Quente como Paixão. - Tyunning.

Capítulo único.

Uma one shot de Tyunning !
O shipp não é tão amado e valorizado como alguns, mas é um dos meus favoritos e decidi postar !
Espero que gostem, e fiquem com alguns avisinhos:

1 - Contém linguagem inapropriada.
2 - Menções a suicido e a automutilação.
3 - Baixa autoestima, insegurança e depravação.

Enfim; se quiser continuar.. boa leitura. <3

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Mais um dia Taehyun despertava, encarando o teto branco de seu quarto, o cheiro insuportável de seu pai pairando sobre o ar junto da maconha que o mesmo sempre fumava.
Sentava sobre a cama, despertava cada músculo de seu corpo e encarava o despertador, 06:10 am.
Se levantava, um banho rápido era tomado e logo se trocava com um jeans cinza rasgado, uma blusa branca simples e um all star preto velho. – sendo o mais novo que possuía.
Andava pelo corredor, chegava a cozinha e acatava uma maça para comer, enquanto encarava seu pai largado no sofá, "dormindo" enquanto a TV estava ligado a um jogo de beisebol norte-americano.

– De novo..

O alfa disse para si, logo pegando a mochila e saindo de casa.

Não odiava seu pai por ter desistido cedo demais, se entregado de maneira fácil para um mundo ridículo e acabando por descontar em si a frustração de uma traição romanticamente feita por sua mãe, onde ele teria culpa nisso?
Poderia desde pequeno ver seu pai se esforçando no trabalho para dar o melhor para a família, a fazendo que pertencia a si era esplendidamente lindíssima, mas após sua mãe sair com seu funcionário de confiança e assim ter com ele um novo filhote, toda a magia havia acabado.
O Alfa mais velho desistiu da agricultura, deixou o sítio envelhecer com o tempo e comprou uma casa na cidade, onde se enfurnou e acabou conhecendo sua planta favorita em um beco qualquer.
Mesmo com tantos problemas, ainda sim o Kang conseguia viver, recebia uma boa pensão de sua mãe e nada lhe era negado, mesmo que gastasse a maioria do dinheiro com comida e vestimenta, as vezes com a droga para seu pai, mas nada era dito.

Espantando o passado de sua mente, continuou andando em direção ao seu colégio – para os íntimos, inferno não particular.
Não morava longe, então logo já estava passando pelos corredores, chegou ao seu armário e estava colocando os livros inúteis de ciências humanas, quando um cheiro estranhamente bom passou por si.
Nunca havia o sentido na escola, assim que se virou, sentiu seu estômago revirar – pela primeira vez, em um bom sentido. –, encarou o possível ômega parado ao seu lado tentando abrir o próprio armário.
Viu o encarar e sorrir sem graça.

– Desculpa, mas.. você pode me ajudar?

– Ah, claro. Qual a sua senha?

– 0527!

Segurou o cadeado e logo abriu, vendo o outro sorrir alegremente.

– Obrigado!!

Sorriu de volta para ele, na verdade, era o primeiro sorriso em meses.

– Desculpe, qual seu nome? nunca te vi por aqui.

– Ah, meu nome é Hueningkai! pode me chamar só de Kai mesmo. Você é o..?

– Taehyun.

– Ok! É um prazer te conhecer Taehyun.

Viu o menor se despedir e ficou o encarando por um tempo, totalmente paralisado.
Seus fios eram castanhos, um pouco volumoso por formarem pequenas ondinhas; seus olhos eram claros como o oceano e também o céu, se perderia facilmente ali. Sua boca era formosa, bem desenhada, parecia ter sido feita por pincéis angelicais. – os mesmos que van gogh usou para pintar seus quadros, vamos assim dizer.
Apenas se deu conta da realidade novamente quando o sinal estridente soou pelos corredores, então apressou-se para ir a sua primeira aula, mesmo que ainda quisesse conversar e descobrir mais sobre tal ômega.