Uchinoinu | ~• Kiba Inuzuka X OC girl•~ |

Capítulo 47: inimigos infiltrados

Relaxando em uma das barracas abraçada com uma almofada, Himiko sentia seu rosto arder em chamas conforme tentava organizar seus pensamentos.

"Eu não consigo acreditar, eu realmente estou apaixonada por aquele idiota, a Mari tá certa, ah... isso é tão confuso, eu nunca deveria me apaixonar, meu futuro foi planejado desde o dia que eu nasci. Eu deveria me tornar a sexta fundadora, o que já sou, ser a líder do clã e quando completasse vinte e dois anos de idade, eu ia me casar ou com o Gaara ou com o Kentaro, para assim manter a honra do clã ou então a pureza do nosso sangue, e quando me casasse o meu marido iria assumir o posto de líder e eu não seria mais tão relevante, afinal, a mulher no clã Kato serve apenas para ter filhos, cuidar da casa e do marido, esse era o nosso dever, que saco. Eu estaria livre dessa merda se eu encontrasse outra pessoa para me casar que não fosse escolhida pelo meu pai, mas daí eu deixaria de ser a líder do clã, isso é um saco e é muito primitivo, odeio isso. Mas... eu sou a líder né, eu posso mudar essa tradição idiota e sem sentido, claro, vou ser odiada por fazer isso, mas quem sabe eu consiga e mudar essa besteira, e outras tradições escrotas, mas isso é para depois da guerra, não posso tomar esse tipo de atitudes no meio da guerra, na verdade, é até melhor esquecer isso, com certeza não vai dar certo e eu vou me esquecer disso depois da guerra." - - Himiko pensou soltando o travesseiro e se virando de barriga para cima encarando o teto - - "isso é tão confuso e ao mesmo tempo tão irritante, isso é tudo culpa do Kiba! Por que tinha que ser logo por ele!? O que tem de errado comigo!?" - - ela suspirou em indignação enterrando o rosto nas mãos tentando conter o rubor que ali surgia aos poucos - - "o que eu vou dizer para o papai? Ele não gosta nem um pouco do Kiba, eu me lembro como ele o olha, como se o Kiba fosse um ser insignificante, agora imagina se ele descobre que a filhinha perfeita dele esta apaixonada por ele, isso vai ser um desastre" - - a Kato balançou a cabeça em negação, era muita coisa para se assimilar de uma só vez.

Himiko se desvencilhou de seus pensamentos quando algo se mexeu atrás da entrada da sua barraca, a garota se sentou atenta olhando fixamente para a sombra, até que a tenda foi aberta revelando Maki sorrindo.

— Oi, senhorita Himiko, tudo bem? - perguntou a garota e Himiko franziu o cenho - eu vim te chamar para dar uma volta comigo e... - Maki abriu os olhos e percebendo a feição de Himiko - aconteceu alguma coisa?

— Não, nada, não aconteceu nada - Himiko desviou o olhar sem mudar a sua feição desconfiada

— Tem certeza, parece abatida - a Kato não respondeu - bem, eu sei o que vai te animar, vamos dar uma volta para esclarecer os seus pensamentos, e não se preocupe, eu não vou te forçar a me dizer nada, não deve ser da minha conta - Maki fez um sinal de positivo com a mão direita e Himiko deu um sorriso de canto um tanto trapaceiro

— Maki, antes de irmos dar uma volta posso te contar um segredo? - perguntou Himiko mudando para uma postura mais gentil

— Ah... claro - Himiko sinalizou para a ruiva se aproximar e assim fez, quando Maki se sentou na frente da Kato, Himiko aproximou o rosto do ouvido dela e disse com deboche:

— Acha que eu tenho cara de que? De palhaça ou de otária? Eu sei que você não é a verdadeira Maki - quando a ruiva foi reagir, Himiko empurrou sua cabeça para as cobertas a afundando e prendendo contra o chão - me diga, quem é você? - Himiko forçou o pescoço da cópia e um homem inteiramente branco com cabelos verdes surgiu através do corpo da menina

— Como você descobriu? - perguntou ele quase sem ar e a Kato sorriu travessa

— Eu não sou uma idiota, a Maki não tá aqui, ela foi para a equipe médica com algumas pessoas, e também, a Maki nunca me chamou de senhorita ou então disse que não ia insistir, Maki é persistente e não pararia até que eu contasse tudo para ela, agora me responde, quem é você? - a garota apertou mais ainda o pescoço do homem - é um espião do Madara né?