Quem diabos se importa com o dia dos namorados?

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Espero que gostem!! Essa é uma fic que eu adaptei de muitos anos atrás e pasmém, está completa rsrs e o final dela é tão lindinho...

Algumas explicações:
-[Nome] é nipo-brasileira, assim como seu irmão "Diego" (personagem original).
-Suas amigas (exceto a Bárbara) são europeias
-Bachira joga no Barcelona
-Os personagens são adultos então vamos entender que o Blue Lock já terminou e os jogadores seguiram com suas carreiras em outros clubes europeus.


P.O.V [Nome]

7:00 da manhã, Universidade de Barcelona

Apesar de apreciar muito o rito sagrado de conversar com minhas amigas enquanto tomava café na Universidade, precisava confessar que quase sempre, estava alheia às conversas. A maioria dos assuntos eram fúteis demais para serem discutidos, como hoje em que elas se entretinham falando sobre a última festa de Vanessa, uma colega de sala de Olívia.

— Vocês repararam no vestido daquela garota? Pergunto-me se ela frequenta algum tipo de psiquiatra para tamanha bizarrice... — Quem tecia os comentários mais maldosos claramente era Olívia.

Enquanto elas riam sobre os assuntos mais inócuos possíveis, eu tomava mais um gole da minha garrafa térmica de café enquanto grifava os textos da aula de cálculo vetorial, apesar de ser muito familiarizada com a matemática e possuir um certo fascínio pelos números, aquela matéria estava me torturando.

— O que você está fazendo, [Nome]? E o que são todos esses números? — Olivia pegou o meu caderno à força para fazer com que eu voltasse a minha atenção para a mesa.

— Estudando cálculo vetorial. — Afirmei enquanto tomava o último gole do meu café. Sempre sem açúcar. Era o máximo que podia fazer para controlar o meu péssimo humor das manhãs: começar o dia com um café amargo.

— O semestre só começou agora, criatura! — Protestou Bárbara. — Vai me dizer que não vai assistir ao jogo do Brasileirão de novo?

Dei de ombros. Apesar de ter nascido no Japão, morei alguns anos da minha infância no Brasil, terra de meu pai. Conheci o Grêmio durante uma partida da Libertadores e me considero gremista. Por ser brasileira, Bárbara e eu sempre nos demos bem. E claro, ela sempre me caçoava quando o Santos ganha do Grêmio e vice-versa.

— Por isso mesmo eu devo estudar, não quero tirar nenhuma nota baixa.

Olivia gargalhou — se você não é a maior nerd do mundo, eu não sei quem é.

— Antes nerd do que uma lacraia loira como você! — Retruquei com um tapa em suas costas.

— Tá querendo briga? — Olivia partiu para cima de mim para apertar minhas bochechas e só paramos com a infantilidade quando ouvimos o refrão de Pet Sematary soar pelo ambiente.

Era o toque de chamada do meu celular. Uma nova ligação de Meguru Bachira.

"Eaí vaciloona!" — a voz debochada dele era única. — "Eu preciso da sua ajuda. Urgente! Eu ainda não comprei um presente de Dia dos Namorados para a Marina, é caso de vida ou morte!"

Meu Deus, como eu odiava casais. Queria que todos morressem de leptospirose.

"Ah. Você é rico, pode comprar o que quiser..." — Respondi sem paciência para drama.

"Mas esse ano tem que ser perfeito! E se eu não comprar a tempo, ela vai ficar muito chateada".

"Nossa, estou tão preocupada que vou até chorar" — não aguentei e comecei a rir com o meu sarcasmo. Ele fez o mesmo.

No creo en el amor - Imagine Bachira e RinOnde histórias criam vida. Descubra agora