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Era extremamente exaustivo dizer o tempo todo que não namorava Scorpius. Albus já estava se sentindo ser vencido pela insistência das pessoas de o chamarem de mentiroso e dizer com todas as palavras que ele era namorado de Scorpius.
Até mesmo Rose, Rose Weasley, se aproximou dos dois naquela manhã e, com um sorriso muito gentil, coisa que Albus nunca viu, bateu no ombro do primo e segurou a mão de Scorpius.

– agora muita coisa faz sentido– Rose sibilou sorrindo– eu sabia que você não gostava de mim, Scorpius, ainda mais quando você disse que seu tipo de personalidade perfeita era Albus, quer dizer, Albus tem uma péssima personalidade–

– Rose– Albus suspirou cansado– não somos namorados, tudo isso não passa de uma mentira da Longbottom—

– mas é claro que é– Rose riu e se afastou, jogando os cabelos e cruzando os braços para olhar os dois garotos– achei que vocês tinham aproveitado essa chance de pensarem um no outro como namorado e estavam juntos–

– somos melhores amigos– Scorpius murmurou e a ruiva assentiu.

– minha mãe também era melhor amiga do meu pai e eles ficaram juntos– gesticulou e arqueou a sobrancelha– não vejo impecilhos–

Scorpius revirou os olhos, pegou Albus pela mão e eles se afastaram da ruiva, resolvendo ignorar os protestos e levando Albus até a torre de astronomia, onde se sentaram e, pelo próprio Scorpius insistir, resolveram faltar a primeira aula e café da manhã.

– é horrível isso– disse Albus sentado ao lado de Scorpius no chão, escondidos atrás de uma espécie de globo terrestre enorme e dourado– nem minha mãe acredita em mim–

– minha avó acha que é karma do meu avô ter odiado tanto seu pai– comentou Scorpius e ele respirou fundo– meu pai me perguntou se eu queria ir com ele ao beco diagonal e comprar um anel de namoro–

– se for de ouro– Albus tentou brincar e Scorpius deu um sorriso fraco– ou com alguma pedra verde, como a esmeralda para valorizar meus olhos– continuou em um tom brincalhão e Scorp o olhou rindo nasalado.

– nenhuma esmeralda chegaria nem perto dos seus olhos– falou, sem nem parar para pensar em suas palavras e Potter sorriu provocativo, só então, Scorpius viu a besteira que tinha dito– ah não, Potter–

– viu, é por isso que dizem que somos namorados, você é apaixonado por mim e não admite!– gesticulou e Scorpius virou a cabeça revirando os olhos.

– se eu fosse apaixonado por você, estaria tentando me aproveitar dessa oportunidade– tentou se defender e Albus riu.

– você me perguntou se eu queria fingir!– exclamou– também disse que não seria problema transar comigo!–

– foi brincadeira, Severus!– e revirou os olhos, respirando fundo e se virando para o amigo– e se gostarmos um do outro?—

– o que?! Não! Não gosto de você!– Albus protestou– quer dizer, eu gosto de você, Scorpius, mas como meu querido e gentil amigo—

– e eu gosto de você também– Scorpius falou, querendo se bater por dentro por estar falando de seus sentimentos tão abertamente assim– mas...e se confundirmos amor com amizade ou vice-versa?–

– eu...– pela primeira vez, em toda a vida impulsiva e de respostas prontas de Albus Severus Potter, ele não soube o que responder. Como confundiria amor com amizade? Quer dizer, amava Scorpius, mas...não como amava seus irmãos, o amava como um amigo muito próximo e achava que era a pessoa mais parecida consigo e, ao mesmo tempo, mais diferente em tantos sentidos.
O problema não era a sexualidade, era...era ser Scorpius, ele não queria perder Scorp, não mesmo. Imagina, e se eles se apaixonassem? E se ficassem juntos e brigassem? Iam deixar de ser amigos. Iam se odiar! Era assim nos filmes e séries! Por que não seria na vida real?

Valentine's DayOnde histórias criam vida. Descubra agora