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Pov Freen

Eu não desviei o olhar da minha mesa quando Baitoey invadiu meu escritório, e não desviei o olhar quando ele olhou para mim.

- freen, amiga, o que diabos há de errado com você?

Eu levantei uma sobrancelha, mas ainda não olhei para ela.

Faz um mês desde que você voltou de Isla Anne.

- Três semanas -

- Três semanas, tanto faz. Freen, desde que você voltou de lá, você parece um dos zumbis de The Walking Dead.

Oh, Baitoey e sua obsessão por The Walking Dead. Ergui um dos cantos da boca, num esboço de sorriso.

- Eu sou muito mais bonita do que qualquer um desses zumbis.

Baitoey revirou os olhos.

- Você parece uma adolescente de 15 anos que foi abandonada pela namorada. Saia com uma de suas muitas garotas, divirta-se, Saia daqui, pelo amor de Deus!

Inclinei-me para trás na cadeira, olhando para o meu amigo.

Estou ferradA, ah...

Ele me deu um sorriso sarcástico.

- Estamos todos, amiga.

Ele ia acrescentar mais alguma coisa, mas o telefone do escritório o impediu. Ele franziu a testa.

-Quem ligaria para seu escritório em Paris? Ninguém sabe que você está aqui.

Encolhi o ombro direito, desinteressado, e levantei o tubo.

- Sarocha - atendi o telefone.

- Praça René Viviani, vinte minutos. Sarocha aparece, ou sua morena vai passar muito mal - a comunicação foi cortada.

Eu levantei meu rosto para Baitoey, pálido.

-E? - me pergunto.

- Devemos ir à praça René Viviani em vinte minutos.

-Huh? - Baitoey franziu a testa me olhando confuso quando peguei minha jaqueta e saí do escritório quase correndo.

-Quem diabos foi?

- Não sei

"Não vamos a lugar nenhum se não soubermos quem ligou para você." Ela retrucou, parando na minha frente.

- Disseram que Becky ia passar muito mal se eu não fosse, Baitoey. Saia do meu caminho - desviei dela, caminhando em direção ao meu Volvo a toda velocidade, com ela seguindo meus passos, visivelmente frustrada.

- Mesmo que seja deixe-me chamar reforços.

Faça o que quiser - murmurei, fechando a porta com estrondo.

Baitoey correu para o banco do passageiro, conseguindo fechar a porta um segundo antes de eu ser avisado.

Becky. Oh merda, por que ela a deixou ir? por que com ela?

Engoli o caroço que se formou em minha garganta com grande dificuldade.

Se eles a pegassem... Se eles tivessem feito algum mal a ela... Ela mataria todos eles.

- Ligue para Bangkok, quem quer que seja. Se você ainda não tem, talvez cheguemos a tempo.

Baitoey assentiu, pegando seu celular.

-O que fazemos com ela?

- Nós trazemos aqui.

-E se ela não quiser?

atenciosamente |adaptação freenbecky|Onde histórias criam vida. Descubra agora