As regras da morte.

Benção ou maldição?

Após acordar, o Jack se aproveitou da calmaria para se alimentar, tirou algumas frutas de sua bolsa e enquanto comia, começou a observar que algumas criaturas como lobos e até aves estavam correndo desesperadas rumo ao norte, tal situação o fez desconfiar, porém em sua mente os pensamentos eram;

"Eu acho melhor ficar aqui por um tempo, aqueles lobos devem estar caçando."

"Mesmo que pela distância eles até conseguem facilmente acertar aquelas aves."

"Ouvi falar que essa floresta é perigosa e só alguns aventureiros bem equipados se aventuram por aqui."

"É a vantagem que eu precisava para fugir desse lugar, agora é conseguir sobreviver até chegar em algum lugar."

"Merda eu deveria ter trazido um mapa."

Após descer da árvore, o rapaz escuta um barulho alto vindo na direção de onde os animais tinham vindo, o barulho mais se parecia com o de uma árvore sendo atingida.

- Merda, isso não pode ser coisa boa.

indaga Valentine arrumando sua bolsa e retirando sua faca da bainha.

Ele sente um tremor muito forte no chão e graças a sua boa visão acaba visualizando um monstro a certa distância vindo em sua direção. Assustado com o que viu, o rapaz começa a correr desesperadamente, a criatura por sua vez põe os olhos no mesmo e dispara em sua direção.

- É UM MALDITO BASILISCO!

O rapaz grita tais palavras enquanto corre.

A criatura colossal por sua vez acelerava com dificuldade graças ao seu tamanho, porém era um ser tão forte que arrebentava as árvores por onde passava, esmagava pedras com suas oito patas, sua cauda enorme lançava para longe qualquer coisa que encostava, os espinhos sobre suas costas amedrontavam tudo que se aproximava, os dentes afiados facilmente rasgam a carne e os ossos de suas presas e por fim seu rosto de lagarto que mais o fazia parecer um dragão sem asas.

Jack corria por sua vida, evitando obstáculos, desviando por baixo de pequenos galhos ou formações rochosas na expectativa de fazer a criatura bater, porém ao entrar em contato, o basilisco ou destruiria completamente usando o impacto de sua cabeçada ou esmagaria as pedras com suas patas. Aquela coisa gritava enquanto corria para amedrontar ainda mais o que vinha pela frente.

O rapaz estava quase sem fôlego chegando a um determinado ponto e cada vez mais o monstro de quase 5m ganhava velocidade, até que sem perceber o jovem acaba por cair em um buraco que surge a sua frente. O mesmo estava tão desesperado que não houve tempo nem sequer para pensar se o pior seria cair ali ou se devorado. Durante a queda, os braços de Jack acabam se chocando nas paredes e dessa forma se quebrando por fim o buraco era tão fundo que ao chegar ao fundo, o impacto faz com que as pernas do rapaz também venham a quebrar.

O impacto repentino faz com que ele venha a desmaiar. Alguns minutos após acordar, Jack percebe que está amarrado, tanto seus braços, como suas pernas. Também nota que estava em uma espécie de jaula, ao que parecia feita para algo bem maior do que ele, ao seu redor ele percebia alguns goblins armados tanto com espadas, como com arcos e bestas. A sua frente, havia uma escada que levava até um trono, sentado sobre ele estava um ser com uma estatura parecida com a dos goblins, porém seu rosto se assemelhava com o de um sapo, a sua destra ele tinha um cajado e em sua outra mão, uma esfera rocha.

À direita do tal rei, um goblin com uma espécie de papel em sua mão, ele estava encarando o rapaz com um olhar de desprezo. O denominado então se dirige a Jack da seguinte maneira;

- Humano! Você surgiu em nossos domínios, algo proibido até mesmo para os seus aventureiros.

- Além disso, nosso rei detectou uma imensa aura mágica vindo de você, além de uma enorme criatura. Antes que seja executado, assuma seus crimes e morra com honra.