O DEMÔNIO DE MORTE

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PARTE 15

Nessa parte do livro, vou sair da história da minha namorada, mas vou continuar contando uma história de demônios, que tive com uma outra namorada.

Era um dia de domingo, estava me arrumando para ir para o culto à noite. Eu era responsável pelo culto dos adolescentes. Mas aí, do nada, o Espírito Santo fala muito forte no meu coração: "Não vai pra sua igreja hoje, eu quero que você vá pra outra igreja, porque vou te dar algo lá".
A voz era tão profunda no meu espírito e alma, que eu obedeci a essa voz.

Cheguei até mais cedo, estava numa expectativa absurda, eu tinha certeza de que aconteceria alguma coisa; a voz do Espírito Santo foi muito clara no meu coração, eu não tinha dúvidas de que eu ia receber algo ou ia acontecer alguma coisa.

O culto começou e acabou. E não aconteceu absolutamente nada.
Eu estava muito frustrado, quando o pastor deu a bênção apostólica, encerrando o culto.
Fiquei sentado por uns dez minutos na cadeira, inconformado pelo fato de que não tinha acontecido nada.

Me levantei pra ir embora, andando bem devagarinho, pra ver se acontecia alguma coisa, e nada aconteceu.

Quando saí pela porta da igreja, acho que tinha dado no máximo dez passos, o Espírito Santo falou comigo de novo:
"Eu te dei algo hoje! Vai no acampamento de carnaval da igreja; o que eu te dei, está lá."

O meu coração parecia uma brasa viva.
Ardia dentro de mim a certeza de que estava, lá no acampamento de carnaval da igreja, o que Deus prometeu me dar.

Mas tinha um probleminha: eu não tinha dinheiro para ir para o acampamento, o lugar era muito chique e caro.

Mas o Espírito Santo me deu uma estratégia: fui vender jornal da igreja no farol. E consegui pagar, todos os meses, as parcelas do acampamento.

Quando eu cheguei no acampamento, tudo normal, o lugar era realmente lindo e incrível.
As ministrações nos cultos eram muito espirituais.
Me diverti bastante também.
Mas nada acontecia.

Eram quatro dias de acampamento.
No segundo dia, umas seis horas da tarde, o Espírito Santo me toca muito forte, pra ir para o refeitório, onde a gente tomava café, almoçava e jantava.

Chamei um amigo para ir comigo.
Ele disse: "Tá muito cedo para a hora da janta". Mas eu insisti, e meu amigo veio comigo.

Quando chegamos, tinha duas jovens no refeitório, ao lado da piscina.
Eu cheguei e disse pra elas, num tom de brincadeira: "Chegaram mais cedo pra jantar, então vocês devem estar atrás de um namorado".
Elas riram, e começamos a conversar.

Jantamos juntos, nós quatro.
Depois do jantar, meu amigo foi para um lado com uma das amigas. E eu e a outra jovem ficamos sentados perto da piscina.

Conversamos a noite inteira e no início da madrugada.
O clima estava no ar!

Começamos a namorar, ali mesmo no acampamento de carnaval da igreja.
Foi uma paixão arrebatadora!

Quando voltamos, saímos algumas vezes; ela pensou em terminar o namoro várias vezes.

Até que eu acabei ficando com uma ex-namorada. Fiquei muito mal, por tê-la traído.
Liguei pra ela, contei toda a verdade.
Pedi perdão e terminei o namoro.

Alguns dias depois, não sei como, a minha ex-namorada agora, conseguiu o telefone do meu vizinho.
Quando eu atendi, e não sabendo quem era, ela já perguntou: "Você gosta de mim?"
Eu falei: "Eu gosto!"
Então ela disse na seca e sem rodeios: "Então vamos namorar! Minha mãe e minha amiga disseram que você foi muito sincero, de me contar da traição."

O CÉU DOS DEMÔNIOS e o inferno dos anjosOnde histórias criam vida. Descubra agora