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C A T A R I N A 🧿

Trovão: Tua mãe cozinha bem pô. - Falou com um pratão de arroz doce.

Catarina: Sim. Você ainda não disse o que veio fazer aqui. - Cruzei os braços e fiquei analisando as tatuagens dele.

Trovão: Ah, você sabe quem é esse aqui? - Me entregou uma foto. Na mesma hora eu estremeci, era o cara que me causava as piores sensações.

Catarina: Eu... Não, acho que não. - Entreguei a foto para ele e olhei para a televisão que passava alguma coisa. - Ele fez algo para você?

Eu não podia acreditar, poderia ser o destino ou a Lilian havia contado. Ela realmente ficou revoltada e saiu xingando o Carlos de tudo que é nome.

Trovão: Certeza? Ele era dono da farmácia que tu trabalha. - Largou o prato e me encarou. Juro, o jeito que ele me encara é como se pudesse ver todos os meus segredos.

Catarina: Ela te contou? - Ele piscou como se estivesse confuso. - Eu sei que a Lilian te contou. - Eu sussurrei olhando para a minha mão.

Trovão: Eu obriguei, ela chegou revoltada em casa e eu fiz uma pressão pra saber o que tinha rolado. - Ele continuava me encarando. - Por que tu não me falou. No dia do baile.

Catarina: Não é um assunto que eu costumo a falar com pessoas meio que desconhecidas por mim. - Falei baixo e finalmente encarei ele.

Trovão: Pô, eu não sou desconhecido 'pa tu. - Coçou a cabeça. - Mas me fala aí, onde eu encontro o cara. - Cruzou os braços.

Catarina: Que? - Arregalei os olhos. - Eu não sei, por quê eu saberia!?

Trovão: Hum, sei lá. - Murmurou e pegou o celular, percebi que ele estava digitando alguma coisa e logo recebeu uma resposta. - O Ovelha já encontrou. - Forçou um sorriso.

Catarina: Não faz nada, por favor. - Me levantei desesperada.

Trovão: Como não? - Arqueou a sombrancelha.

Catarina: É, não faz sentindo. Já faz 1 ano e... - Eu comecei a gaguejar, meus olhos encheram de água.

Trovão: Claro que faz, e te liga. Eu não tô fazendo por tu, e sim por ela. - Apontou para o quarto, onde a Helô estava.

Eu não falei nada, simplesmente baixei a cabeça e concordei. Escutei um chorinho bem enjoadinho e fui correndo para o quarto.

Catarina: Ou meu bebê. - Sorri fungando, eu realmente não me importo com o que vai acontecer com aquele cara, só não quero que afete a minha filha.

Coloquei o peito para fora e a Helô já atacou, a fome claramente puxou a minha.

Escutei o trovão fazer uma tosse falsa e eu olhei para a porta, onde ele está.

Trovão: Tô pegando o rumo da casa do cara. - Falou simples.

Catarina: Só te peço que não mencione a Heloísa. Por favor. - Suspirei e encarei ele.

Pele a Pele [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora