Jongin não ia ter problema em arrumar um novo emprego em outro lugar, mas gastar dinheiro indo de Seul até Busan toda semana não estava sendo bom para sua renda. O alfa era um bom trabalhador e já até tinha sido convidado para trabalhar em Busan anos atrás, contudo ele não sabia da mudança que teria quando a proposta lhe ocorreu.
Não queria pensar muito, Jongdae estava na sua frente, era seu filho e já tinha perdido anos da vida dele, além de que Kyungsoo também estava ali. Continuaria vivendo bem se mudasse o local de trabalho, seria até melhor então arrumou suas coisas. Certo que possuía amigos e seus pais na capital do país, contudo ele precisava ter sua própria família, sentia isso, não era como se fossem deixar de se falar ou marcar de vê-los, sabia que seus pais o apoiaria.
No final de semana em que não foi ver seu filho sua ocupação foi toda voltada para a casa que tinha escolhido para morar, não seria no mesmo bairro, mas sim no bairro vizinho.
O ligar era bom, possuía três quartos e se Kyungsoo permitisse Jongdae poderia dormir, não só o primogênito é claro.
Na semana seguinte o alfa estava parado esperando a porta da casa do seu ex ômega ser aberta. Jongdae abriu a mesma sorridente e logo os dois compartilhavam um abraço caloroso.
– Appa, por que não veio antes? – questionou Jongdae com o rosto cheio de curiosidade.
Jongin desfez o abraço tendo sua mão segurada no segundo seguinte por Jongdae que o puxava até o chão perto dali, esse ato fez vom que Jongin retirasse os sapatos as pressas enquanto entrava de vez na sala.
– Isso é um assunto para mais tarde, – disse, afinal tinha que conversar com o Do antes – por hora me diga, como foi seu final de semana? – mudou de assunto pedindo internamente que o mais novo não tocasse em sua falta.
– O meu foi mais ou menos, do omma que não foi muito legal – o menor contou baixo.
Jongin ficou confuso e preocupado. Assistiu o filho se sentar na chão em sua frente com uma caixa de sapatos e três bonecos na frente.
– Onde está seu omma? – quis saber, já que aquela altura Kyungsoo deveria ter aparecido a muito tempo.
– Saiu.
– E você abriu a porta pra um desconhecido? – questionou tentando manter a calma.
– Você não é estranho, te vi pela janela antes de abrir a porta, omma que me ensinou.
– Menos mal – disse mais aliviado. – E por que seu omma não teve um momento tão bom?
– Omma brigou com tio Baek. Eu não entendi muito bem, tio Hun disse que o omma só estava confuso e que o tio Baek tava sem paciência naquele dia.
Jongin estava prestes a abrir a boca pra falar, mas olhou para a porta ao ouvir o barulho do trinco, em poucos segundos Kyungsoo apareceu empurrando a porta com algumas sacolas em mãos. Jongin rapidamente se levantou e se aproximou do ômega pegando os sacos.
– Obrigado – o ômega disse sem muito ânimo. – Chegou a muito tempo?
– Não – respondeu indo por as sacolas na cozinha. – Você tá bem? – questionou se virando para o ômega.
Kyungsoo assentiu sem falar e veio em sua direção, parou ao seu lado e começou a mexer nos sacos. Jongin observou o conteúdo algumas verduras e Danones, mas não observou somente isso, olhou para Kyungsoo também.
O mesmo ômega que havia tido coragem para se declarar na frente de toda a escola estava ali, cuidando do seu filho com o medo transbordando por seus olhos.
– Eu queria saber se o Dae não poderia ficar um final de semana lá em casa – sugeriu vendo Kyungsoo se afastar com os alimentos.
– Não sei... Não me agrada a ideia de que ele vai pra Seul sem mim – Kyungsoo falava pondo o Danone na geladeira.
– Eu queria te contar que estou me mudando para Busan – contou. Kyungsoo se virou para si o encarando sem nenhum tipo de expressão. – Eu já perdi muito tempo longe do Dae e acho melhor pra gente se eu me mudar...
Kyungsoo sorriu meio desacreditado, um sorriso sem graça.
– Isso é bom – disse o Do ainda formulando uma frase mais coerente na cabeça. – Jongdae vai gostar de saber. Mas isso não vai afetar sua vida profissional, ou pessoal?
– Não, já tenho um emprego garantido aqui começo em duas semanas. E meus pais não sabem ainda.
Kyungsoo ficou em silêncio tentando raciocinar oque significava, sem resposta concreta da sua própria mente voltou a guardar as compras.
– Dae, pode vir aqui? – Jongin chamou.
Kyungsoo cruzou os braços erguendo a sobrancelha em desaprovação. Jongdae entrou na cozinha claramente confuso.
– Sim? – o alfa falou incerto.
– Lembra que eu não vim semana passada? – o pequeno alfa concordou. – Eu decidi vir morar aqui em Busan pra poder passar mais tempo com você, oque acha? – Jongdae abriu um sorriso cheio de dentes e se jogou nos braços do pai.
– Ebaaaa!
– Só pra deixar claro, seu pai quis dizer que ele se mudou pra cidade, não pra nossa casa – Kyungsoo esclareceu com a voz trêmula.
– Ah – Jongdae soltou triste e apontou pra sala voltando para ela em seguida.
– Tenta ser mais claro quando for falar alguma coisa pra ele, ele tem o costume de levar muita coisa ao pé da letra e imaginar muitas outras... – Kyungsoo sugeriu.
– Perdão.
– É muito longe?
– Não, só uns dez minutos daqui no máximo – respondeu e viu o ômega concordar.
– Tudo bem então.
Após Jongin por Jongdae na cama, o alfa foi para a sala onde Kyungsoo estava vendo filme e se sentou ao lado.
– Continuou quieto o resto do dia, o Jongdae comentou – contou.
– É, e-eu tenho que te pedir desculpas por não ter dito a ti que estava grávido – falou.
– Mas já falamos e resolvemos sobre isso – olhou preocupado para o ômega. – Tem algo ainda errado?
– Eu sei mas... é que fica vindo na minha memória o quão babaca eu fui por ter ido embora sem nem ter tentado me explicar e tava tudo bem antes, mas aí você apareceu e eu realmente vejo o quão imbecil-
– Esqueça isso, não tem mais necessidade alguma – ousou segurar a mão do ômega e sorriu – Eu tô aqui, o Dae tá feliz, eu tô feliz, todos estamos bem independente das escolhas feitas a sete anos, só falta você.
– Estaríamos juntos se eu tivesse te dito naquela época? – Kyungsoo murmurou, Jongin sabia que não deveria responder pois a frase proferida era só o ômega pensando alto.
– Estamos juntos agora – segurou mais firme a mão do ômega.
Kyungsoo o olhou, Jongin se inclinou na direção do menor e levantou a outra mão a bochecha fazendo uma leve carícia, quando o Do fechou os olhos para apreciar mais do toque o alfa se aproximou e tocou sua bochecha com os lábios.
Jongdae estava no corredor escuro vendo a cena dos seus pais na sala, queria gritar de felicidade, contudo se controlou para não fazer, retornou para o quarto a passos silenciosos e dormiu com um sorrisão na face.
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Um Filho
FanfictionKyungsoo colocou tudo a perder quando decidiu se declarar para Jongin. Estava determinado. Num primeiro momento o Kim até aceitou os seus sentimentos e Kyungsoo não se importava em fazer tudo aquilo que ele pedia, inclusive entregar -se a ele. Estav...