Robin Arellano nutria sentimentos por um dos seus colegas de classe. Não sentimentos ruins como inveja por Finney Blake ser tão bom em tudo que tentasse fazer ou raiva por ele estar sempre chamando a atenção de outras pessoas para si, mesmo que não fosse proposital.
Graças aos seus olhos extremamente observadores estava ciente da natureza tímida e introvertida de Finney, mesmo que o garoto ajudasse ou cumprimentasse alguns alunos e professores ele não estava cercado de muitas pessoas — algo que segundo Robin deveria acontecer, afinal, seu melhor amigo era tão popular quanto o próprio.
Querendo ou não Finney era um ímã de pessoas. Porém, ainda que essas pessoas tentassem se aproximar de si elas seriam gentilmente repelidas pelo cacheado, pois o garoto não era próximo de ninguém além do seu pequeno grupo de amigos e Bruce Yamada.
Bruce era o melhor amigo de Finney e estava sempre junto ao Blake desde que o vira pela primeira vez. Seus olhos — não Robin, apenas os olhos de Robin — amavam o fato de tanto Finney quanto Bruce nunca se distanciarem mesmo com toda a "atenção" que recebiam graças às suas qualidades; intelectuais por parte do Blake e as esportivas do asiático.
Talvez esses fossem alguns dos motivos pelo qual havia se apaixonado por ele; sua gentileza e autenticidade.
Se permitiu aceitar estar apaixonado pelo garoto apenas quando soube que Bruce Yamada namorava outro alguém: Vance Hopper. Mas, novamente, mesmo que esse alguém fosse seu melhor amigo desde a infância, Robin e o grupo de Finney nunca haviam trocado uma conversa casual sequer.
Não era como se não houvessem oportunidades, o mexicano apenas se sentia nervoso, receoso e constrangido por sentir aquilo por alguém que não se aproximaria de si nem se lhe pagasse.
Medo, era isso que Robin sentia. Medo de ser mais uma das dezenas – ou centenas – de pessoas que haviam tentado se aproximar do garoto, medo da rejeição doce que receberia e medo por estar sentindo esse "tipo de coisa" mesmo na situação atual.
O mundo iria acabar, isso mesmo.
Há poucos dias atrás o governo achou que seria "moral, ético e humano" avisar numa aleatória manhã ensolarada de domingo que: "Ah, americanos e não-americanos, um meteoro está vindo em direção ao nosso planeta e vai destruí-lo em pedacinhos, tenham uma ótima semana e últimos dois meses de vida."
O mundo acabaria, a existência seria dizimada e tudo o que Robin conseguia pensar após uma semana conturbada e cheia de surtos – não apenas por sua parte como também dos outros azarados habitantes terrestes – era um garoto de cabelos cacheados que ousou em roubar seu coração apenas para si.
Tudo isso porque o Blake havia o ajudado várias vezes durante todos esses anos em que estudaram juntos, sem nem sequer saber de que buraco havia saído e também sem pedir algo em troca.
Ele não entendia.
Porém convenhamos que ele não era a criatura mais inteligente do planeta, podia ser observador quando se tratava de Finney mas haviam várias coisas que o mexicano deixara passar graças à todo aquele medo, paixão e receio, coisas como Finn tentando se aproximar de alguém pela primeira vez. Finn lutando contra sua timidez para poder criar algum laço, nem que fosse apenas escolar com o garoto que havia o encantado e não saia de sua boca e seus pensamentos – o que deixava seus amigos loucos.
Outra coisa que o observador-apaixonado Arellano não havia notado era a seleção da "sua gentileza", não era por que Finney era gentil consigo que isso se aplicaria às outras pessoas.
Finn não cumprimentava todas as pessoas.
Finn não ajudava outras pessoas além dos seus amigos com as atividades.
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Caso nos encontremos - Robin X Finney (Rinney)
RomanceOnde Robin estava disposto à conquistar Finney graças a uma notícia: o mundo em que viviam acabaria em alguns dias.