Capítulo 1

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Boa noiteee, amooores! 


Bora embarcar nesse novo desafio?! Sei que o inicio é tenso, mas prometo que terão momentos lindos e incríveis do nosso casal... E em breve vai aparecer um integrante muito fofo que vocês iram se apaixonar...

Beijokas e ótima leitura.

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Maria Flor

Olhava para o teto da cela fria e sombria completamente perdida e sem esperanças. Já estava nesse maldito lugar há três meses e nunca recebi nenhuma visita, nem mesmo dos meus pais adotivos.

Ninguém acreditava na minha inocência, nem o advogado que paguei uma verdadeira fortuna, vendendo o meu carro e todos os meus bens de valor, confiou em mim, e se mostrou um homem sem o mínimo de competência e profissionalismo ao não me defender com afinco e força de vontade... No tribunal ele parecia mais inclinado em deixar as pessoas acreditarem na minha culpa, muito diferente de quando conversamos e eu garanti que era inocente, dando até mesmo pistas para ele ir atrás de toda a verdade.

E era extremamente desesperador e triste ser acusada de um crime tão bárbaro e cruel como tráfico de crianças.

Esse lugar era macabro, com pessoas muito cruéis e desumanas...

Sofria com inúmeras humilhações e até mesmo agressões.

Aqui, sozinha, tinha muito tempo para pensar, o que era um verdadeiro martírio, pois sempre me questionava o motivo de eu ter nascido.

A minha mãe biológica me entregou para adoção assim que nasci... nunca soube o motivo e provavelmente nunca saberia, pois em nenhum momento tive interesse em procurá-la, e nem o meu pai biológico.

Quando completei dois anos no orfanato, Jane e Marcos Duarte me adotaram. A história que me contaram anos depois era de que não poderiam ter filhos, e que ter um bebê era um sonho do casal, por isso resolveram me adotar.

Eles eram atenciosos, me tratavam bem, mas nunca me senti como parte daquela família. Eu era uma garotinha negra, de cabelos crespos, e os dois eram brancos de olhos claros...

E tudo piorou quando completei seis anos.

Por um milagre, minha mãe Jane engravidou de gêmeos... E eles estavam tão felizes, tão empolgados com a chegada dos filhos biológicos, que fui deixada de lado já no início da gestação, e quando os bebês nasceram, aquele sentimento de abandono e desprezo voltou com tudo.

Era como se eu fosse uma mosca incômoda e indesejada atrapalhando a vida daquela família perfeita e feliz.

Eles pagavam colégios caros, compravam brinquedos, roupas, mas depois que os meus irmãozinhos nasceram, não tinha mais nem o mínimo de carinho e afeto dos meus pais. Por isso decidi que estudaria muito, sempre com muita determinação e dedicação, pois precisava ser independente e sair daquela casa o mais rápido possível.

Decidi que queria ser enfermeira depois que fui ao hospital tomar vacina, e uma mulher muito adorável fez com que eu me sentisse especial e corajosa. Ela aplicou a injeção com tanta prática e carinho, que nem chorei. E desde esse momento foquei no meu objetivo...

Quando completei dezoito anos, passei no vestibular para o curso de Enfermagem, e aquele foi o dia mais feliz da minha vida.

Fiz alguns colegas no curso, mas não era muito de confiar nas pessoas, porém quando comecei a fazer estágio no Hospital Municipal no meu segundo ano de faculdade, tudo mudou, eu amava o meu emprego, apesar de bastante corrido, e encontrei pessoas legais que me faziam bem.

Absolvida pelo Amor - DISPONÍVEL COMPLETO NA AMAZONOnde histórias criam vida. Descubra agora