Capítulo 15

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Jana Silva

Perco a compostura quando analiso minha figura no espelho e vejo a quantidade de marcas que se distinguem entre vermelhas e roxas pelo meu corpo. Pedri fez um serviço excelente ontem, o mesmo Pedri que ainda está deitado em minha cama mesmo depois das três vezes que eu o chamei

— O estrago foi grande

— A culpa é sua

— Me considero culpado, eu assumo essa responsabilidade

Pedri sorri e se senta na cama, eu vou até ele que me puxa para seus braços me dando um beijo de bom dia, tem coisa melhor do que acordar sendo recebida a beijos jogada nos braços desse homem? Impossível

É mais uma luta fazer com que ele toma café e vá para casa sem antes tentar me pegar de todas as formas possíveis, ele me deixou exausta ontem e me sinto exausta hoje, agradeço ao clima de inverno espanhol, vou conseguir que ninguém veja o estrago em meu corpo, basta eu colocar o uniforme de manga cumprida e ainda vou pôr o cachecol

A manhã estava bem fria mesmo com os raios solares, e quando o ar gélido do dia saiu pela minha boca eu sabia que poderia ser um dos dias mais frios que eu já passei por ali

Ligo o ar quente do Renegade e dirijo até o ct, na porta já dou alguns autógrafos e tiro algumas fotos, de lei. Desacelero um pouco o carro quando entro no estacionamento e percebo um audi prata estacionado bem em minha vaga, fico um pouco confusa com isso mas não irei discutir por causa de um simples lugar, levo o meu carro um pouco mais longe do que o habitual e o deixo ali mesmo

Entro no vestiário e as meninas estão conversando por ali, dou um bom dia geral e vou me trocar sozinha, tomando cuidado para que ninguém veja meu corpo e questione algo

Corro para o gramado e inicio meu aquecimento, o vento gelado batia em meu rosto a cada corrida que eu dava, no mesmo instante que eu me aquecia, minha temperatura caia novamente. O treino da parte da manhã tinha acabado a alguns minutos, ainda continuo treinando algumas faltas de bola parada quando ouço alguém gritar meu nome, no alambrado estava Gavi e Ansu Fati, vou até eles

Ambos me cumprimentam e começamos a conversar sobre coisas banais, dou muitas risadas com as bobeiras que Ansu Fati fala e Gavi vem junto comigo. A atmosfera desses dois é muito boa, impossível alguém não gostar desses meninos fora de campo, saímos juntos indo rumo ao refeitório e de longe eu consigo observar a loira do meu pesadelo conversando com seu pai

— Porque ela veio? — Pergunto

— Pra encher o saco — Gavi responde

— Acho que ela vai vir todos os dias agora e ainda sobrou pro Pedri a bomba de ajudar ela jogar futebol — Ansu diz

— Todo mundo sabe o que ela quer com essas “aulas particulares “ — Gavi fala

— Ela é uma dissimulada, e não posso nem a chamar de puta porque puta é uma profissão honesta, ela é uma sonsa gratuita — Deve haver um excesso de raiva em minha voz

Ansu e Gavi ficam em silêncio e eu me despeço deles indo almoçar, não tenho paciência pra aguentar essa garota e todas as firulas dela não, praga do Egito, presente grego, e eu não deveria me importar com o que ela faz ou deixa de fazer só que eu simplesmente não consigo ignorar sua existência sabendo que ela quer o mesmo que eu quero

O almoço passou muito rápido, e sempre tem aquele tempinho após para descansarmos um pouco, quero espairecer minha cabeça então logo depois de escovar meus dentes vou dar uma volta pelo ct. O vento soprava as árvores fazendo com que balancem, e eu me encosto em uma parede por ali para apenas observar isso e aproveitar a paz daquele lugar

O jogo do amor - Pedri González (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora