Capítulo 6

60 5 0
                                    

     São sete e um quarto da manhã. Estou na rua, a caminho de ir comprar café para ir diretamente até a moradia do James. Assim que chego, é me entregue uma pen-drive. A pen continha toda informação que havia sobre a operação que os rapazes iriam executar. Abri os ficheiros, haviam mapas com localizações, senhas, nomes, fotos, dados sobre a outra equipa e até dados dos familiares deles. Fui lendo tudo até que os meus olhos pousaram no nome Park Jin-young. "Mas este não é o diretor executivo do laboratório de ciências forenses JYP?" pensei para mim mesma. Lembro-me de me cruzar com ele uma ou duas vezes na faculdade porque ele deu algumas palestras lá. Mas será ele o tal amigo ao qual James se referiu? Continuei a ler até voltar a prestar atenção a outro nome, Park Seong Hwa. "Eu conheço-te?!" Pensei para mim. Fechei os ficheiros do computador e imprimi os documentos. Pouco tempo depois estava a entregar tudo num dossiê aos oito rapazes que tinham acabado de chegar.

     Tinham, a partir daquele dia, uma semana para se repararem para a missão.

     Com o que conheço deles poderia dizer que iriam ver as plantas da base dos outros e definir as posições, seguindo para a tática de ataque, distração e por fim retirada. O Chan levaria a equipa para o campo inimigo e sairia de lá antes de que alguém desse por eles. Seria perigoso, mas seria um plano seguro e eficaz. Porém, durante aquela semana, vi o medo instalar-se em alguns membros do grupo. Entre eles o Seungmin, que de todos parecia o que estava mais preocupado porque dizia que "Tudo o que parece fácil demais é de desconfiar", e tenho de concordar com ele.

     A verdade é que, realmente parecia tudo muito fácil.

     Passei a semana toda próxima deles, não que eles quisessem. De certo modo até entendo. Sendo eles um grupo que faz tudo entre eles, estava a ser invasivo da minha parte estar sempre próxima. Não sabia exatamente como iam executar a missão, mas também não me interessava saber. Até certo dia. Andava eu pelos corredores e ouvi o Seungmin a falar com o Chan.

     -Não achas que é arriscado demais? – ouvi o Seungmin perguntar

     -Vai correr bem – o Chan confortou-o ao pousar a mão no seu ombro

     -Se correr mal, somos oito contra dezenas deles – disse o Seungmin preocupado

     -Não sejas pessimista ok?! Vai correr bem, e, se não correr como planeado temos um plano de fuga – lembrou o Chan

     Tenho pena do Seungmin neste momento. Claramente esta com medo do que esta prestes a fazer. Todos sabem que o Seungmin não seria o tipo de pessoa que faria este tipo de coisas se não tivesse conhecido os outros rapazes. Passo por eles como se não tivesse ouvido a conversa e vou até ao meu escritório.

     Já no escritório, olho para o calendário e vejo o dia de amanhã rodeado. Amanhã era o grande dia. Amanhã cedo estaríamos aqui todos. "É melhor ir descansar" pensei para mim depois de bocejar. Saí dali e conduzi até casa para acabar por adormecer uns segundos depois de me ter atirado para a cama.

...

     Lá estavam eles, todos reunidos menos eu. Até o James estava presente. Os oito jovens já estavam equipados e prontos para se meterem na carrinha que os levaria até ao encontro dos outros. Quando cheguei vi que todos ficaram surpresos a olhar para mim

     -Onde pensas que vais? – questionou o Chan depois de olhar para mim

     -Vou convosco – disse e ajeitei o casaco que tinha vestido

     -Não vais não – disse calmo como se já tivesse decidido

     -Caroline – disse calmo o James – Tenho de concordar com ele desta vez. É melhor ficares

     -Vocês só são oito e estão a recusar ajuda? – questionei-os – E James, se eles nos traem? Quem estará lá para os impedir? – questiono agora o James

     -Por quem nos tomas tu? – o Chan parecia ter ficado insultado

     -Como se fosse assim uma coisa tão impossível de acontecer – disse – Se as coisas correrem mal vocês desaparecem logo.

     -Temos um compromisso – falou o Han

     -Deixem-me ir então

     -O nosso compromisso é com ele – o Chan apontou para o James – Não contigo – falou por fim.

     -James... - disse na esperança de que ele concordasse comigo

     -Não sei porque que ainda estamos aqui a perder tempo. Vamos malta – o Chan falou e foi em direção da carrinha

     -Para de tentar aproximar-te de nós – foram as palavras do Felix antes deste se afastar para entrar na carrinha

     Como assim "Para de tentar aproximar-te de nós"? Tudo o que tenho feito foi certificar-me de que as coisas corriam bem dentro dos possíveis.

...

SKZ: Stay AliveOnde histórias criam vida. Descubra agora