Paying The Máfia Debt | Larry Stylinson

Capítulo 2

HARRY

EU SORRIO LEVEMENTE para a casa dourada. Ser o promotor de Londres paga bem, embora eu tenho certeza que ele não recebe tão bem. Mas sei tudo sobre os outros assuntos do homem que mora aqui. Eu sei de seus apertos de mão nos bastidores e contratos. Eu sei que ele se imagina um Kennedy, o que não faz o menor sentido, não estamos nos Estados Unidos.

Meu sorriso desaparece. Se Troy Austin não jogar suas cartas direito em cerca de cinco minutos, ele terá muito mais em comum com JFK do que gostaria — como um buraco extra em sua cabeça que ele não tinha esta manhã.

Eu me viro para Scov e faço uma carranca. "Dê a ele uma última chance."

"Da, Harry." Scov tira um celular do paletó e aperta um botão. Eu olho de volta para a frente da casa Austin e sorrio fracamente mais uma vez.

Anos atrás, posso ter invejado este homem com sua riqueza e esta casa opulenta. Isso pode ter despertado uma fome em mim — um impulso para conquistar e construir meu próprio império. Mas eu fiz essas coisas agora. Eu alcancei o topo. Agora, quando eu olho para a casa de Troy Austin de 12 milhões de libras esterlinas em Cambridge, eu apenas sorrio. Eu sorrio porque agora, minha casa é maior do que John Fitzgerald Kennedy, conhecido também pelas iniciais do seu nome JFK, foi um político americano que serviu como Presidente dos Estados Unidos de 1961 a 1963, quando foi assassinado.

Sim, isso. Minha riqueza é maior do que a dele. E meu poder é ainda maior do que suas aspirações mais selvagens.

Troy Austin pode ser prefeito de Cambridge, se desejar. Ele pode pensar que isso lhe traz poder se o ajudar a dormir à noite. Mas o verdadeiro poder estará com o dono desse prefeito. E esse homem sou eu.

Ao meu lado, Scov grunhe e desliga. Ele se vira para mim com um olhar estoico. “Aquele era seu mordomo. O Sr. Austin está 'indisposto' com uma festa.”

Meu humor fica ainda mais sombrio.

Embora admita que às vezes sinto falta de sujar as mãos, não gosto da ideia de arrastar um provável candidato a prefeito de seu próprio partido para colocar uma bala nele. Mas Troy está sem tempo e eu estou sem paciência.

“Ele teve sua chance de ser um homem sobre isso,” eu vocifero. "Vamos lá."

Scov e dois dos meus homens seguem atrás de mim enquanto eu subo as escadas para a porta da frente da casa.

Um homem responde, mas seu sorriso desaparece rapidamente quando ele percebe quem eu sou.

"Senhor, você está-"

“Estou aqui para ver o Sr. Austin. Agora mesmo."

O mordomo empalidece. “Senhor, o Sr. Austin está indisposto. É a formatura do seu filho pa-”

“Eu não dou a mínima se o filho dele está resolvendo a fome no mundo e terminando uma guerra!” Vocifero e assusto o mordomo trêmulo, deixando-o sentir minha ira e poder. "Estou tendo uma conversa com ele, agora mesmo."

"C-certamente, senhor,” o homem se atrapalha. "Claro. Permita-me mostrar-lhe...”

“Seu escritório vai servir,” eu vocifero.

O homem engole. "Senhor, o escritório do Sr. Austin é privado"

“Como é nosso negócio,” eu esbravejo em um tom de advertência. "Então me leve, agora."

O homem desaba rapidamente. “Claro, Sr. Styles. Por aqui."

Eu sigo o homem, com Scov e os outros dois seguindo logo atrás de mim. Em outra parte da casa, ouço jazz tocando, junto com o murmúrio e o barulho monótonos da festa de formatura. Sei que Troy tem um filho, embora nunca tenha me cruzado com ele. A palavra é, poucos o fizeram. Ele o manteve trancada nesta casa, até mesmo dando aulas em casa, pela maior parte de sua vida. Dadas as tendências de Troy para negócios de bastidores com homens como eu, essa é provavelmente a coisa mais inteligente que ele já fez.