Adhara tinha dez meses quando deu seus primeiros passos arrastados.
O casal estava apresentando músicas trouxas para sua pequena, quando Remus pegou a mãos de Sirius e o guiou para uma dança já coreografada pelos dois.
Remus passou uma das mãos por sua cintura, trazendo-o para mais perto e fazendo Sirius encostar levemente sua cabeça na curvatura do seu pescoço.
Se mantiveram ali, em um mundo criado apenas para eles. Um mundo lindo e quente, onde ninguém podia tirá-los de lá.
Excluindo apenas a pequena menina a poucos centímetros deles que tentava se levantar e fez um pequeno barulho quando o brinquedo que segurava caiu no chão em sua primeira tentativa de se pôr de pé.
Ela como uma boa filha de quem era, tentou mais uma vez e então olhou para os pais que sorriam bobamente para ela ainda abraçados, e decidiu por si só ir até eles.
Os cabelos antes pretos, estavam agora ganhando um tom castanho e seus pezinhos davam passos muito decididos para alguém que estava dando seus primeiros passos.
Quando Adhara chegou até seu objetivo final, ela agarrou as pernas dos pais como se dissesse que também desejava participar da dança.
Ambos se ajoelharam em sua frente, Remus com o rosto inteiro sorrindo e Sirius se desmanchando em lágrimas.
— Oh Merlin! Você anda passeando, querida? – Sirius conseguiu falar, mesmo achando que não seria capaz de sair sequer uma respiração dele.
— Nossa pequena Adhara é muito rápida. – A menina sorriu reconhecendo o nome como seu.
Ela se jogou nos braços deles, sendo recebida com um abraço apertado e algumas lágrimas não apenas de Sirius.
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Remus estava lendo quando a porta foi aberta devagar, e então ao ser fechada um suspiro quase de alívio fez ele desviar e olhar para Sirius que parecia uma pouco nervoso.
— Deseja algo, querido? – Perguntou quando ele se moveu rápido em sua direção.
— Sim! – Pegou delicadamente o livro em suas mãos e colocou de lado – Eu desejo sexo... mais especificamente nesse sofá.
Remus o puxou para seu colo e começou com beijos no pescoço desnudo, o que ocasionou leves sons da boca de Sirius.
— Onde está Adhara? – Perguntou virando o corpo bastante maleável contra o sofá e beijando os seus lábios de forma urgente.
— Com os gatos... – Remus olhou para ele franzindo a testa – Eles dão conta!
Ele aceitou para si a confiança imposta por Sirius nos gatos e então se abaixou contra ele e começou a explorar o corpo abaixo de si com as próprias mãos.
O barulho de algo se quebrando foi alto, fazendo os dois se afastarem depressa e saírem porta a fora em direção ao som.
Adhara estava ao lado do sofá com Mirrone e Minnie a impedindo de ir até o vaso quebrado pelo gato branco "sem nome", que estava em cima da lareira deitado com a maior cara lavada possível e olhando para um vaso que era de sua mãe.
Sirius foi até a menina para conferir se ela estava bem, Remus foi logo atrás dele, se ajoelhou ao lado de Sirius, que estava com a nenêm no colo, a abraçando.
— Ela está bem? – Perguntou quando notou o leve tremor nas mãos do marido.
Ele não respondeu.
— Amor, olha pra mim –Ele apertou seus ombros, o que gerou uma reação dele.
Ele virou para Remus com os olhos marejados e sem nenhuma daquela luz dele que irradiava qualquer lugar do mundo.
Estavam vazios e sem vida.
— Eu deixei ela dormindo e fui até você – Seu corpo tremia tanto, seu coração estava doendo por não conseguir fazer nada para ajudá-lo. – ela é tão pequena. E se ela tivesse se machucado?
— Ela não se machucou – Remus tocou seus ombros e o puxou para seus braços quando não sentiu ele recuar.
Sirius se aconchegou no seu colo e abraçou a pequena pessoa em seu colo. Sua respiração se regulando enquanto se prendia nas pessoas que amava e ouvia Remus sussurrar baixinho que não era sua culpa, ele se agarrou a isso e mesmo que tudo dissesse que não era verdade ele acreditou, porquê era Remus que estava falando aquilo.
— Papa..
A vozinha fina e meia borrada tirou eles do silêncio que se encontravam, olharam para Adhara e ela estava com os olhinhos acinzentados cheios de curiosidade e então quando notou a atenção toda para si sorriu grandemente, mostrando seus dentinhos pequenos.
— Papa? – Sirius perguntou mais para si do que para qualquer outra pessoa.
— Ela falou! Sirius ela tá falando! – O sorriso de Remus cresceu em seu rosto.
— Papa! – Falou novamente, agora sorrindo e demorando seu olhar em Sirius.
Remus trouxe Sirius para um abraço, embalando seu mundo em seus braços e sorrindo abertamente com a felicidade dos dois.
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Amor e Gatos-Wolfstar
RandomRemus ama ler, mas ele ama mais sua família cheia de gatos e de amigos idiotas.