𝐎𝐍𝐃𝐄 Emma e Rudy vão mostrar que não misturar o profissional com o pessoal é muito mais difícil do que parece!
- Ei. - ela me chama com um sussurro ainda em meus braços. - não pense que vai se livrar de mim tão fácil, suicida.
- Pode deixar chat...
Nunca pensei que esse momento fosse chegar tão cedo. Nem sei se eu tenho fãs mesmo, mas sei que independente de tudo tenho que dar o melhor de mim.
Eu já estava quase pronta. Quando escuto batidas na minha porta.
- Pronta? - Madelyn pergunta, está usando um lindo vestido laranja, cabelos soltos e uma maquiagem marcante. Madison está vindo em nossa direção, ela também veste uma blusa preta com uma saia longa e colorida. Seus cabelos foram trançados. Não é fácil ter amigas lindas assim.
- Pelo visto não né, tá de roupão.
- Perai gente, eu ia me vestir agora, vocês que são apressadas. Um minutinho. - fecho a porta e corro para a milhares de araras de roupa. - Socorro, preciso escolher uma roupa rápido antes que as duas me matem lá fora. - cochicho com os maquiadores e cabeleireiros ali presentes.
- Posso dar uma opinião? - uma das aprendizes perguntou. Devia ter uns 14 anos, provavelmente deveria estar acompanhando a mãe que fez minha maquiagem.
- Claro.
...
- Ei meninos, se esqueceram da gente? - Madison pergunta ao ver os quatro saindo do tapete vermelho.
Assim que os mesmos se viram em nossa direção, abrem sorrisos enormes e caminham até nosso encontro. Não posso deixar de notar um certo olhar sobre mim. Rudy me olha de cima embaixo, mas evita qualquer outro tipo de movimento já que haviam milhares de pessoas ali.
Parece que aquela pré-adolescente leva jeito. Ela escolheu um vestido preto básico e longo, com uma fenda enorme. Entre todas aquelas araras com vestidos de todos os jeitos, ela não poderia ter escolhido melhor. Bem do meu jeitinho mesmo.
- Ei Outer Banks, se juntem para uma foto. - Um dos fotógrafos grita fazendo sinal para nos posicionarmos.
Rudy fica ao meu lado e entre uma foto ou outra tenta sussurar em meu ouvido.
- Assim você me mata.
- Nada que não tenha acontecido antes.
- Dessa vez vai ser crise de asma, tô sem fôlego.
- Haha como você é engraçado. - continuo sorrindo para cortar o assunto antes que os paparazzis percebam algo.
...
O evento tá incrível, até o Coldplay tá aqui, mas confesso que só queria minha Taylorzinha. Eu acredito que um dia seremos melhores amigas, tá no top 1 da minha meta de vida.
- Vocês viram todas as comidas que tem na mesa? Eu moraria naquela mesa. - Drew comenta parando do meu lado sem tirar o olho do móvel kilométrico com diversas gostosuras de todos os tipos.
- Com tanta gente incrível por aqui, você só pensando em comer.
- Aqui eles são nossos fãs. - Drew arruma seu terno de modo "sedutor".
- Coitado, eles nem sabem quem você é bobão. - Rudy da batidinhas no ombro do amigo.
- E de certo sabem quem você é né Rudy. - Mads corta a onda do amigo.
- Claro que sim, o maior gostoso da América Latina.
- Não mentiu. - falo baixo.
- Não mesmo. - Drew olha para o mesmo e dá uma piscadela.
- Calma, tem Rudy pra todo mundo. - Todos começamos a rir. Pate vem em nossa direção e fico meio tensa. Vai que eu levo bronca por ter feito algo errado. Nunca fui em eventos tão grandiosos.
- O que estão achando do evento? - ele chega animando e olhando em volta. - Muita gente famosa por aqui, precisarão tirar fotos e conversar com alguns.
- Alguns, quero conversar com todos, metade foram meus crushs de infância. - falo dirigindo um olhar rápido para Zac Efron. Fala a verdade, quem nunca teve uma queda pelo Troy Bolton.
- Rudy não sinta ciúmes. - Madison o conforta depois que Pate se afasta.
- Que mania de achar que tô com ciúmes, Mads. - ele fecha a cara.
- E não está?
- Claro que sim.
...
A premiação foi incrível. A Taylor Swift NÃO estava lá mas dessa vez eu deixo passar. Não vejo a hora de chegar a premiere de Outer Banks, vai ser incrível!
Já cheguei no hotel e todas aqueles kits, araras e coisas espalhadas por todo canto não estavam mais lá, o quarto também estava limpo. Fiquei contente, já que não conseguiria dormir enquanto não arrumasse toda aquela bagunça.
Deito na cama, já usando meu pijama de ursinhos, apago as luzes mas antes que eu possa fechar os olhos escuto batidas na porta.
Aí meu deus, quem será? Já pensou se for um serial killer? Não vou abrir não. Quebrar a porta não pode, porque faz barulho chama atenção. Vou ficar aqui encolhidinha e esperar que o barulho pare.
Pego meu celular, pronta para discar o número da polícia caso algo aconteça.
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É cada uma que me aparece.
Vou até a porta e confiro se é ele mesmo.
- O que você quer? - pergunto com a cara fechada.
- Nossa, que linda recepção.
- Desculpa mas eu tô morrendo de sono, preciso descansar. - ofereço espaço para que o mesmo entre, depois de dar uma conferida no corredor é claro, não podemos esquecer que somos pessoas públicas.
- É por isso mesmo que estou aqui. Não estou conseguindo dormir. - Fala fazendo biquinho enquanto entra.
- Ata, e por esse motivo veio me perturbar? - fecho a porta.
- Não, por esse motivo vim dormir com você.
- Você que sonha.
- Todos os dias. - ele revira os olhos com um sorrisinho malicioso.
- Se for assim pode ir embora, não vai rolar nada. - falo rindo.
- Não, é brincadeira, é claro que não viria aqui pra isso. Só queria ficar com você.
- Então nesse caso pode ficar. Mas amanhã bem cedinho você volta pro seu quarto, deixem descobrir que isso aconteceu e estamos ferrados, suicida.
- Ok, senhorita chatinha. Máximo respeito. - ele levanta as mãos ao alto, como um sinal de redenção.
Vou para a cama e ele me segue, ao deitar ele me puxa para perto e me abraça. Já com sono, não demorei muito pra dormir, e ele também não.
Esse capítulo com certeza foi um dos meus favoritos de escrever. Não descrevi muito do evento porque realmente não sei como funciona um direito, mas espero que vocês tenham gostado.
