Thomas acordou de manhã e notou que estava mais frio. Como esperado, estava nevando.
Automaticamente, começou a se lembrar das poucas memórias que tinha de sua mãe e se sentiu deprimido.Ele se espreguissou um pouco e se levantou da cama.
Ao olhar para o lado, tomou um susto ao ver Akari sentada no chão. Ele ainda não estava acostumado com a presença dela."B-bom dia" - Ele comentou com uma voz mais baixa.
"Bom dia" - Ela respondeu se levantando.
A criatura apenas o observava, o que também era algo que ele ainda não estava acostumado.
Ele foi tomar um banho e se preparar para o dia.Alguns minutos depois, ele desceu com a maior e se deparou com seu pai preparando o café da manhã.
Em dias de neve, sua mãe sempre fazia panquecas de banana com canela para o café da manhã. Como ela morreu quando Tom ainda era muito jovem, seu pai manteve esse costume, para garantir uma memória alegre de sua mulher para o seu filho e dar a ele um conforto próximo do ela fazia, assim ele poderia sentir que ela, que apesar de não estar com ele fisicamente, estava em seu coração e suas memórias, além de estar lá no céu o protegendo.O garoto abriu um leve sorriso. Só o cheiro da comida já era reconfortante.
Ele se sentou na cadeira enquanto aproveitava aquele doce aroma."Bom dia, pai"
"Oh, bom dia meu filho!" - Ele respondeu - "E bom dia, Akari!"
A agma respondeu assentindo com a cabeça.
Ela aparentava estar curiosa quanto a comida, já que até fechava os olhos para sentir o aroma."Aqui, como nossa convidada come bastante, eu fiz mais panquecas que o normal" - O pai dele disse enquanto colocava dois pratos com uma torre de panquecas em cada na mesa - "Podem comer"
Akari não esperou, ela pegou uma inteira comeu em uma única mordida.
Seus olhos brilharam com o gosto incrível e ela logo pegou outra.
Thomas, de forma mais sutil colocou uma em seu prato e começou a comer com calma.
O gosto o fazia lembrar da comida de sua mãe.Enquanto estava perdido em seus pensamentos, sentiu a mão de Akari afagando seu cabelo.
Ele olhou confuso pra ela."O que houve?"
"Você parece triste" - A agma respondeu enquanto pegava sua quarta panqueca.
"É porque hoje está nevando, Akari, querida" - O pai dele entrou na conversa.
"Pai... Por favor... Não quero falar disso" - Ele comentou chateado enquanto se levantava da mesa - "Vou escovar os dentes e ir pra escola"
"Ah, me desculpe" - O pai dele respondeu.
O caminho para a escola estava sendo tortuoso. A neve em todo o canto fazia Tom se lembrar daquele dia.
Nem mesmo o olhar constante Akari o incomodava."Você não gosta de neve?" - Ela perguntou.
"Me trás memórias ruins... E você? Não tá com frio?"
Então ela pegou a mão dele com a dela e segurou gentilmente.
"Vê como é quente? Hellhounds consegue ajustar a temperatura do corpo" - Ela explicou - "Me impressionante que vocês humanos tenham tão pouca capacidade de se adaptar"
"É..." - Ele não queria continuar o papo. Só não estava com vontade de conversar.
Eles chegaram a escola e, como esperado, ainda eram o centro das atenções.
Alguns alunos tentaram se aproximar da agma, mas ela era tão alta e imponente que, mesmo sem fazer nada, os assustava.
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Minha protetora
Ficção GeralTom é um garoto de 18 anos solitário que sofre muito bullying. Em um mundo onde criaturas sobrenaturais começaram a surgir e conviver com os humanos, ele, de alguma forma invoca aquela que pode acabar com sua vida ou salvá-la.