atenciosamente |adaptação freenbecky|

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pov becky

O médico apalpou meu abdômen novamente e eu suspirei. Era a décima oitava vez que ele fazia isso.

- O bebê deve estar em perfeitas condições - ele nos disse - Mas para ter certeza, vamos fazer um ultrassom para a senhora, ok?

- O mais rápido possível - freen não - tirou os olhos de mim durante toda a consulta, e não moveu nenhum músculo.

- Acho que é tudo, senhorita - o médico, que devo dizer que parecia muito mais simpático do que aquele que havia quebrado uma lâmpada na cabeça, levantou-se ao meu lado na cama e sorriu encorajador. A tensão no ambiente era palpável, e freen não ajudou em nada - Aqui está a pomada para inchaços, e bem... Nos encontramos amanhã no meu escritório? ele perguntou, agora virando-se para freen.

Irritava-me que, para qualquer decisão que me preocupasse, ele se virasse para perguntar a ela. Céus, não que Freen fosse minha mãe.

- Estaremos lá Heng, pode se retirar agora - disse-lhe friamente, e o médico concordou. Ele parecia acostumado com a estúpida atitude raivosa de Freen.

- Bem, tchau, senhorita. Senhorita Sarocha- o médico abaixou a cabeça e saiu junto com o guarda-costas, deixando-me a sós com a senhora zangada.

Virei minha visão para libertar. Ela estava sentada na cadeira no canto da sala, os dois braços apoiados nos braços e as pernas afastadas. Ela me olhava imperturbável.

- Saber? Neste momento você tem uma semelhança incrível com "O Poderoso Chefão" - comentei, tentando deixar o ambiente mais leve. não doeu

Ela continuou me observando, fixo, sem ao menos se mexer. Baixei a mão para o colo e comecei a mexer nos lençóis que cobriam minhas pernas.

- Você pretende ficar muda para sempre ou vai começar a falar em algum momento? - perguntei, quase à beira da histeria - Céus, agora até prefiro que grites comigo - murmurei, frustrada, sem erguer os olhos.

- Estou tentando entender o que te fez agir de forma tão estúpida - ela respondeu após alguns minutos, e levantei minha cabeça em sua direção.

A que se referiria? Para a gravidez? Ter escondido a gravidez? Ou minha pequena caminhada desastrosa?

- Oh, bem, parece que os gatos não pegaram sua língua, finalmente. Que felicidade.

Não brinque comigo, Rebeca - sua voz me deu arrepios, e me arrependi de ter tentado brincar.

Eu desviei o olhar novamente. Essa era  freen, a freen da máfia, distante e fria, isso me assustou.

Porra, eu estava com medo dela.

Desculpa - sussurrei, voltando a olhar para o meu colo.

Ela soltou uma risada que me gelou.

-O que exatamente você sente, Rebeca? Ei? Vamos me contar.

Eu olhei para cima com cautela. Freen havia se inclinado para a frente, apoiando os cotovelos nos joelhos. Seus olhos estavam fixos em mim como adagas.

- Diga-me!

Estremeci, mas finalmente uma onda de raiva cresceu dentro de mim.

- Eu sinto muitas coisas, da mesma forma que você deveria senti-las.

Freen levantou uma sobrancelha, parecendo um pouco surpresa. Oh bem, ninguém nunca a desafiou e aqui vim eu, transando com ela quando ela estava brava.

- O que devo sentir, exatamente? - ela perguntou com uma voz que poderia até passar por calma, mas que exalava raiva.

Dei de ombros, intimidada novamente.