Capítulo 8

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O Chan estava sentado enquanto o LeeKnow andava de um lado para o outro no meio do corredor. O Hyunjin era o único que estava calmo, era o único que não me culpava. Não vou mentir, sentia-me culpada pelo que tinha acontecido. Não tinha como prever aquilo, mas fui eu que os arrastei para a missão. Se o I.N morresse eu ia carregar a morte dela nas mãos.

Levantei-me- fiquei a processar durante uns segundos e então comecei a andar até à saída.

-Onde vais? – perguntou-me o Chan ao ver-me ir embora. Não respondi e continuei a andar.

Sentia que alguém me estava a seguir, provavelmente um dos rapazes. Mas para garantir, assim que sai pelas portas de entrada escondi-me atrás de uma ambulância que estava estacionada. Fiquei à espreita a ver se via alguém, mas nada, até que...

-Buu

-AhhH! Credo que me matas de coração! – exclamei depois do susto

Ora, quem é que eu queria despistar? Claro que o Hyunjin sabia que eu me tinha escondido atrás da ambulância, afinal de contas ele é profissional nisto. Mas ainda assim, apanhou-me mais desprevenida do que eu pensava fazendo-me assustar.

-Estas bem? – perguntava-me agora

-Quase enfartei mas sim – disse com a mão no peito ainda a recuperar

-Devias calcular que eu sabia que te tinhas escondido Caroline, foste descuidada agora – meteu as mãos aos bolsos e encostou-se à ambulância olhando em frente. Não lhe respondi

-Então e estas mesmo bem? – perguntou novamente

-Estou! – afirmei e comecei a acelerar o passo

-Onde vais? – seguia-me

-Vou tentar remediar o irremediável – ele continuou a seguir-me – Vou falar com o James – parei e ele parou à minha frente.

-Não acho que seja boa ideia. Estas de cabeça quente e só vais piorar a situação. Além disso temos de ficar no hospital por causa do I.N e eu não te vou deixar ir sozinha – disse tudo muito calmo ainda com as mãos nos bolsos

-Hyunjin – ele concentrou-se me mim – Como é que tens tanta calma comigo sendo que a culpa disto ter acontecido é minha? Força, grita comigo. Eu deixo – disse rendida a espectativa de que ele fosse descarregar em mim

-A culpa não é tua – fez uma pausa e cruzou os braços à frente do peito – Tu arrastaste-nos para a missão mas fomos nós que aceitamos. Simplesmente não te posso culpar por isso

Não soube o que responder, por isso, depois de um tempo à encarar o Hyunjin, desviei-me dele com os olhos para baixo e comecei a andar.

-Vais mesmo ter com ele? – desta vez não me seguiu

-Eu vou contigo – o Chan apareceu, parecendo ter ouvido a conversa – Fica com o LeeKnow. Qualquer coisa liga-me – e afastamo-nos deixando para trás o jovem de cabelo vermelho

Algum tempo depois já estávamos em casa do James. Os olhos do Chan transbordavam de raiva misturada com preocupação. A culpa não era minha mas porque razão sentia-me eu culpada pelo estado em que ele estava? Lá no fundo ele é boa pessoa, consigo senti-lo. Ele praticamente acabou de criar sete jovens que se tornaram a sua família. Agora arrependo-me de o ter trazido comigo. Ele está prestes a explodir e o James só vai contribuir para isso.

-Caroline, bons olhos te vejam – saudou o James assim que entramos no seu escritório – Lamento imenso pelos teus amigos – olhou para o Chan

-Como é que sabe sobre isso? – questionou o Chan

O James vacilou. Virou-se rápido de costas e deu um gole no copo meio de whisky.

-Você sabia que isto ia acontecer – esperei uma reação do James mas nada – Por isso não queria que eu fosse – prossegui – Porque não queria a sua equipa envolvida – ele virou-se para nós

-Eles são bons. Estão sempre preparados caso alguém apareça, por isso pedi a Caroline que me trouxesse os melhores para esta missão. Mas antes vocês do que nós – concluiu para o Chan

-Seu filho da mãe – o Chan foi na direção dele e deu-lhe um murro. Os seguranças agarraram-no imediatamente – É a minha família! – berrou – Se acontecer alguma coisa a algum deles, eu mato-o! – soltou-se dos dois homens e saiu da sala

-Ahh, desgraçado – o James ajeitou o fato e olhou para mim – Oh Caroline tens de entender ...

-Não há nada para entender James. Desta vez passou dos limites – ele não disse nada – Estou fora – afirmei

-Comoassim estas fora? Caroline eu criei-te sua pobre e mal agradecida – deixei-o aberrar sozinho na sala enquanto saia.

...

SKZ: Stay AliveOnde histórias criam vida. Descubra agora