chapter Two

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Franzo a testa e penteio o cabelo de mikey novamente, o amarrando.

— Seu cabelo é macio. — Falo indo para a sua frente. — E eu estou realmente agindo como sua babá.

Ele ri e eu enfio a escova de dentes com pasta em sua boca, logo escovando seus dentes. Ele pega a escova de mim e sai andando até o banheiro.

Suspiro e vou até a janela, me sentindo agitado.

Meu lobo estava agindo estranho com esse ômega.

Não faz nem um dia que eu tô trabalhando aqui e eu nem sei como reagir a isso. Ele é uma fofura e bastante esperto. E não posso me esquecer que ele tem um histórico e tanto.

Ex-militar, expulso por espancamento.

Além do que ele fez nas ruas em si, o banho de sangue não foi nada bonito.

— Senhor Ryuguji? — Olho para mikey, que está caminhando em minha direção. — Vamos terminar de planejar as entrelinhas que faltam do plano?

— Você realmente quer ser a isca ? — Pergunto dando espaço ao meu lado na janela. — Sabe que não precisa realmente ir a festa.

— Quero fazer parte, é a mim que estão perseguindo. — Ele diz tranquilamente. — Eu havia publicado que iria a uma festa específica, comentei bastante sobre a boate em que a festa vai acontecer. Cheguei até a postar alguns prints de conversas com amigos sobre estar ansioso para ir, já que um amigo vai tocar. Vai ser a oportunidade perfeita.

Assinto em concordância com sua fala.

— Já entrei em contato com a tal boate, vou servir de Barmen no dia. — Digo e ele me encara com a sombrancelha arqueada. — Eles não tem ideia de quem sou, mikey. É bem fácil na verdade, fora que você vai estar com seus amigos. Não vão reparar em um simples barmen.

- Não tem como você passar despercebido, Senhor Ryugui.

Olho para ele, surpreso e com um sentimento que não sei definir muito bem fazendo meu coração bater cada vez mais forte a cada minuto.

Ele dá de ombros e continuamos verificando as possíveis pontas soltas.

Ele vai se encontrar com Emma na cozinha depois de passarmos quase três horas só criando e aprimorando nosso plano, e enquanto isso eu vou dando uma passeada pela casa, olhando os móveis a procura de possíveis escutas.

No quarto do Mikey em si não tinha nenhuma, o que era um pouco óbvio. Mas pela casa ao todo eu encontrei umas trinta. Também achei microcâmeras escondidas perto da porta do quarto do ômega.

O que significa que alguém estava vigiando. Mas provavelmente não conseguiram colocar no quarto dele. Então possivelmente tem algum empregado que esteja ajudando.

Vou até a cozinha e encontro Mikey e Emma rindo, assim que me vê os dois acenam e eu faço um sinal com a cabeça e vou até a parte dos empregados.

Fico algumas horas lá, conversando com algumas faxineiras e assistentes de cozinha. Depois volto até mikey e Emma e os chamo para dar uma volta no jardim da casa. Eles estranham mas não negam.

Quando pisamos no jardim eu os deixo perto de uma árvore grande e vou até os seguranças, tentando criar amizade.

Repito isso com todos os empregados, agindo como um novo contratado tímido que queria fazer amizades. No final do dia deixo Mikey no quarto e ando sempre pelos pontos cegos das câmeras implantadas na casa. Vou até o meu quarto ao lado e pego minhas ferramentas para o trabalho.

De forma escondida coloco câmeras em todos os cômodos da enorme casa, assim como escutas onde não poderia colocar as câmeras.  Depois volto ao meu quarto e monto meu computador de monitoramento e ajusto o rádio das escutas.

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