PRÓLOGO

535 83 187
                                    

0

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

0. O DIA QUE TUDO MUDOU

Ela segurava uma katana na mão com tanta força que os dedos tremiam

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Ela segurava uma katana na mão com tanta força que os dedos tremiam. Os lábios não se mexiam ao sentir aquele medo genuíno, enquanto o suor pesado descia dos cabelos até a testa suja, manchada de terra e sangue.

Ainda escondida atrás da parede, ouviu passos no corredor lateral se aproximando, o som de botas pesadas. Fechou os olhos por alguns segundos e deixou escapar uma lágrima solitária, que se misturou com o suor ao redor do seu rosto. Estava toda suja, de qualquer modo.

O ritmo do seu coração acelerou quando as passadas se aproximaram mais. Quem quer que estivesse andando pelo corredor apontava a lanterna da arma de fogo para o chão. A garota se espremeu ainda mais na parede. Outro passo à frente e ela parou de respirar. A lâmina da sua espada estava apontada para cima, bem próxima do nariz, cortando a camada mais superficial da sua pele.

Finalmente, virou o rosto para o lado, confiando apenas em seus ouvidos.

ㅡ Vamos embora! ㅡ uma voz distante atraiu sua atenção. ㅡ Já conseguimos o que queríamos.

A lanterna recuou pelo corredor e os passos pesados também. Devagar, como se examinasse uma última vez. Até finalmente não ser possível ouvir coisa alguma.

A garota soltou um suspiro e abaixou um pouco a katana. Estava agachada no chão, e suas articulações doíam de tanto ficarem naquela mesma posição. Movimentou-se ainda agachada até um buraco na parede, escondido entre as plantas, e ficou ali parada, observando os saqueadores carregarem sacolas cheias de alimentos, armas e todos os outros mantimentos que o grupo da jovem mulher se esforçou para conseguir durante anos.

Estavam sorrindo entre si e conversavam asneiras como se fosse um dia comum como qualquer outro. Como se esses filhos da puta literalmente não tivessem massacrado um grupo inteiro de sobreviventes.

Depois de longos minutos observando pela brecha, os assassinos subiram nos carros e partiram pela estrada sem rumo. De repente, uma mão tocou seu ombro, fazendo a jovem girar num susto e golpear quem quer que fosse com sua lâmina afiada.

Eu, Ela e o Apocalipse - DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora