After party

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CAPÍTULO 9

-Milla-

-Esqueci a chave, ela trancou a porta.

-Mason-

-Merda. Oque vai fazer?

-Milla-

-Posso tentar pular a janela, mas não vai ser muito fácil. Ela é um pouco alta.

-Mason-

-Posso te ajudar.

-Milla-

-Acho que mesmo se eu conseguisse, faria barulho suficiente para acorda-la.

-Mason-

-Se você quiser, pode dormir na minha casa, tenho um colchão sobrando.

-Milla-

-Ela vai brigar comigo.

-Mason-

-Eu converso com ela caso ela brigue.

-Milla-

-A única outra alternativa é dormir na rua, então aceito.

-Mason-

-Vamos.

Diz ele começando a dar pulinhos na direção de sua casa.

-Milla-

-Você tá parecendo uma criança.

Falo brincando.

-Mason-

-Não ligo, Flink.

Ele abre a porta da casa

-Sinta-se à vontade.

-Milla-

-Que cavalheirismo.

Ele da um sorriso e entra logo após.

Ele liga as luzes e se acomoda no sofá

-Mason-

-Sono.

Eu vou até o 'armário de guloseimas' e pego uma bala.

Eu me jogo no sofá, ao lado de Mason.

-Ano passado, você disse para mim que queria morar com o seu pai.

-Milla-

-Foi na hora da raiva.

-Mason-

-Mas você não acha que é melhor para você?
Sua mãe não tem muito juízo para cuidar de alguém.

Eu fico calada por um instante, abro a boca, querendo falar algo, mas não falo. Passo alguns segundos pensando, e logo falo.

-Milla-

-A ideia de morar com meu pai é legalzinha.
A ideia de mudar de cidade não é.

-Mason-

-Porque?

-Milla-

-A vida que eu tenho aqui vai ficar para trás. E mesmo assim, minha mãe não deixaria. Nem sei se ele quer que eu vá, não sei ao menos se já me viu pessoalmente.

-Mason-

- Olha, você não deveria ligar para a vida que vai deixar para trás, são momentos, é passageiro.

-Milla-

Da para perceber o peso em seu olhar ao falar isso, dá para perceber a dor.
Por que você está tentando me convencer a fazer isso, Mason Thames?

-Não consigo deixar essa vida para trás, não consigo viver sem meus amigos, sem você.

-Mason-

-E eu não faço parte dos amigos?

-Milla-

-Faz, mas... É diferente.

-Mason-

-Diferente?

-Milla-

-Não sei explicar, com você é diferente.

-Mason-

- Se eu não faço parte dos amigos, eu faço parte de qual grupo do seu coração?

-Milla-

Ele me pegou nessa. Em que grupo ele está no meu coração? Talvez no grupo central... O que encaixa todos os outros, o principal.

Um silêncio profundo permaneceu, enquanto eu pensava em uma resposta, uma resposta que ele quisesse ouvir.
Mas não consigo pensar em nada com ele me encarando desse jeito. Seu olhar é tão... Brilhante e alegre.

Ele tá um sorrisinho, quebrando o contato visual. Ganhei.

-Eu não sei responder essa pergunta.

Que mentira, sei sim, mas o medo da rejeição não me permite falar.

-Mason-

-Então eu não estou em nenhum grupo do seu coração?

-Milla-

-Não é isso, você deve estar em um grupo escondido, um grupo que eu não possa ver.

-Mason-

-O grupo amoroso?

Diz ele, esperando uma resposta.

-Milla-

-Isso! No grupo amoroso, porque eu te amo muito, você é meu melhor amigo!

Sim, eu me fiz de sonsa depois de uma cantada dessas, nossa, Milla Flink, como você é idiota!

-Mason-

-Ah, claro. Vou pegar uns colchões para a gente.

-Milla-

Agora estou sozinha na sala esperando ele voltar. Nem acredito que fiz isso.

Ele volta com os colchões e coloca um ao lado do outro.

-Obrigada por me deixar ficar aqui.

-Mason-

-As portas estão sempre abertas para você.

-Milla-

-Boa noite.

Deito no colchão, pego meus lençóis e durmo.






×Aposta× 'Mason Thames'Onde histórias criam vida. Descubra agora