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Acordo no meio da noite, sinto minha boca seca e um pouco de frio por conta do vento frio que vinha da janela aberta. Me sento ainda sonolenta e automaticamente me pergunto o porque de estar dormindo em um colchão no chão. Assim que lembro o motivo meus olhos se arregalam e eu viro meu rosto em direção a cama, o vendo ali dormindo, todo esparramado o rostinho bonito amassado por conta do travesseiro.

Dou um leve sorriso, eu nem podia acreditar que ele estava ali mesmo comigo, ainda era tudo muito surreal para mim, eu estava tão feliz por poder passar um tempo a sós com ele, mesmo ele sendo um bobão que me fez dormir no chão sendo que tudo o que eu mais queria era que ele me chamasse para deitar ao seu lado.

-Idiota...- resmungo e decido me levantar para beber um pouco de água, assim que levanto vejo que o quarto estava bastante iluminado por conta da luz da lua, que estava perfeita naquela noite, cheia e brilhante.

Ando no escuro até e geladeira pego a garrafa de água e um copo, assim que encho, decido ir até a varanda para poder admirar aquela lua linda.
Abro a porta e logo a brisa da madrugada se choca contra minha pele quente e me arrepio inteiro, me encosto no parapeito e observo o céu. Estrelado e com a lua como protagonista. A rua aquela hora era totalmente vazia e silenciosa, só se escutava o som das ondas batendo contra a praia e as folhas das árvores farfalhando.

Continuo olhando o céu e sentindo o vento enquanto bebo a água, estava tão concentrada em minha contemplação que me assustei inteira quando sinto um corpo quente se encostar por trás de mim.

Fico tensa por alguns segundos, paralisada. Vejo suas mãos pararem em cima do parapeito, dos dois lados do meu corpo me deixando praticamente encurralada entre o seu corpo e o limite da varanda. Olho para cima para poder ver seu rosto e sou pega de surpresa por ele já estar olhando pra mim.

-Te acordei?- pergunto baixinho para ele, mesmo que não precisasse falar assim, ninguém nos escutaria, só havia nós dois ali.

-Escutei você levantando, mas demorasse pra voltar...tá fazendo o que aqui?- ele pergunta no mesmo tom, sua voz rouquinha pelo sono me deixa desconcertada e faz meu coração errar uma batida.

-A noite está linda.- Vejo ele virar o rosto, observando o céu e a rua, analisando pra confirmar se o que eu tinha dito era verdade, ele volta seu olhar para mim.

-Tá mesmo...mas você não tá com frio aqui?- desvio meu olhar para longe do seu, tinha medo que ele conseguisse me ler demais com seus olhares.

-Estou bem.- falo baixinho, fico tensa e quando sinto ele me tocar de leve no braço, como um pequeno carinho.

-Deixa de ser mentirosa! Você tá toda arrepiada.-ele fala e continua com o leve carinho no meu braço, viro meu rosto para ele.

-Eu estaria bem mais quentinha se não tivesse que dormir no chão!- falo irônica e logo solto uma risada com a caretinha de deboche que ele faz para mim.

-Parceira! Eu sou visita! Eu posso! Então seja educada e deixe seu amiguinho dormir na cama!- ele fala enquanto levanta sua mão e aperta meu nariz brincando comigo, ele não colocou força mas me pegou desprevenida.

-Aí!!!! Doeu!!- falo dramática e coloco minha mão em cima do nariz esfregando onde ele apertou.

-Meus Deus que drama! eu nem fiz com força.- ele fala rindo de mim.

-Mas machucou!- falo fingindo uma vozinha de choro.

-Ownnnnn, cadê deixa eu ver?- ele fala e leva a mão até meu queixo, levantando meu rosto, tiro a mão da frente e ele analisa meu "machucado".

Ele aproxima o rosto do meu, me assusto um pouco e automaticamente fecho meus olhos, sinto seus lábios encostarem levemente na pontinha do meu nariz, deixando um leve e demorado selar, ele se afasta e eu continuo de olhos fechados sentindo um friozinho bom na barriga.

-Passou?- ele pergunta baixinho, sinto seu hálito quentinho tocar meu rosto e quando abro meus olhos ele ainda está bem próximo a mim.

Eu o olho, explorando seu rosto e guardando cada detalhe dele na minha mente. Seus olhinhos lindos com aqueles cílios grandes e fofos, suas sobrancelhas grossas, seus lábios cheinhos e atrativos demais para minha própria sanidade, os cachinhos fofos e bagunçadinhos que eu tanto gostava.

