Sem Respostas...

Então... Fomos embora!

Logo que acordamos, organizamos nossas coisas e colocamos nossas bolsas nas costas e seguimos mata a dentro até a saída. Enquanto caminhávamos, conversávamos sobre como foi essa nossa semana.

- Gostou?

- Sim, é um lugar maravilhoso e muito calmo de se ficar.

- Também amo esse lugar, pena que temos uma vida lá fora. E assim fomos até chegar no lugar mais próximo de um ponto de ônibus.

Ao passar o ônibus, embarcamos e viemos a viagem dormindo, estava doido para voltar para casa, ir ao terreiro, encorporar.

Chegando na minha cidade com minha amiga, fomos lá ver minha namorada que estava se recuperando, mas assim que cheguei havia visto pelo lado de fora que ela estava com outro homem, assim passo direto sem ao menos parar.

- Mas hein, perdi?

- Fazer o que meu malandro, você consegue coisa melhor.

- Verdade, haha. Vamos lá, vou te deixar em casa. Deixei minha amiga em casa e fui para a minha, fui estudar um pouco mais.

Em casa, quando cheguei, não encontrei ninguém, entrei e fui comer. Do nada me veio uma vontade de visitar a Nega velha, estava com saudades. Então eu fui.

Na esquina do terreiro, vejo um monte de gente de branco e me perguntei "Ué gira hoje?". Entrei bem revoltado e sentei na assistência e comecei a cantar. Quando eu vi que havia pessoas "brincando" de santo, fui la na porteira e conversei com o dono dela, sorte que estava em gira de exu.

- Laroyê exu, copararuê exu, exu é quem manda já gira. Vamos seu tranca rua que ta fincado na porteira da casa, vamos fazer os filhos da casa encorporar firmemente. Foi quando olhei para traz e vi todos apanhando muito, foi ai que eu ri e eu segurei na mão de uma menina nova e falei.

- Se você esta para aprender, vem comigo, aqui é pra trabalhar com fé da Umbanda.

- Eu quero aprender. Ai saímos e fomos conversando para casa.

- Sabe quem é seu Exu ou seu Orixá ?

- São Tiriri e Xango.

- Muito bom, já encorporou ?

- Já, umas duas vezes.

- Segura minha mão, posso fazer um teste? Antes dela responder eu já iria fazer

- Pode.

- (tiriri meu velho, vem cá me valer, quem ta lhe chamando sou eu, lembra de mim?) Quando o tiriri colou atras dela e começou a conversar comigo. E a pobre menina se batia e pulava em meio um campo isolado. Logo que acabei, eu pedi para o tiriri ir embora e a abracei.

- Vem cá, já vi o que era necessário, já sei que tem problemas e tal, vamos conversar que te ensino algumas coisas. Fomos andando até sua casa, chegando lá nos despedimos e fui para minha casa.