All I Want {Destiel}

Rockabye baby

🫀

  Seis meses desde que Claire havia nascido, o tempo estava passando muito rápido.    Quando Castiel chegou em casa já eram três horas da manhã em ponto (3:00 a.m), estava exausto e deprimido. O hospital em que trabalhava havia feito um corte na equipe de emergência e ele havia sido um dos dispensados. E mesmo depois de todo o seu esforço, dias sem dormir, sempre dando o seu melhor naquele hospital, ele ainda sim não foi o suficiente!!
Castiel se lembrou de todos os dias que precisou escolher o trabalho do que passar tempo com a filha para sobreviver. E mesmo que fosse o único jeito de não passarem dificuldades, o ômega se sentia péssimo por deixar o seu bebê para trás, o sentimento era de negligencia, tudo o que um pai ou uma mãe de verdade odiaria cometer contra o próprio filho(a).

— Cassie? — voz de Gabriel ecoo da escada.

— Oi Gabe, desculpa se eu te acordei... — Castiel se desculpou enquanto tirava seus sapatos perto da porta principal.

— Não precisa se desculpar, eu já estava descendo para tomar um chá, aceita?

— Claro, mas antes eu só vou tomar um banho. — respondeu sorrindo cansado.
— E a Claire? Ela conseguiu dormir hoje?

— Sinceramente? Não. Toda vez que eu tentava, ela só ficava chorando e olhando ao redor como se estivesse te procurando. — Gabriel suspirou melancólico, sabendo que aquilo era uma facada no coração do irmão, mas ele não podia mentir já que o próprio Castiel pediu para que não o fizesse. 
— E como foi o trabalho?

— Fui demitido... — respondeu melancólico.
— Corte de pessoal.

— Mas o quê!? — Gabriel o olhou mega surpreso.
— Mas... Mas você era quem mais trabalhava na porcaria daquele hospital!!

— É, mas acho que não fui o suficiente. Você sabe como é pra' quem é pai ou mãe ômega solo. Somos os primeiros a serem demitidos em um contexto como esse.

— Ai que odeio quando isso acontece.

— É a merda do sexismo... — Castiel murmurou subindo as escadas, seguindo seu caminho até o quarto que ele ocupava.

Ele foi até o banheiro e tomou o seu banho morno tão merecido. E enquanto a água caía sobre seu corpo, um longo suspiro ansioso. Sua cabeça estava girando em um turbilhão de pensamentos e cenários precocemente sofridos. Ter sido demitido foi como o último golpe para nocaute-lo e derrubar toda sua parede de auto confiança. Suas lágrimas escorreram junto com a água do chuveiro, enquanto ele se obrigava a segurar os soluços chorosos que travavam-se dolorosamente em sua garganta. Além de todos os problemas que lhe rodeavam, Dean ainda permanecia no fundo de sua mente e coração; causando dor, saudade e culpa.

Depois de secar suas lágrimas e engolir toda a dor, ele saiu do banheiro para se vestir em roupas confortáveis.
E ao sair de seus próprios aposentos, deu passos calmos e silenciosos até o quarto da filha, e abrindo a porta bem devagar, seguiu até o berço em delicados passos. O ômega parou diante da sua pequena luz e a admirou em seu sono, como um anjo faz com seus protegidos.
Castiel se sentia péssimo, queria fazer mais pela filha, mas não podia. A época da gravidez foi difícil, principalmente por falta de um alfa por perto, e criar a pequena continuava sendo difícil. Castiel tinha a ajuda de Gabriel, claro, e agradecia por isso, mas não podia ficar se escorando no irmão o tempo inteiro. Era sua filha, sua  responsabilidade de cria-la com amor e cuidado. Mas agora sem trabalho, ficaria difícil, e não queria de jeito nenhum pedir mais ajuda de Gabriel.