianças até adultos. Por esse motivo, Galileu está chorando aos prantos porque Karine disse que seus pais iriam se divorciar.

BRINCANDO DE ESCREVER.Onde histórias criam vida. Descubra agora