Perfume feminino

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Wandinha POV

Na hora do intervalo atualizei Bianca dos acontecimentos e pedi ajuda dela pra pegar a ficha dos metamorfos que estavam aqui ano passado.

Na hora do almoço fomos na secretaria, ela hipnotizou a secretária e pegamos os arquivos. Nos juntamos no quarto de novo, dessa vez com Bianca, pra analisar possíveis motivos e onde a pessoa poderia estar escondida.

Passamos a tarde nisso e para o meu desespero NADA PODERIA FAZER SENTIDO. Não tinha motivos pra ninguém estar fazendo isso. Não um motivo aparente pelo menos.

Pensamos em pessoas que era próximas da Laurel. Pessoas que fariam qualquer coisa por ela. Pensamos em possíveis hydes que ninguém sabia, outra pessoa que Laurel pode estar usando, que tenha contato com uma metamorfa também... mas isso seria muita loucura.

Gastamos nosso tempo ali e só saímos pra jantar e ir dormir morrendo de cansaço.

Acordo com o barulho de passos e movimentos rápidos.

- Oi.- Digo acompanhando Lucy com o olhar de um lado pro outro. A correria vinha dela.
- Yoko tá na enfermaria. Junto com mais uns 15 vampiros.
- Isso não tá cheirando bem.- Enid fala enquanto se espreguiça na cama.
- Pois é. Tô indo lá agora.
- Tomo banho e te encontro lá. O que rolou com eles? Pão de alho?
- Sol.
- Que porra.
- As janelas de todos os quadros foram quebradas de manhã. Todas. Uma em seguida da outra. Agora estão todos enfaixados quase em carne viva.
- Minha santa mãe da morte.
- Essa filha da puta.
- Vou lá gente. Té mais.
- Té.- Digo e já vou correndo me arrumar pra ir ver essa história direito.

"Rosas são vermelhas
Violetas são azuis
Vampiros são fresquinhos
E bem sensíveis à luz."

DESGRAÇADA, ORDINÁRIA.

- Caralho.- É o que eu e Xavier fizemos quase ao mesmo tempo ao chegarmos na enfermaria e ver aquele tanto de múmia.
- Oi.- Lucy vem cumprimentar a gente.
- Cadê ela?- Me refiro a Yoko.
- Aqui.- Ela diz e nos leva até ela.
- Oi, sua gay.- Falo tentando descontrair.
- Ai Lucy. O que te falei sobre ela?- Ela brinca.
- Como cê tá?- Xavier pergunta.
- Doendo e puta. A pessoa que fez isso sabia que não tínhamos passado o creme protetor esse horário. Foi cruel.
- Assim que eu achar quem foi torturou um pedaço em seu nome.
- Obrigada.- Ela ri com dificuldade.
- Vamos deixar que você se recupere.- Xavier fala.- Melhoras, Yoko.
- Tchau tchau.- Saímos e deixamos Lucy com ela.- Olha o que a filha da puta me mandou.- Digo assim que saímos e mostro a mensagem.- Ela tá achando graça, Xavier... quais vão ser os próximos? Górgonas? Vai fazer eles petrificarem uns aos outros?
- Ei. Calma. Vamos pensar em alguma coisa.
- Ela tá brincando com a saúde das pessoas, amor. Tá tocando nos pontos fracos e por algum motivo cismou em me mandar mensagem me provocando.

Termino de falar e ele não fala nada. Quando olho pro lado tá com um sorriso de orelha a orelha.

- Que é?
- Me chamou de amor...- Ele diz e bate o ombro no meu me fazendo andar um pouco pro lado.
- Palhaço.
- Mas agora, sério: sei que é foda. Mas vamos dar um jeito. Será que não seria o caso de irmos na polícia de Jerichó pedir pra rastrearem?
- Ah tá! Lá onde o pai do Tyler trabalha? Onde talvez ele esteja ajudando essa pessoa pra terminar o que o filho começou?
- Talvez a gente pede Lucy pra ir no seu lugar. Ele não conhece ela. Talvez pense que é uma padrão.
- Se ele estiver envolvido, ele conhece todos. Mas partindo do pressuposto de que ele não está envolvido... a Lucy seria a opção ideal.
- Falamos com ela no intervalo.

Eu e Xavier tomamos café com Ajax. Enid provavelmente foi até a enfermaria. Hoje tava todo mundo mais cabisbaixo. Duas lobas... nem todo mundo fica sabendo...

Anything for You | Wandinha e XavierOnde histórias criam vida. Descubra agora