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- Simon, vai logo. Nós vamos nos atrasar - Replicava minha irmã pela milésima vez. Eu na real, estava enrolando para caramba para me arrumar, eu só... Não queria mudar tão drasticamente assim, minha vida seria um inferno (ou pelos menos, eu pensava que seria) só de imaginar que em poucos minutos eu estaria naquele colégio super rigoroso e com pessoas que pensam só no próprio umbigo, sem poder ver as pessoas que eu mais amo, sem poder sair daquele lugar. Minha cabeça explodia cada vez que eu pensava na minha situação. Na minha horrenda situação.

- Eu já estou indo, Sara - Bufei, ainda mais desanimado.

Eu não queria estudar lá. Mas, eu estava fazendo um esforço. Pela minha irmã, mas principalmente pela minha mãe que fez do possível e do impossível para que nós pudéssemos estudar lá. Eu não tive sequer coragem de ir contra a decisão dela, eu não queria magoa-la.

Não fiquei mais muito tempo enrolando, até porque, não iria adiantar nada. Já iriamos estudar lá mesmo, não tinha como mudar isso. Com muitas malas e pouco material de estudo, saímos antes do previsto, o que de fato foi uma vitória (já que eu sempre atrasava). Os meus sentimentos eram semelhantes a um luto, como se um familiar muito próximo tivesse falecido. Talvez, eu tenha sido um pouco dramático, mas era de fato o que eu estava sentindo. No decorrer do caminho até lá, eu só fiquei imaginando o quanto as pessoas olhariam feio pra mim, como se eu fosse uma pessoa totalmente diferente e estranha. Além da minha aparência dizer por si só a minha sexualidade. Gay, muito Gay. Por mais que inconscientemente, eu sempre esperava o pior de tudo porque eu sempre recebi o pior das pessoas, relacionado a minha sexualidade. Não que eu tenha dúvidas dela, só as pessoas que não aceitavam muito bem isso.

Eu sempre transpareci ser um garoto que não dava importância nenhuma para a opinião dos outros, mas na realidade, eu me importava sim e muito. Mas como eu sempre recebi muita falta de respeito e principalmente preconceito, foi a única maneira de eu rebater todas aquelas palavras horríveis que eu recebia e recebo das pessoas. Foi como uma casca. Algo para rebater e principalmente tentar não parecer que não me importava com a opinião dos outros. E agora, mesmo que, por fora eu demonstre que está tudo bem e que eu não me importo com nada, na realidade eu estava nervoso, muito nervoso. Querendo ou não, é um ambiente novo na qual eu não sabia o que esperar. Só tudo de pior, por tudo que eu passei e estava passando, era inevitável ter esses pensamentos mesmo que, eu não quisesse.

O lugar em questão, Hillerska, era incrivelmente enorme. Eu sabia que era grande, ou pelo menos eu imagina ser. Mas, era muito enorme, algo como um castelo ou coisa do tipo. Era incrivelmente lindo, era facilmente encantador. O lugar estava rodeado de alunos, novos e também veteranos. Já que eu estava lá , teria que fazer amizade com algum aluno da minha sala, se fosse para aguentar aqueles riquinhos, que fosse passando o tempo com alguém.

Quando eu e sara, saímos do carro, chamamos a atenção de várias pessoas, principalmente os alunos do primeiro ano (que seria nossa sala). Haviam muitas pessoas ali, e de fato me causavam um pouco de calafrios, eu nunca imaginei que uma escola poderiam ter tantos alunos assim, como essa escola tinha. Era assustador. Como pedido da diretora, que nesse momento estava fazendo um discurso sobre "Normas e Regras para se viver no Hillerska", fomos nos aproximando para que pudéssemos ouvir melhor, o discurso porém era entediante, a voz da diretora por si só já me causava sono.

𝐀𝐏𝐀𝐈𝐗𝐎𝐍𝐀𝐃𝐎 𝐏𝐄𝐋𝐎 𝐌𝐄𝐔 𝐈𝐍𝐈𝐌𝐈𝐆𝐎 - wilmonOnde histórias criam vida. Descubra agora