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Era uma manhã bonita e Albus estava sentado na mesa da Sonserina, relendo sua redação sobre lobisomens e a história da ancestralidade bruxa que tinha que entregar na aula de história da magia naquela tarde. Ele levou o suco de abóbora até seus lábios e tomou um longo gole, espremendo os lábios para que se intensificasse o gosto do refrescante suco e deixou o copo com o suco de volta na mesa para pegar uma maçã verde de uma das cestas.

Potter ouviu sua amiga da Sonserina o chamar para perguntar alguma coisa e ele fez um gesto para que ela esperasse um segundo e franziu o cenho olhando para uma parte da redação, parecia que estava alguma coisa errada porque ele não se lembrava de escrever tantas informações interessantes e científicas sobre o assunto. Se bem que, a letra era muito pomposa para um Potter. Albus pensou e, com a maçã em sua mão que tinha o cotovelo encostado na mesa e do lado contrário de seu rosto, ele chegou a uma conclusão: Malfoy.

- ow, obrigado, Potter- e sentiu alguém se aproximar de sua maçã e Albus se virou com a varinha apontando para o rosto do desgraçado que havia dado uma mordida em sua maçã- nossa, Albus!-

- que susto, Scorpius!- xingou abaixando a varinha e ele olhou para a maçã que tinha ganhado uma mordida- tem outras maçãs no cesto, você precisava pegar exatamente a minha?- perguntou bravo enquanto Scorpius sentava ao seu lado na mesa e ficava de lado, com uma perna de cada lado do assento para poder ficar de frente para o perfil do melhor amigo.

- você sempre escolhe o que é mais gostoso- brincou e pegou a maçã da mão do moreno que ignorou o calor de suas bochechas e decidiu pensar que era apenas raiva- e então, por que está encarando esse papel como se fosse matar alguém?-

- você mexeu aqui!- e indicou o papel sob a mesa de madeira- tem a sua letra e o seu jeito estúpido de escrever aqui-

- você ia ganhar um belo T de Trasgo se não fosse por mim, me agradeça falando coisas incríveis sobre mim para a Rose- alfinetou e Albus remexeu as sobrancelha direita inquieto e indignado com a fala do loiro, Scorpius percebeu e revirou os olhos, mordeu a maçã e, durante o tempo de mastigar e engolir, Albus fez várias caretas diferentes, parecia falar consigo mesmo sobre o quão incomodado realmente tinha ficado com aquela fala estúpida, Scorpius revirou os olhos e se aproximou devagar, ficando perto do ouvido de Albus- Potter, não fica assim, foi brincadeira-

- eu odeio quando mexe nas minhas coisas- resmungou de bochechas infladas, ressaltando suas sardas pequenas nas bochechas, ele estava com o rosto virado e Scorpius espichou levemente o pescoço para poder olhar os olhos esmeraldas do amigo- e a Rose te odeia, já disse isso-

- obrigado por ser meu protetor, Albus- agradeceu e sorriu de canto de boca, vendo a expressão do outro garoto querer se suavizar.
Desde o terceiro ano em que estavam em Hogwarts, havia se tornado um detalhe extremamente incomodo para Albus que Scorpius fosse afim de Rose, ele sentia como se suas entranhas rasgassem toda vez que Scorpius a paquerasse e era como se ele comesse o melhor chocolate no mundo quando Rose, cruelmente, o dava um fora ou cortava o Malfoy. Mas, no final do quarto ano, quando Scorpius veio ao seu encontro, após ter chorado sobre algo que Rose o falou, o pediu para que o ajudasse a ser menos "salgueiro chorão".

- atenção, alunos!- Minerva McGonagall, a diretora de Hogwarts, bateu palmas e chamou a atenção de todos no salão principal, Scorpius se virou para encarar a diretora e Albus soltou um suspiro aliviado pelo amigo ter se afastado- como sabem, já se aproximam a festa de dia dos namorados e, para esse ano, preparamos algo especial- e ela saiu da frente de um banco que tinha um pano cobrindo uma espécie de caixa, ela estalou os dedos e fez um manejar com a varinha que levantou o pano revelando uma caixa de vidro com um tipo de ser em forma de coração cor de rosa choque que se mexia como se fosse um balão mas sua consistência parecia similar ao de uma gosma com purpurinas- esse é o que os humanos chamam de cúpido, mas, no mundo dos bruxos ele é conhecido como Lamour, um ser que flutua sobre duas pessoas que se amam ou sobre uma pessoa que ama, no sentido romântico, alguém que está próximo e solta um pequeno pó, similar a purpurina humana, cor-de-rosa, ele estará flutuando por aí pelos próximos dias para que, durante o dia da festa, os bruxos possam estar se beijando e descobrindo se aquele é seu real e verdadeiro amor- e Minerva fez uma pausa- para quem acredita em superstições, claro-

Valentine's DayOnde histórias criam vida. Descubra agora