família fictícia

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Papai não se importa com as roupas que eu use, contanto que não se parece com àquelas de suas vadias.
Ele é um bom homem para sua família, mas quando está longe vive de ousadias.
Jamais o questionamos publicamente sobre suas delongas estadias.
Seja uma menina boazinha, evite discórdias.

Mamãe não se importa com meu perfume, contanto que não seja como o cheiro do álcool que ela consome.
Ela é uma boa mãe, mas às vezes dos seus filhos esquece o nome.
É tão gentil, sempre prepara algo quando estamos com fome.
Quem é que poderia julgá-la? Ela diz que é uma síndrome.

Meu querido irmão não liga de com quem eu saio, contanto que não sejam tão viciantes quanto suas drogas.
Ele é um bom garoto, só não deixe saberem o que ele esconde por baixo das mangas.
Não é que viva no mundo da lua, ele só prefere as alucinógenas.

Minha querida família de mentira, sorriam para as câmeras.
Não somos um caso à parte, histórias como essa são inúmeras.
Tão vividas frente aos outros, por trás das cortinas, efémeras.

introspecções de uma mente em caos.Onde histórias criam vida. Descubra agora