CAP. 5 | TODO MUNDO PRECISA DE UMA FOLGA.

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O DIA PASSOU tão lentamente que foi como se estivesse se arrastando

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O DIA PASSOU tão lentamente que foi como se estivesse se arrastando. O encanador que Joel chamou veio perto do final da manhã, ele resolveu o problema no chuveiro e foi embora no horário do almoço. Eu estava me sentindo entediada e desanimada, sem conseguir nem mesmo pegar no sono.

Fiz algumas coisas da faculdade, mas eu simplesmente não conseguia me concentrar em nada. Não por estar pensando em algo ou alguém, mas simplesmente por não conseguir focar e me pegar encarando o nada sem motivo nenhum.

Decidi sair e dar um passeio. Joel não pareceu muito inclinado a realmente vir me ver mais tarde, então eu não tenho razão nenhuma para esperar por ele. Dirigi até o shopping, pensando em escolher algumas peças para renovar meu figurino se show. Eu não sou do tipo que gosta de fazer compras, mas depois que comecei a ganhar um bom dinheiro no clube, passei a me divertir bastante com isso. Vi a necessidade de ter sempre algo novo para os shows, e também a perspectiva de conseguir um emprego legal na área jurídica antes de me formar, significaria ter um guarda-roupa atualizado com peças bonitas e elegantes.

Depois de comprar algumas coisas, estava passando em frente a uma joalheria quando parei para admirar as peças de diamantes. Essas com certeza são as minhas favoritas. Não é a toa o que dizem sobre os diamantes serem os melhores amigos se uma mulher. Enquanto olhava para um par de brincos, considerando se deveria ou não comprá-los, ouvi uma voz masculina bem conhecida vinda de algum lugar.

Imediatamente eu me ergui e olhei envolta, procurando de onde ela estava vindo. Foi quando eu o vi dentro da joalheria, conversando com uma vendedora bem arrumada. Era ele... é claro que era. Sua voz é impossível de não ser reconhecida. Mesmo com tão pouco tempo eu já consigo reconhecê-la em qualquer lugar. Eu estava travada. Como um animal encurralado. Ele nem estava virado para mim, mas o pânico já estava instalado na boca do meu estômago. Eu sabia que deveria sair dali, mas eu não conseguia, era como se meus pés estivessem grudados no chão. Respirei fundo, devagar, me concentrando em não pirar. Eu não posso surtar.

Ele não vai me reconhecer. Não sem todo o figurino, maquiagem e a máscara principalmente. Isso me acalmou, senti minha pulsação diminuir até voltar ao normal. Eu estava menos nervosa agora com esse pensamento. Ele fez um movimento brusco com a cabeça e por um momento pensei que ele tivesse me visto, já que seus olhos vagaram pela entrada da loja e pela vitrine, imediatamente voltei a encarar o par de brincos, mas minha vontade de comprá-los havia desaparecido.

Vi pelo reflexo no vidro que ele havia voltado novamente sua cabeça para frente e estava conversando com a vendedora. O que ele estaria fazendo?

Meus olhos correram rapidamente pelo balcão e vi várias caixas do que pareciam ser anéis, talvez até alianças. Me esforcei para me lembrar se ele usava aliança, mas não consegui me recordar dessa informação. Será que ele está comprando um anel para alguém?

Me esforço para ignorar esse pensamento. Não é da minha conta. Apenas fico grata por ele não ter me visto, mesmo que não reconhecesse eu sei que ele não é idiota e perceberia alguma semelhança nem que fosse pelo cabelo ou o formato do rosto. Me afasto da joalheria, com passos rápidos porém não como se estivesse fugindo. Desço pelas escadas e só relaxo de vez quando estou longo o suficiente para ter certeza de que não teria mais nenhuma chance dele me ver.

DOLLFACE | NEGAN & JOELOnde histórias criam vida. Descubra agora