Das últimas vezes que nos encontramos, por mais que eu desejasse muito, não tive coragem de chegar nele, a confusão, insegurança e o medo da rejeição não me deixavam. Pensava estar confundindo o que éramos e o que ele queria de mim. Mas desta vez eu queria arriscar, ele desmontava todas minhas barreiras até mesmo a da timidez de dar um passo mais avançado, desta vez eu queria ser mais corajosa.

Solto um leve suspiro e tenho toda a atenção dele pra mim, faço um sinal de negação com a cabeça. Ele franze as sobrancelhas em uma carinha de confusão.

-Não passou?- ele pergunta interessado, me sinto envergonhada de fazer o que eu estava pensando mas a vontade dele vencia tudo. Nego novamente com a cabeça.

-Machucou aqui também.- falo tocando meus lábios de leve.

Seu olhar desse até minha boca, e vejo seus olhos ganharem um brilho diferente, com a mão que ainda estava no meu queixo, ele passa o polegar pelo meu lábio inferior. Solto um leve ofego e o vejo passar a língua nos seus lábios entreabertos.

-Aqui?- ele fala ainda sem tirar o foco dos meus lábios, concordo com a cabeça sentindo meu rosto quente por vergonha e as borboletas no estômago começarem a se mexer. Ele aproxima nossos rostos devagar, chegando bem próximo da minha boca, fazendo nossos lábios roçarem, sentindo a respiração um do outro.

Com nossos olhos entre abertos, ele puxa meu rosto um pouco mais e deixa um leve beijinho molhado no cantinho do meu lábio inferior.

Fecho os olhos completamente quando sinto sua boca tomar inteiramente a minha em um selar longo, abro um pouco meus lábios e ele começa a me beijar, lento, molhado, apenas lábios. Ele morde meu lábio inferior e solto um ofego suave, passo minha língua por seus lábios e ele a chupa devagar.

O beijo dele era inesquecível, o melhor que eu já tinha provado em toda minha vida, nossos lábios dançavam numa sincronia perfeita que me deixava fraca, pronta para derreter em seus braços.

Viro meu corpo de frente para o seu, ele me pressiona contra a parapeito, voltamos a nos beijar de forma intensa. Levo minhas mãos até seus ombros o trazendo para mais perto de mim, suas mãos deslizam pelos lados do meu corpo e param na na minha cintura e ele me puxa ainda mais contra o seu corpo.

Continuamos a nos beijar, cada vez mais intenso e colando mais nossos corpos, como se quiséssemos nos fundir um ao outro. Ele morde e maltrata meus lábios me deixando sem ar e ofegando por mais.
Seus beijos descem até meu pescoço, molhados, me fazendo arrepiar. Levo minha mãos até sua nuca, arranhando ali, descontando um pouco do que estava sentindo. Inclino minha cabeça para trás, o dando mais espaço pra explorar e ele desce mais seus beijos até minha clavícula exposta pela minha blusa que caia do meu ombro. Suas mãos descem da minha cintura, passando pelos meus quadris indo em direção a minha bunda. Ele coloca as mãos por baixo do meu shortinho, e a aperta com força, enquanto chupa meu pescoço, solto um gemido, baixinho e ofegante enquanto aperto seus ombros.

Voltamos a nos beijar enquanto suas mãos grandes ainda maltratavam minha bunda, levo minhas mãos até sua nuca segurando o seu cabelo e arranhando sua nuca. Ondulo meu corpo contra o seu, rebolando contra suas mãos.

Nossos beijo se torna apressado mas não menos gostoso. Sinto uma de suas mãos abandonar minha bunda e entrar por baixo da minha blusa, levantando-a e deixando meus seios à mostra. O vento gelado bate contra minha pele quente e me arrepio, fazendo com que os biquinhos ficassem durinhos e sensíveis. Ela toma um de meus peito na mão e o aperta, brincando com o biquinho e me faz gemer ofegante e contido contra sua boca.

Paramos nosso beijo por falta de ar, ele coloca minha blusa no lugar e me olha, minhas pernas pareciam gelatina e meu corpo estava quente e aceso como nunca e no fundo eu pedia pra que ele se sentisse da mesma forma.

-Kayk...eu...-falo com a voz falhada e ele segura meu rosto fazendo eu o olhar nos olhos, ele estava ofegante assim como eu.

-Agora...você pode vir pra cama comigo...se quiser.

Aquela noite no AP Where stories live. Discover now