3. MEMORIES

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Oiooi
  
Caso ainda não tenha ficado tãao claro, essa fic é mais uma releitura dos acontecimentos da série do que uma autoral e como dito no capítulo anterior, estou escrevendo meio sem compromisso só quando vem ideias de cena e tal.

*

Ao sair daquele quarto, Pete fecha a porta e se encosta contra a madeira fechando os olhos por alguns instantes. Seu peito gritava para que Vegas saísse dali, que o dissesse que não queria parar com o que tinham, que gostava de estar com ele, mas não. Nada.

E se Vegas não fazia questão de o ter ao seu lado, não continuaria insistindo. Seria idiota.

Pete se sentia um total e completo idiota por cogitar que Vegas, o (provavelmente) psicopata e apático Vegas, pudesse sentir algo por ele. Era burro pensar isso. Pete não passava de um guarda-costas, um guarda-costas da família que Vegas odiava.

E ainda que sentisse algo, estava cego demais com sua obsessão por Porsche para notar.

Pete teria que convencer a si mesmo que Vegas não valia a pena. Teria que se convencer que Vegas estava onde sabia que se beneficiaria e que facilmente o mataria caso ousasse interferir em algum de seus planos. Gostando disso ou não era quem Vegas era.

Um maldito filho da puta.

Ao finalmente chegar em seu quarto na casa da primeira família, Pete tira as roupas que usava e caminha até o banheiro para se tomar banho. As marcas das mãos de Vegas ainda estavam por todo seu corpo... Se fechasse os olhos podia sentir seus toques quentes percorrendo cada curva, sentir os lábios macios e toda a excitação que Vegas exalava quando estavam juntos. 

Por que dentre tantas opções teve que se atrair justamente por ele? Maldito Pete.

Ele seria um homem morto se alguém ao menos sonhasse com aquilo. Arrancariam sua cabeça e provavelmente a mandariam em uma bandeja de prata para sua família. Vegas não valia isso.

Não valia sua vida, não mesmo.

*

Exata uma semana havia se passado desde aquela noite.
Era sexta feira, dia da semana escolhido por Vegas e Pete para se encontrarem no hotel.

Ainda que não tivesse ido atrás de Pete, Vegas não achou que o guarda-costas fosse de fato dar fim ao que tinham daquela forma. Sabia que havia passado dos limites aquela noite, mas realmente achava que Pete voltaria. Então, assim em como todas as sextas-feiras anteriores, ele se aprontou e se perfumou antes de ir para o hotel onde se viam.

Ficou lá por uma, duas, três, quatro horas, mas nada. Pete não apareceu.

Vegas não tinha muitas pessoas em sua vida, além de seu pai, irmão e si mesmo, não se importava com mais ninguém, porém isso - por alguma razão - parecia estar um pouco diferente. Não queria pensar que havia magoado Pete, isso o causava uma sensação estranha no peito. Cansado de esperar pelo garoto e irritado consigo mesmo, Vegas sai do quarto batendo a porta com força.

Quem aquele merdinha achava ser para o deixar esperando? 

Vegas sobe em sua moto e a acelera antes de sair dali cantando pneu, quando visse Pete de novo seria implacável. O guarda pagaria por cada segundo que o fez esperar. 
Foda-se que ele havia colocado um ponto final no que tinha, isso só valeria de algo quando Vegas estivesse cansado dele, e não estava. Não ainda. 

Passando pela rua de um bar, Vegas vê um carro já conhecido por ele ali. 
Ele reduz a velocidade e vê seu primo, Tankhun, junto de Pete, Porsche e mais alguns guardas dos quais não fazia questão de se lembrar os nomes.

MIDNIGHT SECRET || VEGASPETEOnde histórias criam vida. Descubra agora