P.O.V. LENA LUTHOR
— Que comunicado foi esse? — Sam entra no meu escritório sem bater na porta, algo corriqueiro, mas muito desagradável. Ela não tem nenhuma etiqueta.
Fecho rapidamente meu e-mail, tentando parecer tranquila, mas estou longe disso.
Estou enojada. Intrigada.
Profissionalmente intrigada, não que esteja querendo descobrir quem me enviou o e-mail. De jeito nenhum. Não vou nem mesmo dar mais importância para um e-mail desses. Tampouco decorei frase por frase, palavra por palavra.
Isso não tem nada a ver com o fato de eu ter ficado excitado — nem um pouco —, mas sim com o bem-estar da empresa.
Eu tusso.
Mudando de assunto...
— Quando você vai aprender a bater na porta?
Nem um pouco ofendida, Sam se senta na cadeira em frente à minha mesa e cruza as pernas, sobrancelhas erguidas e um sorriso arrogante.
— Conta o que aconteceu para você enviar esse comunicado.
Endireito uma pilha de papéis que já estão em ordem. Troco a caneta de lugar. Clico no mouse. Com cara de poucos amigos, aponto para a mesa.
— Você tem os dados da fase de testes das novas barracas? É por isso que está aqui?
— Claro que não! — Ela ri. — Não tive tempo ontem à noite para fazer uma planilha. Estava ocupada de outra forma. — Sam balança as sobrancelhas.
— Preciso desses dados, Sam.
— Sim, sim, eu sei. — Ela acena. — Vou te entregar. Relaxa... Alguém foi pego acessando pornografia?
— Não. Graças a Deus.
— Alguém fazendo sexo? — Sacode as sobrancelhas novamente.
— Não, exatamente. — Recostando-me na cadeira, resmungo infeliz. — Mas quase.
Interessada, Sam bate as mãos e as esfrega uma na outra.
Fofoqueira.
— Me conta mais.
Sam é minha melhor amiga e confidente. Sei que se mostrar o e-mail, ela vai manter a boca fechada, pelo menos para outras pessoas, mas não tenho a menor dúvida de que vai me encher a paciência. Esse tipo de sacanagem não acontece comigo com frequência, e isso é material dos bons para ela me perturbar. Puta merda.
Pigarreio.
— Alguém me enviou uma mensagem altamente imprópria através de um e-mail da empresa. Totalmente fora dos limites.
Soou como se eu fosse uma puritana. Igual a minha avó.
— Imprópria? — Levantando-se, minha melhor amiga circula a mesa em dois segundos, inclinando-se avidamente sobre meu ombro para ver minha tela.
— Mostra. Quero ver.
— Pare de respirar no meu cangote.
Animada, ela me ignora.
— Quem foi? Mostra.
— O e-mail é anônimo.
— Ainda mais divertido. Deixe-me ver.
Ela me empurra com o cotovelo, implorando feito uma criança de cinco anos, provavelmente porque não temos segredos.
— Isso fica entre nós — advirto severamente, e ela concorda.
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Com Amor, Sinceramente, Sua - Supercorp
FanfictionLENA G!P. SE NAO GOSTA, NAO LEIA. Cara, senhora... Não, nada disso, muito formal. Oi, gostosa... Não, também não. Atrevido demais. Recomeçando... A quem possa interessar. Na real, antes de continuarmos este e-mail, informo que bebi muito álcool para...