Estava ao lado de Salvo com Nico entre nós, a vida não poderia estar melhor eu verdadeiramente me sentia a mulher mais completa do mundo, porém acordei de supetão com um barulho estranho que vinha da varanda, uma luz forte se mostrava por detrás das cortinas do nosso quarto decidi ver então o que era e quando abri a porta um calor muito forte tomou conta do meu ser tive que fechar os olhos pois aquela luz me cegava.
Quando finalmente abri os olhos novamente estava em um quarto, fios estavam pelo meu corpo e pessoas choravam. Tentei me recordar de algo mas tudo estava como uma nuvem gigantesca ao vazio da minha mente, como se nada mais existisse antes de abrir meus olhos.
Minha boca estava seca e meu corpo doía, não sei de onde consegui coragem e chamei minha mãe.
- Mã... mãe.
Um grito se fez ouvir e pessoas de jaleco rodearam o que até então eu não havia percebido ser uma cama.
- Senhora Baumer me chamo Shaw Lopez sou seu médico, se lembra de algo.
- Sim. Estava em um avião e cochilei, depois disso um calor e uma luz muito forte.
- Me chamo Lua Baumer e e tenho 22 anos.- disse para o tal médico.
- Querida- minha mãe começou a dizer- Você vai fazer 27 anos.- a olhei incrédula.
- O avião que estava caiu senhorita, e desde então estava em coma. A poucas horas desligamos seus aparelhos, pois achamos que não acordaria mais.
Após uma longa e confusa conversa me levaram a um hospital para exames de todos os sentidos possíveis. Foram horas nessa maratona até que finalmente os resultados ficaram prontos e os médicos especialistas e fisioterapeutas vieram falar comigo e minha família, os mesmos diziam que eu era um milagre pois não tinha nenhuma sequela fora a perda se memória que poderia ser momentânea e alertaram meus pais a não me impedirem de fazer nada pois como os exames neurológicos e físicos mostravam eu estava em perfeito estado.
Em casa mesmo com certa dificuldade em andar pelo tempo que fiquei parada ouvi meu pai falar com alguém no telefone, ele dizia que não era bom ainda alguém saber pelo estado que ficou nesse tempo, porém quando me viu se assustou logo mudando de assunto e desligou a chamada.
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Foram longos dois meses pós despertar do coma, meus pais só me falavam que estava no avião e que não sabiam como contar o resto e acho que é por isso que não se opuseram a eu retornar a minha viagem.
Meu destino era a Sicília na Itália, meu pai sempre foi protetor dizia que mataria os garotos que chegassem até mim mas na porta de embarque antes deu entrar ele me abraça e fala em meu ouvido me deixando confusa.
- Vá com Deus minha princesa, seu amor a espera no seu destino agora basta você encontra-lo.
- Como?- questionei sem me soltar de seu abraço.
- Você saberá quando o encontrar.
Dei um beijo na minha família e embarquei, quando já estava em minha poltrona que era classe executiva( eu queria classe normal, mas mamãe disse que isso tinha haver com a tal ligação do meu pai que ficaram recorrentes), por algum tempo fiquei pensando no que papai me disse mas cheguei há conclusão que era só mais uma de suas incógnitas.
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~~~~ Jade~~~~
Estava com minha mãe saindo de um açougue na praça central, Salvo havia tido outra alucinação com ela dessa vez dirigindo, quando chegou em casa disse que tinha sentido até o perfume de Lua ele mesmo disse que era só mais um efeito colateral dos antidepressivos que tomava.
Meu irmão sempre foi um homem muito forte mesmo antes de ser o tão temido Dom Salvatore Orfano, mas esses últimos anos foram horríveis e os últimos meses foram insuportáveis eu via meu irmão se definhar aos poucos e quando nossos pais fizeram uma reunião de família para contar que iriam desligar os aparelhos dela achei que o perderia, na próxima reunião onde todos os irmãos estavam para dar apoio a ele fizeram vídeo chamada para ele se despedir da sua mulher, eu queria ter ajudado mais só que não consegui tive outro colapso e fui levada ao hospital. Não estava bem, Lua era a minha melhor amiga amava a noiva de meu irmão a esposa de Carlo mas Lua era minha irmã, a irmã que não tive.
Quando tirei a atenção do celular e finalmente olhei para as pessoas que estavam pela rua eu há vi, era ela um pouco abatida e magra mas era ela, eu dei um grito e apaguei. Quando acordei mamãe estava comigo em seu colo no carro me levantei rapidamente.
- Ela tá aqui mãe, ela está viva- disse já chorando.
- Querida- disse segurando minha mão- você tem que guar..
- Você sabia, o papai sabia?- questionei sem deixar que terminasse.
- Você viu seu filho se definhar dia após dia achando que a mulher que amava estava morta e não fez porra nenhuma.
- Entendo a sua revolta J.D, mas faz dois meses que nossa menina despertou, e poucos dias que chegou. Lua nunca deixou de ser nossa família eu e seu pai sempre ajudamos mesmo sabendo que seus pais tinham condições de arcar com tudo, pois cuidamos de nossa Famiglia.
- O Salvo, ele..
-Não, desde que ela voltou nossos seguranças estão cuidando dela pelas sombras e por ser sua melhor amiga queria que há visse primeiro, precisamos de sua ajuda para contar a Salvo.
Eu não aguentei, usei meu posto como a filha da máfia com os seguranças e consegui o endereço de onde ela estava, sem mais espera fui encontrar minha amiga.
- Já vai- escutei ela dizer quando bati na porta.
- Posso ajudar em algo -disse confusa.
- Meu nome é Jade, sei que não se lembra de mim mas estudamos juntas quando fui ao Brasil(tive que mentir, não sabia como iria reagir), acompanhei você de longe todo esse tempo e me desculpe mais não aguentei esperar mais quando soube que tinha retomado sua viagem para cá.( tinha falado com a mãe dela e a tia concordou com essa ''fala história''.).
- É.. é seu nome não me é estranho, entra e me desculpe por não me lembrar de você.- disse enquanto eu entrava.
-Senta que beber ou comer algo?
- Não, muito obrigada.
- Jade posso perguntar algo.
- Sim- respondi enquanto nos sentávamos.
- Você se lembra se tinha algum amigo homem com nós na época da escola.
- Não, porque?
- Ultimamente tenho sonhado com uma risada grave, sempre acordo toda arrepiada, mas é um arrepio bom sabe?- perguntou ela me olhando.
- Sei como é, mas não me lembro de ninguém.- com dor eu disse isso, mas queria gritar que era do meu irmão essa risada grave.
Nossa conversa perdurou por horas até que por fim voltei para casa, me despedi com um abraço e quando me sentei no carro desabei em lágrimas. O dia seguindo seria quando meus pais contariam a Salvo sobre ela, eles pediram uma reunião de família e ao meu ver estavam certos pois conhecendo ele como conheço, os outros irmão teriam que segurar ele para não avançar no papai.
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Dito e feito.
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~~~~~~~~~*CONTINUA*~~~~~~~~~~~~~~~~~~
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Sempre Sua Dom Orfano.
Fiksi PenggemarApós descobrir uma traição, durante um treino de tiro Lua Baumer recebe uma ligação com a aprovação do seu intercâmbio para a Universidade de Catânia na Sicília-Itália. Após fazer amizade com Jade, conhece Salvatore um homem extremamente fechado de...