Capítulo 9 - Caminhos e obstáculos

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Alôs! Atrasado de novo, mas bora lá. Semana passada e essa acabei me acumulando de muito trampo com meu podcast e algumas coisas da facul. Acabou que não postei como o planejado no sábado. Vamos ver se, nesta semana, ajustamos as coisas! Boa leitura!


Capítulo 9 - Caminhos e obstáculos


Arco 2 - Rebelião da Aldeia do Som


No dia seguinte à saída das equipes de Caius e Nico Lee da Aldeia da Nuvem... Aldeia do Som, País do Som.

Seus olhos são quase idênticos aos de Caius Lao Bistail. O tom de púrpura é equivalente, assim como a profundidade das "janelas da alma" oculares. No entanto, trata-se de uma mulher de pele clara e cabelos loiros. Abaixo do seu olho esquerdo há uma cicatriz que percorre quase toda a extensão do seu rosto em linha reta na direção do queixo. E claro, sua estatura em nada se compara à do líder do clã Bistail, visto que Tsukuyo Abumi é tão alta quanto a maioria das mulheres adultas do seu vilarejo.

Neste momento, ela caminha trajando um kimono preto com sandálias vermelhas de saltos grossos. Há poucas pessoas nas redondezas desta área, considerada como a maior área residencial da Aldeia do Som. Com um olhar observador e curioso, Tsukuyo sente que há algo errado por aqui. É quando ela escuta algo... Uma melodia ecoando ao longe... Uma sinfonia que a loira conhece bem.

– Mime – considera Tsukuyo em seus pensamentos, deixando transparecer no rosto toda a sua convicção.

Ela segue caminhando sem nenhuma pressa. Cada passo largo da kunoichi a aproxima do hospital central da Aldeia do Som. Séria, Tsukuyo sente aquele som tentando invadir a sua alma. Por outro lado, também é capaz de sentir toda a verdade expressada em cada nota musical. A verdade sobre a indignação de uma voz silenciosa que não aceita a dura realidade de muitos do vilarejo. Uma verdade que, em muito, também é sobre a história do clã Abumi. A linhagem da qual tanto ela quanto Mime fazem parte.

Já bem próxima do centro hospitalar, a loira é capaz de ver Mime no topo da construção de três andares. Por algum tempo, ela acha suficiente apenas observá-lo. O músico está sentado no parapeito do terraço do prédio, dançando com seus dedos sobre as cordas de sua lira. Os olhos dele estão fechados e completam sua imagem quase divina. Para muitos, a imagem de alguém que mal parece mero ser humano por se mergulhar na beleza sonora de uma música profundamente tocante.

Tsukuyo imagina que todos os funcionários e pacientes do hospital são capazes de ouvir a música. Quem sabe, todos estejam se sentindo reconfortados, apesar de toda a dor experimentada por um centro hospitalar diariamente? A kunoichi decide não pensar muito nisso e salta em direção à lateral do prédio, correndo em grande velocidade rumo ao topo. Em instantes, Tsukuyo já pode ser vista saltando em direção ao terraço e pousando bem próxima a ele.

– Maneira nada sutil de se apresentar diante de um artista em atividade – articula Mime, sem interromper sua música e de costas para ela.

De rosto baixo, a mulher permanece com a perna direita dobrada diante de si e a esquerda relaxada, fazendo uso do joelho da mesma como apoio no concreto. A posição é de alguém que, em muito, respeita uma autoridade presente. Ao menos, é o que qualquer um poderia dizer caso presenciasse tal situação. Porém...

– O que está tramando?

Imediatamente, Mime interrompe sua música e abre seus olhos. O sujeito se coloca de pé e, em seguida, se vira na direção de Tsukuyo. O instrumento musical sempre carregado junto do shinobi está apoiado em seu braço direito, reconfortado no contato com sua barriga. Os olhos dele se cruzam com os dela, mas o silêncio permanece reinando absoluto após a finalização abrupta de uma melodia inesquecível.

Justiça: O Pergaminho de SakuyaOnde histórias criam vida. Descubra agora