Pele a Pele [M]

06

T R O V Ã O 🥋

Escutei a porta da frente bater e eu já sei que é a retardada da Lilian que tinha chegado.

Fui até o quarto dela pra saber o que tinha acontecido.

Trovão: Foi tu que comprou a porra da porta né? - Entrei no quarto dela de vez.

Lilian: Não enche, Davi! - Ih, algum bicho mordeu ela.

Trovão: Ué? Saiu de casa feliz e voltou tristinha foi? - Me joguei na cama dela.

Ela se virou pra mim e ficou me encarando por um tempão, fiquei até com medo.

Lilian: Você é um idiota, em todos os sentidos. - Pegou a toalha dela e saiu indo em direção ao banheiro. Agora eu fiquei curioso pô, alguma coisa rolou.

Não vou quebrar minha cabeça com isso agora.

Na verdade eu vou sim! Fiquei esperando ela sair do banho pra poder eu tirar uma satisfação com ela.

Lilian: O que tu quer ein Davi? - Falou alto.

Trovão: Qual foi Lilian!? Pra onde tu foi que voltou desse jeito? - Cruzei os braços e me sentei na cama.

Lilian: Nada! - Se tinha uma coisa que me irritava era pessoa de cu doce. Mas, como eu sei fazer pressão psicológica...

Trovão: Se tu não me falar eu mermo vou saber, e tu sabe muito bem que eu sempre descubro as coisas. E se eu descobrir o que rolou pela boca dos outros, não vai prestar pro teu lado. Então é bom tu abri logo o bico. - Segurei o braço dela com força.

Lilian: Me solta seu ogro. - Tentou sair do aperto.

Trovão: Fala Lilian! - Apertei mais ainda o braço dela.

Lilian: Não! - Fechou os olhos.

Trovão: Eu vou descer e vou saber o lugar que tu passou a tarde, e eu vou até esse lugar. E se tu não falar a própria pessoa fala. - Eu soltei ela e me virei.

Lilian: Não! Eu conto. - Me virei pra ela, que estava com os olhos arregalados.

Sorri satisfeito e me sentei na cama dela.

Lilian: Só me promete, que não vai contar para ninguém! - Me olhou nos olhos e eu assenti.- Promete porra!

Trovão: Eu prometo caralho, tá achando que eu sou esses fofoqueiros desocupado!? - Ela negou e se sentou do meu lado.

Lilian: Eu fui até a casa da Catarina, fui levar as roupas dela. - Suspirou. - E fui saber o motivo da briga de vocês dois.

Trovão: O que ela te disse? - Me levantei já cheio de neurose.

Lilian: Nada, ela não me disse nada. Preferiu negar. - Eu Inclinei minha cabeça pra trás.

Trovão: Então o que foi porra? - Ja tava me irritando.

Ela começou a contar tudo com a voz embargada.

Porra, se eu soubesse eu não teria falado nada daquilo pra morena.

Trovão: E tu sabe onde esse pau no cu tá? - Me levantei e ela segurou meu braço.

Lilian: Tá louco? Eu só te contei pra evitar confusão com ela. - Ela tinha olhos arregalados. - Pelo amor de Deus não arruma confusão com ela, a bichinha nunca contou isso pra ninguém! Tá feliz agora?

Tô me sentindo péssimo mermão.

Eu saí do quarto da Lilian e desci até a cozinha pra pegar a chave do meu Audi.

Fui em direção ao bairro da morena e parei em frente ao prédio dela.

Pedi pro porteiro não me anunciar, ele não queria. Mas nada que umas notas de cem não resolva.

Subi até o apartamento dela e toquei a campainha.

Ela demorou pra abrir a porta, levei um susto quando vi a garota toda coberta com um moletom, uma calça moletom e meias.

Catarina: Oi, a Lilian esqueceu alguma coisa? - A voz dela estava diferente, talvez ela esteja doente né?

Trovão: Vim fazer as pazes contigo, na verdade fiquei com saudades da tua filha. - Ela me deu passagem pra entrar dentro do apartamento.

Catarina: Ela tá no quarto. - Tossiu, que nem cachorro velho.

Trovão: Como tu ficou doente? - Ela falou que pegou uma chuva e ficou com a roupa molhada por um tempão.

Porra, fiquei até feliz quando eu vi a mernozinha dela. Nem sei explicar como eu fico perto dessa criança, ela desperta um lado bom meu.

A morena deitou e se cobriu todinha.

Catarina: Ja viu né? - Falou fraco.

Trovão: Tu vai dá conta de cuidar dela desse jeito? - Apontei pro estado que ela se encontrava.

Catarina: Não, mas eu dou um jeito. - Esfregou as mãos no rosto.

Trovão: Qual foi? Eu fico contigo então. - Me joguei na cama do lado dela.

Catarina: Eca. - Fez carinha de nojo.

Trovão: Deixa de ser louca, garota. - Dei um beijo na bochecha dela.

Porra, essa menina me deixa instigado. E saber de tudo o que ela passou me deixa muito irritado.

Catarina: Você não tem medo de ficar por aqui? - Me olhou curiosa.

Trovão: Quem não deve não teme. - Sorri de lado e ela gargalhou com dificuldade.

Catarina: Você é idiota, né Helô? - Falou com a menor.

Peguei o controle da mão dela, e coloquei em algum filme.

Te falar que essa garota fez macumba pra mim pô, nunca fiquei com nenhuma mulher desse jeito, tô me estranhando demais.

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