Capítulo 1

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Nayla pov:

Como posso descrever o povo do céu em uma só palavra? Egoísta, devem estar pensando o por que eu os descrevo como seres egoístas, eles só olham pra si mesmos, não veem o mal que causam, semeiam a discórdia como se não fosse nada. Sempre querem mais do que Eywa os dá, não respeitam o equilíbrio que a grande mãe protege.

Eu era muito pequena quando o povo do céu lutou contra os Na'vis, meu irmão como futuro líder do nosso clã foi chamado pela própria Eywa para lutar, então ele foi, lembro-me que essa também foi a última vez que o vi com vida, já que um soldado do povo do céu o matou. Quando conectamos ele com a nossa árvore sagrada, vimos a luta toda, e em como aquela Na'vi tentou o manter vivo, mas falhando miseravelmente, nos consolamos em saber que aquela mesma mulher que fez o Tsaheylu com meu querido irmão matou aquele soldado, depois de anos finalmente encontramos meu irmão  já sem vida, com lágrimas em meus olhos, jurei para mim mesma que seria uma líder forte, por ele, e pelo nosso povo.





-anos depois-.

Para me tornar olo'eyktan é preciso que eu ache a minha alma, o que significa;

 
Meu parceiro de vida. Geralmente não  precisamos sair da vila para procura-los, nós do clã Palulukan sabemos quem vai ser a nossa alma só de olhar, o difícil é quando se tem que procurar fora da vila.

Quando o povo do céu retornou, os Na'vis tiveram de lutar mais uma vez, somos um clã diferente, então não nos envolvemos na guerra, a grande mãe quis que nos envolvêssemos contra o povo do céu, foi o caso de meu irmão que infelizmente teve de se envolver naquela guerra banhada de sangue inocente que os demônios derramaram. E em uma noite escura mamãe me acordou dizendo para eu a acompanhar em uma caminhada, para conversarmos, mamãe tinha um olhar cansado e triste no rosto, não olhava para mim em nenhum momento, como se sentisse culpada por algo, e isso me causava um grande incômodo. As palavras que foram ditas por minha amada mãe foram tão profundas quanto as garras de um Ikran;

- 'Evi (criança). Tenho algo para te dizer.- Ela finalmente tinha olhado para mim, seus olhos estavam cheios de angústia e pesar.

- O que foi sa'nu? (mamãe), -perguntei para então ela que finalmente me olhou, para só então falar o que mais pesava em seu coração.

- Eywa entrou em meus sonhos noite passada, e revelou-me que seu companheiro está fora da nossa tribo. eu sinto muito minha preciosa filha, infelizmente terás de partir para o encontrar.

Neste exato momento nós duas nos encontrava-mos chorando de angústia e tristeza, sabíamos que era necessário, e mesmo que precisássemos encarar a realidade, isso não mudava dor que sentíamos. Ter de deixar o meu clã para encontrar o meu companheiro de alma foi a coisa mais difícil que eu fiz em toda minha vida, tinha de encarar a dura realidade que batia em minha cabeça sem descanso, essa era a minha missão, essa era a vontade da grande mãe, e eu iria atende-la sem reclamar.

Na manhã seguinte após a conversa com minha mãe e meu pai, estava  pronta para  partir em minha jornada. Todos do nosso clã choravam com medo de eu não voltasse com meu prometido, sem o achar meu para minha casa não posso retornar, e se voltasse, isso significaria vergonha para a minha família,  nossos ancestrais amaldiçoariam  nossa casa por tamanha desonra.  Após sair de casa já me encontro vendo uma batalha feroz, os Na'vis atacaram uma máquina estranha do povo do céu, aquela coisa explodiu em pedaços fazendo um estrondo e tanto, o que mais me deu medo não foi essa máquina ter explodido, e sim de um helicóptero com armamento pesado  ter começado a atirar no povo, foi por pouco que não fui atingida, mesmo estando na floresta eu vi um borrão de alguém atirando naquela coisa, então ela explodiu, fazendo com o que sobrasse dela voar por todos os lados. E foi assim que eu o vi, meu prometido estava debaixo de algumas pedras, eu não aguentei ver a pessoa que estava destinada sofrer, e com um só pensamento em salva-lo me transformei em minha forma animal, o tirei do meio das pedras e o coloquei em minhas costas, o levei para a mata para cura-lo, não o iria levar para o meu clã, isso geraria conflitos, primeiro teria de ganhar sua confiança para assim, o contar quem eu realmente sou.




Notas da autora:

Olá tudo bem? espero que sim, estou aqui para esclarecer uma coisa, nossa protagonista não sabe que o Neteyam é o filho mais velho do Jake, por que como eu disse ela é de um clã desconhecido, o que significa que a tribo dela não se envolve com as outras, fazendo com que ela não saiba nada sobre nosso querido Smurf azul. Relaxa que isso vai ajudar os dois a desenvolverem um relacionamento com base na confiança. Quando acharam  o cadáver do irmão dela, já tinha se passado alguns anos, e como bem sabem um cadáver demora a se decompor principalmente um palulukan, já que nenhum animal come eles, por terem medo, e os Na'vis só comem o que caçam, ou seja, como eles não caçaram o Palulukan eles não podem come-lo.



É isso, só queria deixar bem claro essas coisas, e me perdoem por qualquer erro, beijinhos de luz.

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